Revista Analytica Edição 112
Revista Analytica Edição 112
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LANÇAMENTO
<strong>Revista</strong><br />
Ano 19 - <strong>Edição</strong> <strong>112</strong> - Maio 2021<br />
EDITORIAL<br />
Estimado leitor,<br />
Nesta edição, lançada num mês com duas datas tão especiais, a homenagem é para todos nós trabalhadores, e duplamente para<br />
as mães que tanto trabalham quer seja fora ou dentro dos nossos lares, muitas vezes nos dois.<br />
Aqui nos encontramos com químicos, físicos, professores, gerentes, empresários, vendedores, estudantes, doutores, pesquisadores,<br />
analistas, técnicos e tantos outros... a todos vocês nossos melhores cumprimentos.<br />
A edição <strong>112</strong> vem recheada de artigos e colunas com diversos temas relevantes sobre processos industriais, como o artigo que<br />
avalia a capacidade de adsorção da casca de maracujá amarelo para a remoção de cromo hexavalente, buscando desenvolver uma<br />
nova alternativa para descontaminação de águas com baixo custo, aliando o benefício econômico e ambiental a partir do uso de<br />
resíduo sólido agroindustrial.<br />
Temos também as colunas dos nossos escritores sobre Espectrometria de massas, Metrologia, Microbiologia e tantos outros<br />
assuntos importantes da área.<br />
O número de leitores da nossa multiplataforma de comunicação, vem aumentando a cada dia, e todos os dias pensamos em como<br />
fazer uma edição mais qualificada e especial para todos vocês.<br />
Muitas mensagens de elogios chegam até nós o que nos deixa com ainda mais entusiasmo para fazer o melhor.<br />
Agradecida por esta parceria, desejo a todos uma ótima leitura.<br />
Luciene Almeida<br />
Editora Chefe<br />
Fale com a gente<br />
Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar:<br />
Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
Tel.: 11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em<br />
contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />
Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />
de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />
/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />
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Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
EXPEDIENTE<br />
Realização: Newslab Editora<br />
Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: Luciene Almeida | editoria@revistaanalytica.com.br<br />
Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />
Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: Gráfica Hawaii | Periodicidade: Bimestral
<strong>Revista</strong><br />
Ano 19 - <strong>Edição</strong> <strong>112</strong> - Maio 2021<br />
ÍNDICE<br />
01<br />
05<br />
Editorial<br />
Publique na <strong>Analytica</strong><br />
Artigo 1<br />
06<br />
Cromatografia com Fluidos Supercríticos<br />
SFC e Comparação com GC e HPLC<br />
Autor: Celso Blatt, Ph.D<br />
2<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Artigo 2<br />
12<br />
REMOÇÃO DE CROMO HEXAVALENTE<br />
VIA ADSORÇÃO EM CASCA DE<br />
Passiflora edulis (MARACUJÁ AMARELO)<br />
Autores: Emerson de Souza Pereira, Diógenes Felipe Vicente,<br />
Adriano Estevam Caldeira, Douglas Pinto de Toledo,<br />
Daniele de Lacassa Leite, Paulo Roberto da Silva Ribeiro,<br />
Guilherme Dognani, Marcos Roberto Ruiz<br />
19<br />
20<br />
21<br />
24<br />
25<br />
26<br />
Logística Laboratorial<br />
Tecnologias Químicas<br />
Metrologia<br />
Microbiologia<br />
Biossegurança<br />
Em Foco
<strong>Revista</strong><br />
Ano 19 - <strong>Edição</strong> <strong>112</strong> - Maio 2021<br />
ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />
ordem alfabética<br />
Anunciante pág. Anunciante pág.<br />
BCQ<br />
4ª CAPA<br />
ER ANALITICA 03<br />
GREINER 33<br />
KASVI<br />
2ª CAPA<br />
LAS DO BRASIL 13<br />
NOVA ANALITICA 29<br />
PRIME CARGO<br />
3ª CAPA<br />
VEOLIA 31<br />
Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />
FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />
Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />
4<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Conselho Editorial<br />
Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />
Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />
do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />
de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />
Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />
da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />
Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />
Luciana e Sá Alves, Marcos Roberto Ruiz, Oscar Vega Bustillos, Bruna Mascaro e Claudio Kiyoshi Hirai.
<strong>Revista</strong><br />
Ano 19 - <strong>Edição</strong> <strong>112</strong> - Maio 2021<br />
PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />
Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos<br />
autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
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Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong> publica<br />
editoriais, artigos originais, revisões, casos<br />
educacionais, resumos de teses etc. Os editores<br />
levarão em consideração para publicação toda<br />
e qualquer contribuição que possua correlação<br />
com as análises industriais, instrumentação e o<br />
controle de qualidade.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas<br />
pelos revisores.<br />
Os autores deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular<br />
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com a contribuição e o manuscrito<br />
apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />
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atestando a originalidade do artigo, bem<br />
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O Resumo e o Abstract deverão conter as<br />
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Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão)<br />
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sobrenome do devido autor, seguido pelo ano<br />
da publicação, segundo norma ABNT 10520.<br />
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citadas no texto devem vir listadas no fim,<br />
com o sobrenome do autor em primeiro lugar<br />
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siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />
artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo,<br />
página inicial e ano.<br />
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de contribuições ainda não publicadas<br />
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Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato que, tendo em<br />
vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além<br />
disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma<br />
média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem seu material<br />
em outras publicações.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
5
CROMATOGRAFIA COM<br />
FLUIDOS SUPERCRÍTICOS<br />
SFC E COMPARAÇÃO COM GC E HPLC<br />
Autor: Celso Blatt, Ph.D.<br />
Agilent Technologies Brasil
CROMATOGRAFIA COM FLUIDOS SUPERCRÍTICOS<br />
SFC E COMPARAÇÃO COM GC E HPLC<br />
O início da cromatografia pelo botânico russo<br />
Tswett em 1903 foi baseado em cromatografia<br />
em fase líquida (LC). A cromatografia em<br />
fase gasosa (GC) teve o seu desenvolvimento<br />
em 1952. Já a cromatografia com fase fluido<br />
supercrítico (SFC) começou a ser usada em<br />
1962.<br />
Tabela 1: Evolução cronológica da cromatografia liquida, gasosa e supercrítica<br />
O objetivo desse artigo é mostrar as diferenças,<br />
as aplicações e as vantagens entre as três<br />
cromatografias LC, GC e SFC.<br />
A tabela 1 mostra a evolução histórica da cromatografia.<br />
Apesar da cromatografia ter seu início com<br />
colunas grandes de vidro onde a fase móvel<br />
era um líquido (LC) a primeira grande evolução<br />
em direção a instrumentação moderna<br />
foi em GC. Isso aconteceu porque a indústria<br />
petroquímica precisava separar e analisar as<br />
frações voláteis como gasolina e diesel. Em<br />
1952 a cromatografia de partição foi descrita e<br />
começou a ser usada em análise de processos<br />
e foram construídos os primeiros GCs comerciais<br />
usando o detector TCD. A instrumentação<br />
de GC é mais simples porque não precisa de<br />
bomba de fase móvel, basta ter um gás de arraste<br />
pressurizado e ajustar o fluxo na coluna.<br />
Além disso, precisa de coluna aquecida num<br />
forno, um detector TCD e um sistema de registro<br />
do cromatograma.<br />
A LC moderna foi descrita em 1969, mas a<br />
instrumentação moderna como conhecemos<br />
hoje, demorou para ser desenvolvida e se tornar<br />
confiável e robusta. Entre os anos de 1980<br />
e 1990 ela se tornou bem conhecida e ganhou<br />
fama e o nome de HPLC, (High Performance<br />
Liquid Chromatography).<br />
Já a SFC foi descrita pela primeira vez por Ernst<br />
Klesper em 1962 e também sofreu os mesmos<br />
problemas iniciais da HPLC, falta de instrumentação<br />
adequada e confiável. Somente a<br />
partir de 1992 começou a produção comercial<br />
do SFC baseado na plataforma de um GC com<br />
colunas capilares ou empacotadas.<br />
Antes de compararmos as três técnicas cromatográficas<br />
GC, HPLC e SFC, precisamos entender<br />
o que elas têm em comum. Apesar de<br />
existirem outros processos de separação como<br />
a adsorção, troca iônica, separação por tamanho,<br />
as três técnicas de separação GC, HPLC e<br />
SFC usam praticamente o mesmo processo de<br />
partição para separar os compostos na coluna.<br />
A partição usa uma fase estacionaria liquida<br />
que é depositada na coluna de separação e<br />
quando a amostra é transportada na coluna<br />
pela fase móvel, esse composto pode ou não<br />
se dissolver nesse líquido da fase estacionaria.<br />
Se esse líquido da fase estacionaria for quimicamente<br />
similar a amostra, ele consegue<br />
solubilizar por alguns instantes e depois ele<br />
volta para a fase móvel.<br />
Esse processo de partição entre a fase<br />
móvel e fase estacionaria ocorre muitas e<br />
muitas vezes na coluna, dissolvendo na fase<br />
estacionaria e voltando para a fase móvel.<br />
Quanto maior a similaridade química do<br />
composto com a fase estacionária, mais ela<br />
interage nesse líquido e mais ela demora<br />
para atravessar coluna.<br />
Os compostos sem afinidade química com esse<br />
líquido da fase estacionária passam reto com a<br />
fase móvel e são os primeiros e sair da coluna.<br />
Assim funciona a separação por partição.<br />
A regra básica na separação por partição é<br />
semelhante dissolve semelhante. Se quer<br />
separar compostos polares use uma fase estacionária<br />
polar.<br />
O que muda nas colunas cromatográficas<br />
usadas em GC, HPLC e SFC é o modo como se<br />
deposita a fase estacionaria na coluna.<br />
A figura 1 mostra uma coluna capilar geralmente<br />
usada em GC, a fase liquida estacionaria<br />
é depositada e presa nas paredes internas<br />
do tubo de sílica fundida.<br />
Figura 1: Coluna capilar de sílica fundida usada em<br />
GC com a camada de poliimida externa, o vidro de<br />
sílica no meio e internamente uma camada de fase<br />
estacionaria presa e ligada ao vidro do tubo.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
7
Artigo 1<br />
As colunas usadas em HPLC são empacotadas<br />
com microesferas de sílica e a fase estacionaria<br />
liquida é impregnada e presa no interior e<br />
na superfície dessas microesferas. Essas partículas<br />
têm muitos poros por onde a fase móvel<br />
arrasta a substância para o interior da partícula<br />
e onde o processo de partição ocorre.<br />
Quanto maior a área superficial dessas partículas,<br />
maior será a partição nessa coluna. A figura 2<br />
ilustra uma coluna empacotada de LC onde dois<br />
compostos A e o B são separados por partição nas<br />
microesferas empacotadas dessa coluna.<br />
Figura 2: Coluna micro empacotada usada em HPLC<br />
Figura 3: Partículas usadas no empacotamento das colunas de HPLC modernas com núcleo totalmente poroso<br />
e núcleo sólido.<br />
Essas micro esferas podem ser observadas na<br />
figura 3 com a partícula totalmente porosa<br />
com 1,8 um de tamanho e a partícula com<br />
núcleo solido e partículas superficiais.<br />
Em SFC as colunas podem ser as capilares de<br />
sílica fundida usadas em GC e as empacotadas<br />
usadas em HPLC, ou seja, não tem colunas especificas<br />
de SFC porque elas se situam entre as<br />
duas cromatografias GC e HPLC.<br />
A fase móvel usada para transportar a molécula<br />
pela coluna é o que define o tipo de cromatografia,<br />
e pode ser GC, HPLC ou SFC.<br />
GC usa sempre um gás como fase móvel e<br />
esse gás geralmente é o hidrogênio, nitrogênio<br />
ou hélio. Nesse caso a fase móvel<br />
não interfere na separação e deve somente<br />
transportar as moléculas que estão em fase<br />
gasosa. As aplicações em GC dependem da<br />
capacidade da molécula sobreviver e não<br />
degradar por temperatura.<br />
HPLC usa sempre um líquido como fase móvel. Para<br />
um composto poder ser analisado por HPLC ele precisa<br />
primeiramente ser solúvel na fase móvel.<br />
8<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Os líquidos ou fases moveis mais usados em<br />
HPLC são água, metanol, acetonitrila, isopropanol<br />
e hexano. Geralmente à esses líquidos<br />
são adicionados uma pequena quantidade<br />
de modificadores que podem mudar o pH ou<br />
a eficiência dessa fase móvel para solubilizar<br />
melhor os analitos de interesse.
Diferente de GC, em HPLC a fase móvel influencia<br />
na eluição e separação cromatográfica.<br />
Então, temos em HPLC duas variáveis para<br />
otimizar a separação que é a fase móvel e a<br />
fase estacionária.<br />
Figura 4: Diagrama de fases entre o gás, o líquido, o sólido e o fluido supercrítico.<br />
Se o solvente da fase móvel conseguir solubilizar<br />
bem o composto analisado, esse composto<br />
vai ficar mais tempo na fase móvel que<br />
na fase estacionaria e eluir rapidamente. Se a<br />
capacidade de solubilizar da fase móvel for<br />
ruim, o composto vai particionar mais e ficar<br />
mais tempo na fase estacionaria e atrasar esse<br />
composto na coluna.<br />
SFC não usa nem um gás nem um líquido<br />
como fase móvel. A fase móvel é uma substância<br />
que está entre a fase líquida e a fase<br />
gasosa, descrito como um fluido supercrítico.<br />
O diagrama de fases da figura 4 mostra como<br />
se comporta o dióxido de carbono (CO2) em<br />
diferentes temperaturas e pressões. O ponto<br />
triplo é onde numa dada temperatura e pressão<br />
as fases gasosa, liquida e sólida coexistem.<br />
Acima desse ponto triplo começa existir uma<br />
linha que separa a fase gasosa e a fase liquida<br />
do CO2. Mas, acima de 31°C e 74 bar essa<br />
linha desaparece e a partir desse ponto crítico<br />
temos o CO2 em estado de fluido supercrítico.<br />
Nesse estado de fluido supercrítico, o CO2 tem<br />
a densidade próxima de um líquido, mas com<br />
viscosidade e coeficiente de difusão próximas<br />
a um gás. Essas três características são o<br />
grande atrativo para a SFC. A alta densidade<br />
permite solubilizar melhor e ajuda a partição<br />
na coluna. A viscosidade e difusão próximas a<br />
um gás permitem análises mais rápidas e menor<br />
alargamento de pico mesmo com colunas<br />
empacotadas.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
9
Artigo 1<br />
O CO2 usado para SFC pode ser fornecido por<br />
cilindros regulares de CO2 líquido com tubo<br />
pescador.<br />
A água é um excelente solvente para cromatografia,<br />
mas seu ponto crítico no diagrama de<br />
fases é de 374°C e a pressão de 227 bar. Essas<br />
condições inviabilizam o uso que água como<br />
fase móvel em SFC.<br />
Figura 5: Curvas de eficiência de separação para HPLC e SFC em função da velocidade da fase móvel.<br />
O CO2 por ter ponto crítico mais baixo é fácil<br />
de ser usado e tem outras vantagens como ser<br />
inerte, não ser tóxico em fase gasosa e um<br />
pouco miscível com água. A desvantagem do<br />
CO2 é que ele é bem apolar e podemos dizer<br />
que equivalente ao heptano em termos de<br />
polaridade.<br />
Para suprir essa falta de solubilidade na fase<br />
móvel para compostos mais polares em SFC<br />
são adicionados os modificadores de fase móvel<br />
e como exemplo mais usado o metanol. As<br />
quantidades de metanol adicionadas na fase<br />
móvel são baixas e em torno de 1 a 10% no<br />
CO2. Elas podem ser pre-misturadas ao CO2<br />
ou adicionado com uma bomba regular de<br />
HPLC como se fosse um gradiente.<br />
É claro que como em HPLC, outros modificadores<br />
e sistemas terciários de gradiente também<br />
são usados em SFC.<br />
A figura 5 mostra que para qualquer geometria<br />
de coluna empacotada, qualquer tamanho<br />
de partícula e k’, o SFC sempre tem a vantagem<br />
de ser mais rápido em relação ao HPLC.<br />
Com relação a instrumentação de SFC o primeiro<br />
SFC comercializado em 1992 foi montado<br />
num GC HP5890 e usava colunas capilares<br />
de sílica fundida. O detector era o tradicional<br />
de GC por ionização de chama (FID).<br />
Para funcionar o SFC é necessário manter a<br />
temperatura e a pressão acima da crítica ao<br />
longo de toda a coluna. Mesmo produzindo<br />
uma pressão no começo da coluna capilar, é<br />
preciso garantir que essa pressão fique igual<br />
até o final da coluna.<br />
Para manter a pressão na coluna é usado no<br />
final da coluna capilar de 250 microns um<br />
restritor capilar que é um tubo com diâmetro<br />
interno entre 10 a 50 microns. Esse restritor<br />
precisa ser aquecido porque o CO2 ao sair<br />
desse capilar se expande e resfria o restritor<br />
e pode chegar a entupir se não for aquecido.<br />
O SFC moderno usa o hardware do HPLC e colunas<br />
empacotadas convencionais de C18 ou<br />
C8 de fase reversa.<br />
O SFC moderno é composto de uma bomba de<br />
CO2 resfriada, uma bomba convencional para<br />
o modificador, compartimento de coluna, injetor<br />
automático e o detector DAD.<br />
10<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
A célula de detecção do DAD precisa suportar<br />
altas pressões, não pode ser uma célula<br />
convencional. Além disso, precisa também<br />
manter essa pressão acima do ponto crítico ao<br />
longo da coluna e detector. Para manter essa<br />
pressão atualmente usa-se uma válvula automática<br />
e aquecida após o detector.
As vantagens de SFC em relação ao HPLC são:<br />
- O SFC é três a cinco vezes mais rápido que o HPLC<br />
- Um terço a um quinto de redução de pressão<br />
no SFC em relação ao HPLC<br />
- O SFC é uma técnica ortogonal ao HPLC de<br />
fase reversa<br />
- O SFC tem menor custo de operação em relação<br />
ao HPLC<br />
- O SFC é uma técnica verde e pode reciclar o CO2.<br />
Não usa acetonitrila e usa menos modificadores.<br />
Em relação as aplicações de SFC, é comum falar<br />
que é a técnica preferida para a separação<br />
de compostos quirais. Além disso existem inúmeras<br />
aplicações de SFC e a ideia é preencher<br />
a lacuna entre o GC e o HPLC.<br />
A recomendação de leitura sobre SFC, para<br />
saber mais sobre aplicações e usos, está no<br />
livro com 186 páginas em PDF chamado de<br />
“Supercritical Fluid Chromatography Primer”<br />
no link: https://www.agilent.com/cs/library/<br />
primers/public/5991-5509EN.pdf<br />
Encontre mais informações sobre LC no livro<br />
com 200 páginas em pdf chamado de “The LC<br />
Handbook”. Esse livro fala sobre as colunas de<br />
LC e desenvolvimento de métodos. Link: https://www.agilent.com/cs/library/primers/<br />
public/LC-Handbook-Complete-2.pdf<br />
Para GC, tem um arquivo em PDF de 60 paginas<br />
sobre os fundamentos básicos de GC no link:<br />
https://www.agilent.com/cs/library/usermanuals/public/G1176-90000_034327.pdf<br />
A conclusão é que onde o GC e o HPLC funcionam<br />
bem, o SFC ainda não tem muito<br />
sentido porque ele é pouco conhecido e não<br />
cobre todas as aplicações. Se tiver dificuldade<br />
com uma molécula em analisar por GC ou por<br />
HPLC, então o SFC é a solução.<br />
Autor: Celso Blatt, Ph.D.<br />
Agilent Technologies Brasil<br />
Complemento Normativo - Artigo 1<br />
Referente ao artigo 1<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />
CROMATOGRAFIA COM FLUIDOS SUPERCRÍTICOS SFC E COMPARAÇÃO COM GC E HPLC.<br />
ABNT NBR 8333<br />
Triéteres glicólicos - Determinação do teor de diéteres por<br />
cromatografia em fase gasosa<br />
Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ABNT<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442826<br />
ABNT NBR 9003<br />
Monoetileno glicol - Determinação do teor de dietileno glicol<br />
por cromatografia em fase gasosa<br />
Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ABNT<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442827<br />
ISO/TS 23973<br />
Liquid chromatography at critical conditions (LCCC) - Chemical<br />
heterogeneity of polyethylene oxides<br />
Norma publicada em: 08/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/77489.html<br />
ISO 13885-3<br />
Gel permeation chromatography (GPC) - Part 3: Water as<br />
eluent<br />
Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Análises químicas.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/77485.html<br />
ISO 13885-1<br />
Gel permeation chromatography (GPC) - Part 1: Tetrahydrofuran<br />
(THF) as eluent<br />
Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Análises químicas.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/73850.html<br />
ABNT NBR 9906<br />
Acetato de etilglicol - Determinação do teor de etilglicol por<br />
cromatografia em fase gasosa<br />
Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ABNT<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=443182<br />
ISO 13885-2<br />
Gel permeation chromatography (GPC) - Part 2: N,N-Dimenthylacetamide<br />
(DMAC) as eluent<br />
Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Análises químicas.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/77482.html<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
11
Artigo 2<br />
REMOÇÃO DE CROMO HEXAVALENTE<br />
VIA ADSORÇÃO EM CASCA DE PASSIFLORA<br />
EDULIS (MARACUJÁ AMARELO)<br />
Autores:<br />
Emerson de Souza Pereira, Diógenes Felipe Vicente 1 ,<br />
Adriano Estevam Caldeira 1 , Douglas Pinto de Toledo 1 ,<br />
Daniele de Lacassa Leite 1 , Paulo Roberto da Silva Ribeiro 1 ,<br />
Guilherme Dognani 2 , Marcos Roberto Ruiz *1,2<br />
1<br />
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) “Santo Paschoal<br />
Crepaldi”. 19060-030, Presidente Prudente, SP, Brasil<br />
2<br />
Faculdade de Ciências e Tecnologia FCT/UNESP, Departamento de Física,<br />
Química e Biologia. 19060-900, Presidente Prudente, SP, Brasil<br />
Imagem Ilustrativa<br />
Resumo<br />
A poluição dos recursos hídricos e seus impactos ambientais são uma preocupação<br />
mundial, milhões de toneladas de resíduos são depositados no solo e<br />
nos rios. Os números indicam que em menos da metade desses resíduos é realizado<br />
algum tipo de tratamento adequado para eliminação. A possibilidade<br />
de remoção de metais pesados por biossorção é vantajosa devido ao processo<br />
de baixo custo, outra vantagem é a eficiência de remoção e a possibilidade<br />
de reutilização da biomassa, para isso neste trabalho foi utilizada casca de<br />
maracujá-amarelo. Passiflora edulis, comumente conhecida como maracujá-<br />
-amarelo, é cultivado em grande escala no Brasil e é de grande importância<br />
econômica sendo amplamente utilizados in natura e em forma processada<br />
como um suco concentrado. As cascas dos frutos de maracujá foram tratadas<br />
para realização dos testes de adsorção de cromo. Os testes com pH 5,5<br />
indicaram uma remoção de cromo em torno de 30%, outros testes também<br />
foram realizados variando a concentração de pectina com ácido cítrico, mas<br />
os resultados foram muito semelhantes aos obtidos com apenas biomassa. Os<br />
melhores resultados foram encontrados com pH em torno de 2, concentração<br />
de 20ppm de dicromato de potássio e 15g/L de biomassa, sem agitação e<br />
repouso durante 24 horas atingindo 66,5% de remoção. Assim, propomos<br />
um novo material de biomassa para a adsorção de cromo baseada em farinha<br />
de casca de maracujá com baixo custo e alta eficiência.<br />
Palavras-Chave: Cromo Hexavalente; Maracujá Amarelo; Pectina.<br />
Abstract<br />
Pollution of water resources and their environmental impacts are a<br />
concern worldwide, millions of tons of waste are deposited in the soil<br />
and rivers. Numbers indicate that less than half of these wastes is performed<br />
some sort of treatment suitable for disposal. The possibility of<br />
removal of hexavalent chromium by ion biosorption is advantageous<br />
due to the low cost process, another advantage is the removal efficiency<br />
and the possibility of reuse of the biomass, hence was used passion<br />
fruit peel. Passiflora edulis, commonly known as yellow passion fruit, is<br />
cultivated on a large scale in Brazil and it is of agronomic importance<br />
because the fruits are widely used as available or in a processed form<br />
as a concentrated juice. The Passion fruit pell was treated which was<br />
used for all the tests related to chromium adsorption. The tests with<br />
pH 5.5 indicated a chrome removal around 30%, other tests were also<br />
carried out varying the pectin concentration with citric acid, but the<br />
results were very similar to those obtained with biomass only. The best<br />
results were found with pH around 2, concentration of 20ppm of potassium<br />
dichromate and 15g/L of biomass, without agitation and rest for<br />
24 hours reaching 66.5% of removal. Thus, we propose a new biomass<br />
for chromium adsorption based in passion fruit peel flour with low cost<br />
and high efficiency.<br />
Keywords: Hexavalent Chromium; Passion Fruit; Pectin.<br />
12<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021
Qualidade e confiança.<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
13
Artigo 2<br />
Introdução:<br />
A poluição por metais é um dos maiores<br />
problemas ambientais dos dias atuais,<br />
a maioria destes metais são os conhecidos<br />
metais pesados, como Cádmio (Cd), Mercúrio<br />
(Hg) e Cromo (Cr) os quais apresentam um<br />
alto potencial de risco para a saúde humana<br />
e animal, a exposição prolongada à pequena<br />
quantidade destes metais podem provocar<br />
problemas como o câncer, problemas renais,<br />
no sistema reprodutivos e no sistema nervoso<br />
[1,2]. Os metais pesados constituem um grupo<br />
de aproximadamente 40 elementos, são<br />
considerados metais pesados quando em sua<br />
forma elementar tem uma densidade similar<br />
ou maior que 5 g/cm3 [3]. Cromo é um dos<br />
mais importantes metais pesados que existem,<br />
isso se deve a diversas aplicações de seus<br />
compostos na indústria moderna resultando<br />
na descarga de grandes quantidades de resíduos<br />
deste elemento no meio ambiente. As<br />
principais fontes de contaminação com íons<br />
de cromo são efluentes da indústria de galvanização<br />
e curtumes [4,5].<br />
O uso de sobras de alimentos como biomassa<br />
para a remoção de metais foi desenvolvido<br />
por vários pesquisadores, como o uso de<br />
cascas de arroz [6]; cascas de banana e maçãs<br />
[7]; biomassa de turfa [8]; resíduo de serragem<br />
[9]; cascas de coco e fibras prensadas<br />
[10] e até mesmo casca de maracujá para<br />
remoção de níquel e chumbo [11]. Neste sentido,<br />
foi usada a casca de maracujá amarelo<br />
para remoção de cromo hexavalente.<br />
do ácido galacturônico (produto da oxidação<br />
Passiflora edulis, comumente conhecido de polissacarídeos) com os metais catiônicos<br />
[17]. Considerando isso, busca-se então<br />
como maracujazeiro amarelo, é cultivado em<br />
grande escala no Brasil sendo o maior produtor<br />
e exportador dessa fruta, isso faz com maracujá amarelo para a remoção de cromo<br />
avaliar a capacidade de adsorção da casca de<br />
que ele tenha uma grande importância econômica<br />
e agronômica, sendo usada de forma alternativa para descontaminação de águas<br />
hexavalente, buscando desenvolver uma nova<br />
in natura ou industrializada como suco concentrado<br />
gerando como resíduo cascas e semico<br />
e ambiental a partir do uso de resíduo<br />
com baixo custo, aliando o benefício econômentes<br />
[12,13]. A casca do maracujá amarelo sólido agroindustrial.<br />
é basicamente composta por carboidratos,<br />
proteínas, niacina (vitamina B3), ferro, cálcio, Objetivo<br />
fósforo e rico em pectina [14,15], na Tabela Analisar a eficácia da casca do maracujá<br />
1é possível observar os resultados da composição<br />
centesimal da casca de maracujá obtisorvente<br />
de íons metálicos de cromo presen-<br />
amarelo (Passiflora edulis) como material addos<br />
em três diferentes trabalhos. A pectina é tes em meio aquoso, bem como estimar sua<br />
um complexo de polissacarídeos, derivado da relação com o pH da solução.<br />
parte interna da casca do maracujá. Essa pectina<br />
tem a capacidade de se ligar com metais Metodologia<br />
pesados como Pb, Cu, Co, Ni, Zn, Cd bem como O maracujá foi adquirido por meio de doações<br />
de agricultores e produtores de suco<br />
com alguns outros metais (Ba, Zn, Sr, Mn, Mg)<br />
[16]. Isso pode ser explicado pela formação de de Presidente Prudente-SP. As cascas foram<br />
pectatos, que são compostos formados devido preparadas de acordo com a Figura 1, onde<br />
a ligação dos íons capturados com a estrutura foram lavadas com água destilada para remover<br />
materiais estranhos, as cascas foram então<br />
da pectina pelos grupos hidroxila da matriz<br />
de polissacarídeo e/ou grupos carboxílicos cortadas manualmente em pequenos pedaços<br />
Tabela 1 - Constituição da casca de maracujá.<br />
14<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021
Figura 1 - Preparação da farinha de casca de maracujá amarelo.<br />
e depois secas a 70°C em estufa de circulação<br />
de ar por 24 horas. Após as cascas secas, foram<br />
trituradas utilizando um moinho de facas<br />
Marconi modelo MA 340, e peneiradas com a<br />
utilização de uma mesa vibratória de peneiras<br />
para uma granulometria de 48 mesh para que<br />
se obtivesse uma fina farinha da casca do maracujá,<br />
a qual foi usada para a realização das<br />
análises de adsorção. Além da farinha de maracujá<br />
formam também realizados testes com<br />
a cinza da casca, para isso os pedaços da casca<br />
foram calcinados em mufla a 550°C por 2h.<br />
Como fonte de cromo foi utilizado uma<br />
solução estoque de Dicromato de potássio<br />
(K2Cr2O7, Cinética Ind.) na concentração de<br />
1000mg/L, dissolvendo 2,830 g de sal (previamente<br />
seco a 105 °C por 1h) em 500 ml<br />
de água destilada. A solução estoque foi então<br />
diluída para uma solução de trabalho na concentração<br />
de 20 mg/L. Para os testes de adsorção<br />
foram adicionadas 15 g da farinha da<br />
casca de maracujá na solução, esta foi mantida<br />
em repouso por 24h e subsequentemente<br />
foi filtrado. Na amostra filtrada adicionou-se<br />
10% de Ácido clorídrico concentrado (HCl<br />
37%, Synth®) em chapa de aquecimento na<br />
temperatura de 150 ºC para a digestão da farinha,<br />
após a digestão a amostra foi novamente<br />
filtrada e avolumada para 100 mL.<br />
A determinação da concentração de cromo foi<br />
realizada por espectrofotometria absorção atômica<br />
modalidade chama comprimento de onda<br />
425 nm, LCO multielementar com fenda de 0,2<br />
mm, utilizando um Espectrofotômetro de Absorção<br />
Atômica. Foram também realizadas análises<br />
por meio de um Espectrômetro de Emissão<br />
Óptica com Plasma Acoplado Indutivamente<br />
(ICP-OES) com visão radial (Vista PRO-CCD, Varian),<br />
com potência aplicada de 1,3 kW e vazão<br />
de nebulização de 0,6 L.min-1.<br />
Resultados<br />
A remoção do cromo nas soluções estudadas<br />
por meio de análise de espectrofotometria é<br />
Figura2 - Remoção de cromo utilizando a<br />
farinha da casca em função do tempo.<br />
mostrada na Figura 2. Observasse o valor máximo<br />
de remoção na segunda semana com 36<br />
% de remoção, este ensaio foi realizado mantendo<br />
o pH em 5,5.<br />
Após os testes iniciais utilizando 5 gramas<br />
da biomassa da casca de maracujá forma<br />
realizadas análises com 15 gramas do<br />
material para as duas primeiras semanas,<br />
este ensaio foi conduzido em pH próximo<br />
a 2. Na Figura 3 é possível verificar o aumento<br />
significativo de remoção do metal<br />
na solução estudada, o valor mais alto de<br />
remoção foi alcançado com a concentração<br />
de cromo em 20 ppm.<br />
Figura3 - Remoção de cromo por 14 dias<br />
com 5g e 15g do material absorvente.<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
15
Artigo 2<br />
Conclusão<br />
A biomassa das cascas do maracujá apresentou uma ótima eficiência de remoção de cromo, em<br />
concentrações e condições do metal e do material absorvente, desta forma, apresenta um potencial para ser<br />
explorado em futuras pesquisas com outros metais contaminantes.<br />
Referências<br />
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C.A.S.; MELO, C.P. Hierarchical Composite Polyaniline-(Electrospun Polystyrene)<br />
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[3] CAZIÑARES-VILLANUEVA, R. O. Biosorción de metales pesados mediante<br />
el uso de biomasa microbiana. <strong>Revista</strong> Latinoamericana de Microbiología,<br />
v. 42, n. 3, (2000) 131-143.<br />
[4] SUMATHI, I.K.M.S.; MAHIMAIRAJA, S.; NAIDU, R. Use of Low-cost<br />
Biological Wastes and Vermiculite for Removal of Chromium from Tannery<br />
Effluent. Bioresource Technology 96 (2005) 309-316.<br />
[5] MÄDLER, S.; SUN, F.; TAT, C.; SUDAKOVA, N.; DROUIN, P.; TOOLEY,<br />
R.J.; REINER, E.J.; SWITZER, T.A.; DYER, R.; KINGSTON, H.M.S.; PAMUKU, M.;<br />
FURDUI, V.I. Trace-Level Analysis of Hexavalent Chromium in Lake Sediment<br />
Samples: Using Ion Chromatography Tandem Mass Spectrometry. Journal of<br />
Environmental Protection, 7, (2016) 422-434.<br />
[6] FONSECA, H. C.; FONSECA, S. C.; PEREIRA, C. A. F. Uso da cinza da casca<br />
de arroz na adsorção de cromo hexavalente. Caderno de Ciências Agrárias, v.<br />
8, n. 1, (2016) 16-21.<br />
[7] FRANCO, C. C.; CASTRO, M. M.; WALTER, M. E. Estudo das cascas de<br />
banana das variedades prata, caturra e maçã na biossorção de metais pesados<br />
gerados pelos efluentes dos laboratórios do Centro Universitário de Belo<br />
Horizonte. <strong>Revista</strong> e-Xacta, v. 8, n. 1, (2015) 99- 115.<br />
[8] ZHIPEI, Z., JUNLU, Y., ZENGUNI, W., PIYA, W., A Preliminary Study of<br />
Pb II, Cd II, Zn II, Ni II and Cr VI from Wastewaters with Several Chinese Peats,<br />
Proceedings of Seventh International Peat Congress, (1984).<br />
[9] SRIVASTAVA, H. C. P., MATHUR, R. P., MEHROTRA, i., Removal of Chromium<br />
from Industrial Wastewaters by Adsorption on Sawdust, Environmental<br />
Technology Letters 7 (1986) 55-63.<br />
[10] TAN, W. T., OOI, S. T., LEE, C. K., Removal of Cr VI from Solution by<br />
Coconut Husk and Plam Pressed Fibres, Environmental Technology 14 (1993)<br />
277-282.<br />
[11] RAMOS, B.P.; BOINA, R.F. Potencial do maracujá na retenção de íons<br />
metálicos: níquel e chumbo. Fórum Ambiental da Alta Paulista, v. 12, n.3,<br />
(2016) 124-134.<br />
[12] PAVAN, F.; MAZZOCATO, A.C.; GUSHIKEN, Y. Removal of methylene<br />
blue dye from aqueous solutions by adsorption using yellow passion fruit<br />
peel as adsorbent. Bioresource Technology 99 (2008) 3162–3165.<br />
[13] SILVA, W.G.; CARVALHO, D.C.; JUNIO, W.M.O. remoção de chumbo<br />
em soluções aquosas por biossorção utilizando cascas de maracujá quimicamente<br />
modificados. XIV ENEEAmb, II Fórum Latino e I SBEA, (2016) 52-59.<br />
[14] OLIVEIRA, L.F.; NASCIMENTO, M.R.F.; BORGES, S.V.; RIBEIRO, P.C.N.;<br />
RUBACK, V.R. aproveitamento alternativo da casca do maracujá-amarelo<br />
(Passiflora edulis f. Flavicarpa) para produção de doce em calda. Ciênc. Tecnol.<br />
Aliment., v.3, n. 22 (2002) 259-262.<br />
[15] CÓRDOVA, K.R.V.; GAMA, T.M.M.T.B.; WINTER, C.M.G.; KASKANTZIS<br />
NETO, G.; FREITAS, R.J.S.; Características físico-químicas da casca do maracujá<br />
amarelo (Passiflora edulis Flavicarpa Degener) obtida por secagem.<br />
B.Ceppa, v.23, n.2 (2005) 221-230.<br />
[16] Sharma, S.; Rana, S.; Thakkar, A.; Baldi, A.; Murthy, R.S.R.; Sharma,<br />
R.K. Physical, Chemical and Phytoremediation Technique for Removal of<br />
Heavy Metals. Journal of Heavy Metal Toxicity and Diseases. v.1, n.2 (2016).<br />
[17] KARTEL, M.T.; KUPCHIK, L.A.; VEISOV, B.K. Evaluation of pectin<br />
binding of heavy metal ions in aqueous solutions. Chemosphere 38 (1999)<br />
2591-2596.<br />
[18] MARTINS, C.B.; GUIMARÃES, A.C.L.; PONTES, M.A.N. Estudo tecnológico<br />
e caracterização física, físico-química do maracujá (Passiflora<br />
edulis F. Flavicarpa) e seus subprodutos. Fortaleza: Centro de Ciências<br />
Agrárias, n.4, 1985. 23 p.<br />
[19] OLIVEIRA, L.F. et al. Aproveitamento alternativo da casca do maracujá-amarelo<br />
(Passiflora edulis f. Flavicarpa) para produção de doce em<br />
calda. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.22, n.3, p.259-262, 2002.<br />
Complemento Normativo - Artigo 2<br />
Referente ao artigo 2<br />
Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />
Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com GC e HPLC<br />
16<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
ABNT NBR 8333<br />
Triéteres glicólicos — Determinação do teor de diéteres por<br />
cromatografia em fase gasosa<br />
Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ABNT<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442826<br />
ABNT NBR 9003<br />
Monoetileno glicol — Determinação do teor de dietileno glicol<br />
por cromatografia em fase gasosa<br />
Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ABNT<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442827<br />
ABNT NBR 9906<br />
Acetato de etilglicol — Determinação do teor de etilglicol por<br />
cromatografia em fase gasosa<br />
Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ABNT<br />
País de procedência/Região: Brasil.<br />
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=443182<br />
ISO/TS 23973<br />
Liquid chromatography at critical conditions (LCCC) — Chemical<br />
heterogeneity of polyethylene oxides<br />
Norma publicada em: 08/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/77489.html<br />
ISO 13885-3<br />
Gel permeation chromatography (GPC) - Part 3: Water<br />
as eluent<br />
Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Análises químicas.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/77485.html<br />
ISO 13885-2<br />
Gel permeation chromatography (GPC) — Part 2: N,N-Dimenthylacetamide<br />
(DMAC) as eluent<br />
Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Análises químicas.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/77482.html<br />
ISO 13885-1<br />
Gel permeation chromatography (GPC) — Part 1: Tetrahydrofuran<br />
(THF) as eluent<br />
Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />
Classificação 1: Análises químicas.<br />
Classificação 2: Norma recomendada.<br />
Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />
GC e HPLC.<br />
Entidade: ISO.<br />
País de procedência/Região: Suiça.<br />
https://www.iso.org/standard/73850.html
Espectrometria de Massa<br />
A RESOLUÇÃO DE MASSAS NA ESPECTROMETRIA DE MASSAS<br />
Por Oscar Vega Bustillos*<br />
O estado da arte na instrumentação analítica<br />
é observado na espectrometria de massas<br />
de alta resolução, a qual é capaz de separar<br />
fragmentos de massas na quarta ou quinta<br />
casa decimal denominados “massa exata”. Os<br />
instrumentos anteriores estavam limitados a<br />
unidades de “massa inteira”, onde a resolução<br />
de um espectrômetro de massas é definida<br />
como a razão entre uma determinada massa e a<br />
diferença entre massas subseqüentes, isto é, M/<br />
(M2 – M1), matematicamente descrito como<br />
M/ΔM, medida estatística do pico de massa<br />
da gaussiana: Largura total na metade do máximo<br />
(Full Width at Half Maximum - FWHM).<br />
A Figura 1a apresenta o espectro de massas de<br />
uma mistura de analitos, analisada com um<br />
instrumento com resolução 1.000. Observa-se<br />
que somente um pico é observado. A Figura<br />
1b apresenta a mesma amostra, mas com um<br />
instrumento com resolução 5.000. Maior número<br />
de analitos são detectados no intervalo<br />
de massas de m/z 1,060 a 1,066. Por exemplo,<br />
nas medições de massa nominal inteira, não<br />
seria possível distinguir entre os íons protonados<br />
da Lisina ou da Glutamina com razão<br />
m/z 147,<strong>112</strong>8 e 147,0764, respectivamente.<br />
No entanto, um espectrômetro de massa com<br />
um poder de resolução de mais 10.000 seria<br />
facilmente capazes de distinguir esses dois<br />
íons. Obviamente, quanto maior a resolução<br />
do espectrômetro de massas, mais íons espaçados<br />
podem ser facilmente analisados. A alta<br />
resolução pode ser traduzida como medições de<br />
massas mais exatas.<br />
Atualmente, várias opções de analisadores de<br />
massas com alta resolução estão disponíveis no<br />
mercado. Analisadores de tempo de voo (Time<br />
of Flight - TOF) permite atingir facilmente uma<br />
resolução de 20.000 e até maiores, chegando<br />
a 60.000 para certas máquinas TOF com defletores<br />
iônicos. Ainda com maior resolução,<br />
o “Orbitrap” e o espectrômetro de massas por<br />
ressonância de cíclotron iónica por transformada<br />
de Fourier (Fourier Transform Ion Cyclotron<br />
Mass Spectrometry - FTICR) pode alcançar<br />
resoluções de 100.000 e até muito mais altas<br />
para certas configurações, mas à um custo de<br />
velocidade de varredura. O espectrômetro de<br />
massas “Orbitrap” foi melhorado desde o seu<br />
início, em termos de velocidade de varredura<br />
e sensibilidade, até se tornar um instrumento<br />
mais rotineiro, principalmente no caso da versão<br />
de bancada.<br />
O desafio de construir novos espectrômetros<br />
de massas com alta resolução teve início<br />
em meados do século XX. Certamente graças<br />
a ciência de novos materiais e novos sistemas<br />
de focalização, resolução de até 10.000 foram<br />
atingidas. Em 1955, W.C. Wiley e I.H. McLaren<br />
desenvolveram o espectrômetro de massas TOF,<br />
mas só em 1973, B.A. Mamyrin inventou o refletor<br />
de íons, tornando o TOF um analisador de<br />
alta resolução.<br />
Historicamente, vários métodos foram desenvolvidos<br />
no espectrômetro de massas para<br />
melhorar a resolução de massas. Por exemplo,<br />
métodos para melhorar a focalização dos íons<br />
dentro do espectrômetro de massas, assim<br />
como também métodos para produzir uma<br />
maior dispersão das massas iônicas e a injeção<br />
de íons positivos a partir da fonte de íons no<br />
interior de campos eletro-magnéticos homogêneos<br />
e transversais à trajetória dos íons. Em<br />
1938, J.A. Hipple e W. Bleakney utilizaram pela<br />
primeira vez este princípio na construção de um<br />
espectrômetro de massas com base na curva cicloide<br />
como caminho iônico, embora já se soubesse<br />
que o movimento de um íon num plano<br />
perpendicular ao do campo magnético deveria<br />
seguir um caminho de “trocoide”. Se um campo<br />
magnético homogêneo é utilizado para defletir<br />
os íons através dos 360o, o detector de<br />
íons deveria estar na mesma localização que a<br />
fonte de íons. Adicionando um campo elétrico<br />
homogêneo à 90o do campo magnético será<br />
fornecido aos íons um movimento transversal<br />
linear como também um movimento circular<br />
graças ao campo magnético. O resultado é um<br />
caminho de “trocoide” dos íons, desta forma<br />
possibilita separar a fonte de íons e o detector<br />
de íons (Figura 2).<br />
No ano de 1959, H.W. Voorhies e colaboradores<br />
utilizaram um espectrômetro de massas trocoide,<br />
aplicaram 3.200 Volts entre as placas do<br />
sistema obtendo um campo elétrico da ordem<br />
de 150 Volts/cm, além de aplicar simultaneamente<br />
um campo magnético de 10.000 Gauss,<br />
obtendo uma ótima resolução de 2.500. Por<br />
meio deste espectrômetro de massas, Voorhies<br />
e colaboradores conseguiram separar e analisar<br />
o famoso doblete iônico, N2+ e CO+, isto é, Nitrogênio<br />
molecular com massa 28,0056 e Monóxido<br />
de Carbono com massa 27,9949 que são<br />
detectados como isômeros com massas m/z 28<br />
para um espectrômetro com resolução de uma<br />
unidade de massa atômica (u.m.a.). Utilizando<br />
o espectrômetro trocoide com resolução de M/<br />
ΔM = 2.500, eles conseguiram separar e analisar<br />
o famoso doblete Nitrogênio / Monóxido de<br />
carbono, graças à utilização da curva cicloide,<br />
demonstrando a importância da geometria no<br />
caminho iônico na espectrometria de massas.<br />
Os espectros de massas da análise do referido<br />
doblete estão apresentados na Figura 3.<br />
No espectrômetro trocoide onde é considerada<br />
a curva cicloide prolata é observado para<br />
uma separação D = 2πa, na direção x sob influencia<br />
dos campos magnético e elétrico dado<br />
pela seguinte equação,<br />
e o raio do círculo será<br />
A distância b da trajetória dos íons será<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
17
Espectrometria de Massa<br />
onde, E é a intensidade do campo elétrico,<br />
H é a intensidade do campo magnético, v0 é<br />
a velocidade inicial que o íon entra no campo<br />
transversal elétrico magnético (esta velocidade<br />
é determinada pela massa do íon<br />
e pelo potencial V de aceleração de injeção<br />
dentro do campo). A diferença (900 – Φ)<br />
é o ângulo entre o campo elétrico e o feixe<br />
de íons positivos ingressantes, segundo a<br />
ilustração da Figura 4. O ângulo de ingresso<br />
dos íons a partir da fonte de íons para<br />
dentro do campo elétrico é de aproximadamente<br />
900. O ângulo Φ é ilustrado na curva<br />
da cicloide prolata, isto é b > a, onde b =<br />
2a (Figura 4) na qual descreve o percurso<br />
dos íons dentro de um espectrômetro de<br />
massas trocoide. O espectrômetro de massas<br />
trocoide pode operar tanto para íons<br />
positivos como negativos, mas este tipo de<br />
espectrômetro requer um campo elétrico<br />
e magnético uniforme que demanda uma<br />
área considerável dentro de um laboratório,<br />
sendo esta uma desvantagem.<br />
Certamente, os futuros espectrometristas<br />
de massas terão à sua disposição, mais<br />
instrumentos com alta resolução. Obtendo<br />
massas exatas nos seus espectros para<br />
elucidar as pesquisas em desenvolvimento.<br />
Esta conquista da alta resolução foi<br />
obtida graças aos criativos pesquisadores<br />
da espectrometria de massas, tal como<br />
J.J. Thomson obteve a massa do elétron e<br />
massas isotópicas dos elementos da tabela<br />
periódica por meio da leitura das parábolas<br />
desenhadas em placas fotográficas.<br />
Figura 1: Espectros de massas de uma mesma mistura de analitos; a) Obtido com um analisador com Resolução 1.000<br />
e b) obtido com outro analisador com Resolução 5.000.<br />
Figura 2: Trajetória dos íons num espectrômetro de massas “Trocoide”, onde E e B representam o<br />
campo elétrico e magnético respectivamente.<br />
Fonte: http://vegascience.blogspot.com<br />
Figura 3: Espectros de massas da análise da mistura gasosa CO e N2. O espectro “A” apresenta análise realizada com espectrômetro<br />
de massas com resolução de massa inteira. Os íons; CO+ (m/z 28) e N2+ (m/z 28) não podem ser separados. O pico<br />
28 é conhecido como o doblete CO/N2. O espectro “B” apresenta análise realizada com espectrômetro de massas Trocoide de<br />
alta resolução onde os íons CO+ (m/z 27,99) e N2+ (m/z 28,00) foram separados.<br />
Figura 4: Curva cicloide prolata (b > a), onde b = 2a. Ângulo Φ de ingresso dos íons dentro do campo elétrico do<br />
espectrômetro de massas “Trocoide”.<br />
18<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Oscar Vega Bustillos<br />
Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente CQMA do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN/CNEN-SP<br />
Tel.: 55 11 2810 5656 - E-mail: ovega@ipen.br - Site: www.vegascience.blogspot.com.br
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estrutura adequada e disponível para a pronta<br />
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legislação vigente más também para garantir a<br />
qualidade dos produtos para consumo.<br />
utilização, uma equipe de profissionais capacitados,<br />
que nos permite o pronto atendimento<br />
das necessidades de nossos clientes, se compromete<br />
a garantir as boas práticas da ANVISA<br />
em todos os processos de armazenagem e<br />
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Armazenamento e Distribuição é um conjunto<br />
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integridade e segurança dos produtos nos<br />
processos de armazenagem, transporte e<br />
O grande desafio das Boas Práticas é a<br />
manutenção e controle de seus requisitos<br />
devido aos inúmeros processos envolvidos<br />
no armazenamento ou na distribuição dos<br />
produtos, contando com diversas variáveis<br />
envolvidas nos procedimentos.<br />
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o serviço prestado de armazenagem<br />
de produtos para saúde, tal como os seus<br />
processos e métodos de controle com o<br />
objetivo de corresponder e antecipar-se às<br />
exigências de qualidade dos seus clientes, os<br />
requisitos estatutários e regulamentares.<br />
comercialização.<br />
O conceito de boas práticas tem como pilar<br />
o treinamento e capacitação das equipes,<br />
rastreabilidade de produtos e processos,<br />
medição e monitoramento, além de<br />
auditorias e autoinspeções.<br />
Implementar corretamente as Boas<br />
Práticas de Armazenagem e manter o<br />
nível de qualidade dos serviços é um<br />
desafio diário.<br />
Tâmisa Barbosa de Lima<br />
Farmacêutica/Coordenadora de Qualidade<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
19
Tecnologias Químicas<br />
VIABILIDADE DA TÉCNICA ESPECTROFOTOMETRIA UV-VIS<br />
Por Prof. Dr. Marcos Roberto Ruiz<br />
A espectrofotometria UV-VIS utilizada<br />
em amostras que absorvem luz com comprimento<br />
de onda na faixa aproximada de<br />
190 a 760 nm, é uma técnica muito empregada<br />
nas pesquisas, principalmente pela<br />
facilidade de utilização do equipamento, e<br />
a grande presença de modelos de espectrofotômetros<br />
nas universidades e escolas técnicas,<br />
fato que está relacionado à demanda<br />
de utilização e custo do equipamento.<br />
Na região do visível é possível analisar<br />
uma grande quantidade de soluções coloridas<br />
ou ainda incolores, pelo método<br />
indireto. A interação da luz com a matéria<br />
em um determinado comprimento de onda<br />
é caracterizada pela transição eletrônica<br />
entre os estados energéticos.<br />
A espectrofotometria na região do visível<br />
identifica as substâncias através da análise<br />
comparativa de espectros, e determina a<br />
concentração pela quantidade de luz absorvida<br />
ou transmitida, utilizando para isso<br />
padrões e curva de calibração.<br />
A grande versatilidade da técnica corrobora<br />
para que um número muito grande de<br />
projetos a utilizem, em 2020 cinco projetos<br />
de pesquisa do meu setor de inovação utilizaram<br />
a espectrofotometria UV-VIS para<br />
analisar seus produtos.<br />
Importante relatar a diversidade dos projetos,<br />
como exemplo, a análise de sílica para<br />
produção de água desmineralizada, a partir<br />
da flegmaça (subproduto do processo de<br />
destilação do etanol), das usinas de açúcar<br />
e etanol, o estudo de adsorção de corantes<br />
com nanopartículas, a síntese de ácido<br />
acético a partir de amido da batata-doce, o<br />
curativo derivado do látex e nanopartículas<br />
de prata, o lava-roupas hospitalar potencializado<br />
com nanopartículas de prata e cobre.<br />
Uma aplicação atual é a comprovação da<br />
síntese de nanopartículas metálicas, após as<br />
reações químicas no laboratório, a solução<br />
é analisada mediante uma varredura para<br />
identificação do comprimento de onda específico<br />
para cada nanopartícula. Outra aplicação<br />
como a análise de demanda química<br />
de oxigênio (DQO), em águas e efluentes<br />
também é bastante rotineira, nesta técnica<br />
conhecida como método colorimétrico, o íon<br />
dicromato que oxida a matéria orgânica da<br />
amostra, modifica o estado de cromo hexavalente<br />
(Cr+6) medido a 400 nm para cromo<br />
trivalente (Cr+3) medido a 600 nm, a DQO<br />
realizada pela espectrofotometria utiliza um<br />
volume muito reduzido de reagentes, o que<br />
corrobora na diminuição dos resíduos de laboratórios.<br />
Desta forma, é possível observar o avanço<br />
das diferentes aplicações da técnica em<br />
todas as áreas da química, seja nos laboratórios<br />
de pesquisas/desenvolvimento ou<br />
nas indústrias.<br />
20<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Prof. Dr. Marcos Roberto Ruiz<br />
Químico, Mestre em Química Analítica e Doutor em Ciência e Tecnologia dos Materiais, docente do Curso Técnico em Química do SENAI-<br />
SP, com atuação no desenvolvimento de Projetos Inovadores.<br />
Telefone: 18 99711 3104 E-mail: marcos.ruiz@sp.senai.br
CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA<br />
PARA A AGENDA 2030 DA ONU:<br />
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ENERGIA LIMPA<br />
E ACESSÍVEL (ODS 7), INDÚSTRIA, INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA<br />
(ODS 9) E CLIMA (ODS 13)<br />
Metrologia<br />
Por Luciana e Sá Alves.<br />
Introdução<br />
Este artigo é o terceiro artigo de um série que vai<br />
tratar do potencial de integração entre as funções<br />
de Tecnologia Industrial Básica (TIB) e o atendimento<br />
a alguns dos Objetivos de Desenvolvimento<br />
Sustentável (ODS), a partir das discussões<br />
presentes nas publicações “O papel da Metrologia<br />
no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento<br />
Sustentável” [1] e “Reiniciando a Infraestrutura<br />
da Qualidade para um Futuro Sustentável” [2]. O<br />
primeiro artigo, intitulado “Tecnologia Industrial<br />
Básica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”,<br />
apresentou a definição de TIB e sua importância<br />
para o setor produtivo, a Agenda 2030<br />
da ONU, os ODS e as publicações de referência.<br />
A partir do segundo artigo, o título de todos os<br />
artigos será sempre o mesmo e, o subtítulo trará<br />
os nomes dos ODS que serão discutidos e relacionados<br />
à TIB. O segundo artigo tratou dos ODS<br />
1 - Erradicação da Pobreza e 3 - Saúde e Bem-<br />
-Estar e este terceiro artigo discutirá a relação de<br />
TIB com os ODS 7 - Energia Limpa e Acessível,<br />
9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura e 13 –<br />
Mudanças Climáticas. A relação desses cinco ODS<br />
e a TIB foi estabelecida na publicação “O papel<br />
da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento<br />
Sustentável” [1], produzida em<br />
conjunto pela UNIDO, pelo BIPM e pela OIML e os<br />
objetivos dos artigos foram trazer essas relações,<br />
agregar explicações sobre os termos utilizados e,<br />
também, sobre a infraestrutura da qualidade no<br />
Brasil.<br />
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />
7 - Energia Limpa e Acessível<br />
O ODS 7 é estruturado em 5 metas para “garantir<br />
o acesso a fontes de energia fiáveis, sustentáveis<br />
e modernas para todos” [3]. A publicação “O papel<br />
da Metrologia no Contexto dos Objetivos de<br />
Desenvolvimento Sustentável” [1] aponta cinco<br />
aplicações essenciais da metrologia em um cenário<br />
de esforço mundial para a transição para<br />
fontes de energia de baixo carbono. São elas:<br />
1. Caracterização físico-química de biocombustíveis,<br />
hidrogênio, gás natural e biomassa para<br />
impurezas e poder calorífico;<br />
2. Melhoraria da estabilidade de sistemas de<br />
geração de energias renováveis como painéis<br />
solares e turbinas eólicas;<br />
3. Avaliação e melhoraria do funcionamento de<br />
células de combustíveis;<br />
4. Otimização do controle de sistemas de armazenamento<br />
de energia;<br />
5. Garantia de medições justas para medidores<br />
de eletricidade e micro e minigeração distribuídas<br />
em sistemas com placas solares, gás e combustíveis<br />
de automóveis.<br />
A contribuição da metrologia para a caracterização<br />
físico-química de substâncias reside na<br />
elaboração de materiais e de métodos de referência<br />
certificados que possibilitam aos laboratórios<br />
analíticos que os utilizem para a emissão<br />
de resultados confiáveis. O Instituto Nacional de<br />
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)<br />
produz, entre outros, materiais de referência<br />
certificados para o Biodiesel de Soja - Parâmetro<br />
Teor de água, o etanol Combustível – Teor de<br />
água e Teor de etanol, Etanol em Água. [4] A visualização<br />
do certificado de material de referência<br />
para o biodiesel de soja, por exemplo, pode<br />
ser visualizado em [5].<br />
Os medidores de energia elétrica são verificados<br />
em procedimentos de metrologia legal desde a<br />
autorização para a entrada de um novo modelo<br />
no mercado, o que se chama Apreciação Técnica<br />
de Modelo feita no Inmetro [6], até a Verificação<br />
Metrológica de Medidores de Energia Elétrica<br />
feita pelos órgãos delegados da RBMLQ- I a pedido<br />
da empresa concessionária ou do usuário/<br />
consumidor.<br />
Além da metrologia, a avaliação da conformidade,<br />
uma outra função de Tecnologia Industrial<br />
Básica (TIB), contribui para o atendimento ao<br />
ODS 7 por meio do Programa Brasileiro de Etiquetagem<br />
(PBE).<br />
O PBE é um programa de Avaliação da Conformidade<br />
coordenado pelo Inmetro e que<br />
fornece informações sobre o desempenho<br />
dos produtos, considerando atributos como<br />
a eficiência energética. A Etiqueta é o Selo<br />
de Conformidade aderido aos produtos e<br />
evidencia o atendimento a requisitos de desempenho<br />
estabelecidos em normas e regulamentos<br />
técnicos nos pontos de venda. [7]<br />
Além de classificar os produtos disponíveis<br />
no mercado quanto à eficiência energética<br />
para informar ao consumidor sobre este parâmetro<br />
de funcionamento e promover escolhas<br />
que economizem energia, quatro classes<br />
de equipamentos que compõem o sistema<br />
de geração de energia fotovoltaica (sistema<br />
que converte energia solar em energia elétrica)<br />
participam do Programa Brasileiro de<br />
Etiquetagem. [8]<br />
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />
9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura<br />
Para “construir infraestruturas resilientes,<br />
promover a industrialização inclusiva e sustentável<br />
e fomentar a inovação”, oito metas<br />
foram elaboradas para atender ao ODS 9. [9]<br />
Para o objetivo 9 que envolve industrialização<br />
e inovação, a contribuição da metrologia<br />
é direta e aparece ali nos alicerces desse objetivo.<br />
O documento [1] traz a frase atribuída<br />
à Lord Kelvin - “Se você não pode medir algo,<br />
você não pode produzi-lo” - e afirma que<br />
para países em desenvolvimento, o desafio é<br />
prover infraestrutura de medição para assegurar<br />
quatro pilares da produção industrial.<br />
O primeiro pilar é relacionado às expectativas<br />
de qualidade dos consumidores e da<br />
indústria em relação ao preço e à confiança.<br />
No Brasil, os selos de conformidade do<br />
Inmetro informam aos consumidores sobre<br />
o atendimento a critérios mínimos de quali-<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
21
Metrologia<br />
22<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
dade e de segurança. Para utilizar os selos de<br />
conformidade, é necessário o procedimento<br />
de registro de objeto, ato pelo qual o Inmetro<br />
autoriza a comercialização de um produto ou<br />
serviço e a utilização do selo de identificação<br />
da conformidade. [10]<br />
O segundo pilar é a satisfação de requisitos<br />
de interoperabilidade, ou seja a produção das<br />
peças de equipamentos em locais e tempos<br />
diferentes. Para tanto, os instrumentos utilizados<br />
na produção das peças precisam estar<br />
calibrados, de modo que as medidas fornecidas<br />
por eles sejam rastreáveis ao Sistema<br />
Internacional de Unidades (SI). A acreditação<br />
de laboratórios de calibração e de ensaio<br />
de instrumentos, realizada pela Coordenação<br />
Geral de Acreditação (Inmetro), possibilita a<br />
identificação dos laboratórios que atendem<br />
aos requisitos da norma ABNT NBR ISO/IEC<br />
17025: 2017 (Requisitos gerais para a competência<br />
de laboratórios de ensaio e calibração)<br />
e estes laboratórios formam duas redes:<br />
a Rede Brasileira de Calibração [11] e a Rede<br />
Brasileira de Laboratórios de Ensaio [12].<br />
O terceiro pilar é a avaliação da conformidade<br />
efetivamente demonstrada, que depende<br />
de um sistema de acreditação com<br />
reconhecimento internacional para evitar<br />
barreiras técnicas ao comércio e necessidade<br />
de replicar os testes e as medições. Os Acordos<br />
de Reconhecimento Mútuo que o Brasil<br />
assina na área de acreditação possibilitam<br />
a inserção do país no comércio global. Dois<br />
destes acordos são o Fórum Internacional de<br />
Acreditação (IAF) [13] e a Cooperação Internacional<br />
de Acreditação de Laboratórios<br />
(ILAC) [14]. Este reconhecimento de resultados<br />
de avaliação da conformidade permite<br />
a “admissão da validade de um resultado de<br />
avaliação da conformidade fornecido por<br />
uma outra pessoa ou por um outro organismo.”<br />
Os principais mecanismos de avaliação<br />
da conformidade praticados no Brasil são: a<br />
certificação, a declaração da conformidade<br />
do fornecedor, a inspeção e o ensaio. [15]<br />
O quarto pilar é a disponibilidade para as cadeias<br />
produtivas de componentes e produtos<br />
que atendam aos requisitos de regulamentos<br />
técnicos, padrões e especificações. A Regulamentação<br />
Técnica é uma das funções de TIB<br />
e é definida como o meio pelo qual os governos<br />
determinam os requisitos de cumprimento<br />
compulsório relacionados, principalmente,<br />
à saúde, segurança, meio ambiente,<br />
defesa do consumidor e prevenção de práticas<br />
enganosas de comércio. A aplicação dos<br />
regulamentos técnicos é responsabilidade da<br />
metrologia legal e da avaliação da conformidade.<br />
O controle metrológico é feito em<br />
instrumentos e em produtos pré-medidos.<br />
[16] e há 152 objetos sujeitos a programas<br />
de avaliação da conformidade para atender<br />
aos regulamentos técnicos. [17]<br />
É relevante destacar a diferença entre regulamento<br />
técnico e norma técnica para ressaltar<br />
a necessidade de existência de duas<br />
funções de TIB distintas – Regulamentação<br />
Técnica e Normalização. O regulamento<br />
técnico é o documento aprovado por órgãos<br />
governamentais em que se estabelecem as<br />
características de um produto ou dos processos<br />
e métodos de produção com eles<br />
relacionados, com inclusão das disposições<br />
administrativas aplicáveis e cuja observância<br />
é obrigatória [18], por isso, os programas<br />
de avaliação da conformidade são chamados<br />
de compulsórios. A norma técnica é o<br />
documento aprovado por uma instituição<br />
reconhecida, que prevê, para um uso comum<br />
e repetitivo, regras, diretrizes ou características<br />
para os produtos ou processos e métodos<br />
de produção conexos, e cuja observância não<br />
é obrigatória. [18]<br />
Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />
13 – Mudanças Climáticas<br />
ODS 13 foi formulado com cinco metas para<br />
“tomar medidas urgentes para combater a<br />
mudança climática e seus impactos” [19]<br />
O documento de referência [1] aponta a<br />
centralidade das medições exatas para o<br />
entendimento das mudanças climáticas,<br />
uma vez que o desafio para a comunidade<br />
de pesquisadores em mudanças climáticas<br />
é identificar tendências de longo prazo de<br />
pequena magnitude a partir de dados que<br />
podem variar enormemente em uma escala<br />
de tempo curta.<br />
A abordagem metrológica rigorosa enfrenta<br />
o desafio de tornar perceptível uma mudança<br />
significativa de 1ºC em dados consistentes,<br />
obtidos em escalas de tempo de algumas<br />
décadas e em muitos pontos do planeta,<br />
utilizando técnicas diferentes. Em um dia,<br />
milhões de medições são feitas para 50 variáveis<br />
essenciais do clima. [1]<br />
O método para se obter a qualidade nas<br />
medições é a rastreabilidade ao Sistema Internacional<br />
de Unidades (SI), que possibilita<br />
que as incertezas de medição sejam conhecidas<br />
e baixas. Incerteza de medição é definida<br />
no Vocabulário Internacional de Metrologia<br />
– VIM. [20, p. 24] como “parâmetro não negativo<br />
que caracteriza a dispersão dos valores<br />
atribuídos a um mensurando, com base<br />
nas informações utilizadas”. Uma medição<br />
descrita de acordo com o rigor metrológico<br />
será sempre formada pelo número, que é o<br />
mensurando, e a incerteza de medição associada.<br />
Esta informação oriunda da medição<br />
permite atribuir ao mensurando um intervalo<br />
de valores razoáveis.<br />
Ainda que agora todas as unidades do SI<br />
sejam realizadas a partir de constantes fundamentais<br />
[21] e não dependam mais de<br />
padrões físicos, os Institutos Nacionais de<br />
Metrologia (INM) mantém sua credibilidade<br />
em realizar as unidades do SI por meio<br />
das comparações promovidas pelo BIPM<br />
para a manutenção dos Acordos de Reconhecimento<br />
Mútuo sobre competências nas<br />
medições. As competências em calibrações<br />
e capacidades de medições (CMC) de cada<br />
INM reconhecidas pelo sistema metrológico<br />
mundial são publicadas no banco de dados<br />
do Bureau Internacional de Pesos e Medidas<br />
(BIPM) chamado Key Comparison Database<br />
(KCDB) [22]<br />
A validade dos resultados de medição é altamente<br />
dependente das propriedades metrológicas<br />
do instrumento, determinadas pela<br />
sua calibração. Os Institutos Nacionais de<br />
Metrologia disseminam seus resultados confiáveis<br />
de medições para os laboratórios acreditados<br />
e estes laboratórios oferecem serviços<br />
de calibração de instrumentos para todos os<br />
outros laboratórios, que tem seus resultados<br />
rastreáveis ao nível imediatamente superior e<br />
todos os resultados são rastreáveis ao BIPM,<br />
formando a cadeia de rastreabilidade. [23] O<br />
conceito de rastreabilidade é apresentado no<br />
VIM como a “propriedade dum resultado de<br />
medição pela qual tal resultado pode ser rela-
Metrologia<br />
cionado a uma referência através duma cadeia<br />
ininterrupta e documentada de calibrações,<br />
cada uma contribuindo para a incerteza de<br />
medição” [20, p. 28] Ter resultados rastreáveis<br />
ao SI garante a estabilidade das medições em<br />
escalas longínquas de tempo, como os próximos<br />
séculos, mesmo que a tecnologia para a<br />
definição das unidades mude. Isso porque é<br />
possível compreender como aquela medição<br />
foi feita naquele momento e qual a incerteza<br />
de medição associada à tecnologia utilizada.<br />
A Organização Meteorológica Mundial (WMO)<br />
monitora sete parâmetros que descrevem as<br />
mudanças climáticas em quatro domínios<br />
– Temperatura e Energia (temperatura da<br />
superfície terrestre e aquecimento dos oceanos);<br />
Composição Atmosférica (concentração<br />
de CO2), Oceanos e Águas (acidificação do<br />
oceano e nível do mar) e Criosfera (glaciares<br />
e extensão de mar congelado no Ártico e na<br />
Antártica). [24]<br />
No Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas<br />
Espaciais (INPE) monitora 12 parâmetros:<br />
Descargas Elétricas, Índice Ultravioleta, Monitoramento<br />
de Secas, Nevoeiros, Oceanografia<br />
por Satélite, Precipitação por Radar, Precipitação<br />
por Satélite, Queimadas, Radiação Solar e<br />
Terrestre, Sistemas Convectivos, Vento na Troposfera.<br />
[25] O INPE lidera a Rede Brasileira de<br />
Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais<br />
chamada Rede CLIMA. As 16 sub-redes temáticas<br />
tem relação direta com vários ODS, o que<br />
reforça a integração entre os ODS. [26]<br />
Além da avaliação dos dados para o acompanhamento,<br />
a pesquisa e a tomada de decisões<br />
sobre as mudanças climáticas, há um conjunto<br />
de atividades comerciais que envolvem<br />
o chamado “mercado de carbono” e surgiram<br />
para responder às demandas de controle de<br />
impactos das atividades produtivas sobre as<br />
mudanças climáticas. As atividades de monitoramento<br />
de emissões e eficácia de tecnologias<br />
de captura e armazenamento de carbono<br />
trazem seus desafios para as medições.<br />
Um dos esquemas de acreditação vigentes é a<br />
acreditação de “Organismos de Verificação de<br />
Inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE)”,<br />
realizada segundo os requisitos estabelecidos<br />
na norma ABNT NBR ISO 14065.O Inventário<br />
de Gases de Efeito Estufa relata as fontes de<br />
GEE, os sumidouros de GEE, as emissões e remoções<br />
de GEE de uma organização. O Organismo<br />
de Verificação de Inventários verifica as<br />
declarações relativas às emissões de GEE e as<br />
remoções em nível organizacional. [27]<br />
Conclusão<br />
Três funções de Tecnologia Industrial Básica<br />
contribuem para os temas dos ODS 7,9 e 13 –<br />
Metrologia Legal, Avaliação da Conformidade<br />
e Regulamentação Técnica. As instituições que<br />
compõem a Infraestrutura da Qualidade do<br />
Brasil e que atuam nestes temas são o Inmetro<br />
e a Cgcre. O Instituto Nacional de Pesquisas<br />
Espaciais (INPE) é uma importante instituição<br />
brasileira de ciência e tecnologia que monitora<br />
parâmetros relevantes para as mudanças<br />
climáticas, além de coordenar a Rede Clima.<br />
Bibliografia<br />
[1] UNIDO. BIPM. OIML. The Role of Metrology in the Context of the<br />
2030 Susteinable Development Goals. Disponível em <br />
[2] UNIDO. Rebooting Quality Infrastructure for a Sustainable Future. Disponível<br />
em <br />
[3] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />
7. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/7<br />
[4] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA<br />
(INMETRO). Serviço de Certificação de Material de Referência. Disponível em<br />
<br />
[5] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />
LOGIA (INMETRO). Certificado de Material de Referência. Disponível<br />
em <br />
[6] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLO-<br />
GIA (INMETRO). Serviços Prestados pela Metrologia Legal. Disponível<br />
em <br />
[7] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />
NOLOGIA (INMETRO). PBE: Programa Brasileiro de Etiquetagem.<br />
Dsiponível em <br />
[8] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />
NOLOGIA (INMETRO). Tabelas de consumo/Eficiência energética.<br />
Disponível em <br />
[9] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />
9. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/9<br />
[10] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />
LOGIA (INMETRO). Avaliação da Conformidade – Registro de Objeto.<br />
Disponível em <br />
[11] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />
LOGIA (INMETRO). Rede Brasileira de Calibração – RBC. Disponível<br />
em <br />
[12] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />
LOGIA (INMETRO). Laboratórios de Ensaio Acreditados (Rede Brasileira<br />
de Laboratórios de Ensaio – RBLE). Disponível em <br />
[13] INTERNATIONAL ACCREDITATTION FORUM (IAF). Introdução<br />
da IAF. Disponível em <br />
[14] COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DE ACREDITAÇÃO DE LABORA-<br />
TÓRIOS (ILAC). Bem-vindo à ILAC. Disponível em https://ilac.org/<br />
language-pages/portuguese/<br />
[15] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />
NOLOGIA (INMETRO). Avaliação Da Conformidade http://www.<br />
inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/acpq.pdf<br />
[16] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />
NOLOGIA (INMETRO). Metrologia Legal: Abrangência Das Ações<br />
Metrológicas. Disponível em http://www.infoconsumo.gov.br/<br />
metlegal/abrangencia.asp<br />
[17] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />
NOLOGIA (INMETRO). Avaliação Da Conformidade: Regulamentos<br />
Técnicos E Programas De Avaliação da Conformidade - Compulsórios.<br />
Disponível em < http://www.inmetro.gov.br/qualidade/<br />
rtepac/compulsorios.asp><br />
[18] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />
LOGIA (INMETRO). Articulação Internacional: Barreiras Técnicas às<br />
Exportações – Definições. Disponível em http://www.inmetro.<br />
gov.br/barreirastecnicas/definicoes.asp<br />
[19] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />
13. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/9<br />
[20] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />
LOGIA (INMETRO). Vocabulário Internacional de Metrologia – VIM.<br />
Disponível em <br />
[21] SOCIEDADE BRASILEIRA DE METROLOGIA (SBM); SOCIEDADE<br />
BRASILEIRA DE FÍSICA (SBF). O Novo Sistema Internacional de Unidades.<br />
Disponível em <br />
[22] BUREAU INTERNATIONAL DE POIDS ET MESURES (BIPM). Key Comparison<br />
Database (KCDB). Disponível em <br />
[23] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />
LOGIA (INMETRO). Estrutura Hierárquica de Rastreabilidade. Disponível<br />
em <br />
[24] WORLD METEOROLOGICAL ORGANIZATION (WMO). Climate.<br />
Disponível em <br />
[25] INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE).<br />
Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticas. Disponível em<br />
<br />
[26] REDE CLIMA - MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS NO BRASIL.<br />
Sub-Redes. Disponível em http://redeclima.ccst.inpe.br/subredes/<br />
[27] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />
NOLOGIA (INMETRO). Acreditação. Disponível em https://www4.<br />
inmetro.gov.br/acreditacao/servicos/acreditacao<br />
Luciana e Sá Alves<br />
Analista executivo em Metrologia e Qualidade (Inmetro), Bióloga e professora de Ciências e Biologia.<br />
Mestre em Educação (Puc-Rio) e doutora em Biotecnologia (Inmetro/UFRJ)<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
23
Microbiologia<br />
COMPLEXO BURKHOLDERIA CEPACIA<br />
Por Claudio Kiyoshi Hirai<br />
Introdução<br />
Nos anos de 2019 e 2020 tivemos a notícia de<br />
recall de alguns produtos farmacêuticos devido a<br />
uma possível contaminação microbiana.<br />
Os microrganismos responsáveis pela contaminação<br />
foram a Burkholderia cepacia e a Ralstonia<br />
pickettii sendo que este último microrganismo<br />
foi abordado no artigo anterior.<br />
Ambas as espécies compartilham certas características<br />
relevantes, desde a sua capacidade de<br />
proliferar em ambientes úmidos além de diversas<br />
fontes de água e pela capacidade de infectar pacientes<br />
imunocomprometidos.<br />
Anteriormente eram classificados como pertencentes<br />
ao gênero Pseudomonas, sendo que a B.<br />
cepacia era conhecida como Pseudomonas cepacia<br />
e a R. pickettii era conhecida como a Pseudomonas<br />
pickettii, sendo depois classificado como<br />
Burkholderia pickettii e agora classificado como<br />
Ralstonia pickettii.<br />
Este artigo analisa brevemente o complexo de<br />
Burkholderia cepacia e o risco que ele representa<br />
para pacientes vulneráveis, antes de discutir os<br />
métodos de teste e a qualificação do método.<br />
Na prática médica, esses microrganismos aparecem<br />
com maior frequência em pacientes com<br />
fibrose cística devido a capacidade destes microrganismos<br />
em formar biofilmes.<br />
O primeiro passo na formação do biofilme é a<br />
adesão das bactérias à uma superfície e ocorre<br />
de forma aleatória. Esta primeira adesão é reversível<br />
e é mantida por interações físico-químicas<br />
não específicas constituindo o alicerce<br />
para o crescimento do biofilme a segunda fase<br />
da adesão consiste na transição do estágio reversível<br />
para o irreversível as bactérias passam<br />
a secretar substâncias que serão responsáveis<br />
pela manutenção da adesão e da camada que<br />
envolve o biofilme. Nesta fase há o início da formação<br />
de microcolônias e do desenvolvimento<br />
da arquitetura do biofilme maduro. Os biofilmes<br />
maduros apresentam estrutura semelhante<br />
a cogumelos, que são envoltos por diversas<br />
substâncias, principalmente açúcares e rodeados<br />
por poros e canais de água que funcionam<br />
como um sistema de troca de nutrientes, oxigênio<br />
e metabólitos que precisam ser secretados<br />
para fora do biofilme A quinta e última fase da<br />
formação do biofilme ocorre quando o ambiente<br />
não é mais favorável à sua manutenção, e<br />
consiste no descolamento do biofilme maduro<br />
em forma de agregados celulares ou células<br />
livres Após desprendidas, as bactérias livres<br />
podem colonizar novos ambientes, reiniciando<br />
a formação de novos biofilmes.<br />
Os biofilmes não estão presentes somente nos<br />
dentes. Qualquer bactéria pode formar biofilme,<br />
inclusive dentro de nosso organismo. Eliminar<br />
colônias de biofilmes em seres humanos é quase<br />
impossível, porém eliminar os mesmos microrganismos<br />
em tubulação de água das indústrias<br />
farmacêuticas, cosméticas é mais factível.<br />
O F.D.A. recentemente alertou sobre a necessidade<br />
de se testar a presença deste microrganismo<br />
no ambiente, na água e nas matérias primas e<br />
produtos acabados devido a uma série de recalls<br />
envolvendo o complexo BCC.<br />
No centro dessa discussão está o novo método<br />
oficializado pela Farmacopeia Americana (USP 43)<br />
A Burokholderia cepacia, tem o potencial de crescer<br />
em conservantes e antissépticos, e crescer em<br />
produtos líquidos orais e tópicos.<br />
O capítulo tem o objetivo de estabelecer se uma<br />
matéria prima ou produto atende com uma especificação<br />
para a ausência do microrganismo,<br />
especialmente aqueles para uso em inalação, uso<br />
oral, mucosa oral, cutânea, ou nasal para os pacientes<br />
de alto risco.<br />
Conforme a proposição deve-se realizar testes de<br />
promoção de crescimento com as seguintes cepas;<br />
Burkholderia cepacia ATCC 25416, Burkholderia<br />
cenocepacia ATCC BAA-245, Burkholderia multivorans<br />
ATCC BAA-247, Staphylococcus aureus ATCC<br />
6538 e a Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027.<br />
As amostras diluídas devem ser inoculadas em<br />
Caldo de Soja Caseína e a seleção e subcultura<br />
devem ser semeadas em Burkholderia cepacia<br />
seletive agar e incubados a 30-35°C durante 18<br />
a 72 horas. A presença da Burkholderia é evidenciada<br />
pelo crescimento de colônias verde a marro<br />
com halo amarelado ou de colônias brancas com<br />
uma zona rosa avermelhada no meio de cultura,<br />
que devem ser confirmados por meios bioquímicos.<br />
A ausência do microrganismo ´confirmada<br />
pelo não crescimento ou os testes confirmatórios<br />
d identificação forem negativos.<br />
Referências Bibliográficas:<br />
Farmacopeia dos Estados Unidos da América, USP 43 (60) MICRO-<br />
BIOLOGICAL EXAMINATION OF NONSTERILE PRODUCTS TESTS FOR<br />
BURKHOLDERIA CEPACIA COMPLEX<br />
24<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Claudio Kiyoshi Hirai<br />
Farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro<br />
do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira.<br />
Telefone: 11 5539 6719 - E-mail: técnica@bcq.com.br
Biossegurança<br />
SEGURANÇA ALIMENTAR: CONTAMINAÇÃO FÚNGICA<br />
NOS ALIMENTOS SEGUNDO O USDA - UNITED STATES<br />
DEPARTMENT OF AGRICULTURE<br />
Por Jorge Luiz Silva Araújo-Filho e Gleiciere Maia Silva<br />
Muitos alimentos são frequentemente contaminados<br />
por fungos que podem causar desde reações leves<br />
até quadros que podem levar o indivíduo ao óbito. As<br />
doenças transmitidas por alimentos (DTAs), que em<br />
alguns países atingem 1 a cada 6 pessoas, causando<br />
milhares de mortes anualmente, podem ser causadas<br />
por agentes químicos, físicos ou biológicos, sendo o último<br />
o maior causador, penetrando no organismo por<br />
meio da ingestão de água ou alimentos contaminados.<br />
Neste contexto, os fungos, que são seres eucariotos,<br />
heterotróficos, essencialmente aeróbios e com<br />
capacidade anaeróbica, podendo ser unicelulares<br />
(leveduras) ou multicelulares (fungos filamentosos),<br />
são agentes que contaminam alimentos e provocam<br />
inúmeras doenças. Os que mais contaminam alimentos<br />
são os fungos filamentosos.<br />
Eles causam deterioração dos alimentos bem como<br />
produção de diferentes tipos de micotoxinas que são<br />
danosas aos seres humanos. Os fungos filamentosos<br />
mais frequentes contaminando alimentos são Aspergillus<br />
spp; Penicillium spp, Absidia spp; alternaria<br />
spp; Cladosporium spp; Micelia sterilia; Mucor spp;<br />
Paecylomyces spp.<br />
A grande importância quando se trata dos fungos<br />
contaminantes de alimentos é entender até que<br />
ponto é seguro consumir produtos acometidos por<br />
eles, e quais os cuidados que deveremos ter para<br />
evitar a sua proliferação. Bolores (mofo) alimentares<br />
são fungos que vivem em matéria vegetal ou animal.<br />
Ao contrário da contaminação bacteriana, a fúngica<br />
muitas vezes podem ser vista ao olho nu. Entretanto,<br />
nem sempre podemos visualizar toda a extensão da<br />
contaminação, por essa razão, o USDA - United States<br />
Department of Agriculture, desenvolveu tabelas com<br />
regras dos alimentos contendo contaminantes fúngicos<br />
que devem ser consumidos ou descartados.<br />
Fungos filamentos (bolores) toleram o sal e o açúcar,<br />
portanto podem contaminar geleias refrigeradas e carnes<br />
salgadas curadas (presunto, bacon, salame e mortadela).<br />
É importante ressaltar que alimentos com alto teor de<br />
umidade são vulneráveis a contaminação microbiana,<br />
sobretudo fúngica, podendo ser contaminados abaixo<br />
da superfície, por isso é recomendado o descarte<br />
de todo o produto. Citamos como exemplos: carnes<br />
cozidas (incluindo aves), bacon, salsichas, cereais e<br />
massas caseiras, pratos prontos, Queijo macio, como<br />
cottage, cream cheese, queijos fatiados, ralados. Essa<br />
regra também é válida para frutas e alimentos macios<br />
incluindo pepino, pêssego, tomates, morangos.<br />
Alimentos considerados porosos também podem ser<br />
contaminados abaixo da superfície, portanto o consumo<br />
representa um perigo, podendo causar desde<br />
infecções gastrointestinais a reações alérgicas variando<br />
do grau de intensidade e da resposta imunológica<br />
de cada indivíduo. Nesse contexto, pães e bolos com<br />
presença de contaminação fúngica visível devem ser<br />
descartadas como um todo.<br />
Existem outros alimentos que possuem baixo teor de<br />
umidade, dessa forma fica mais difícil a penetração<br />
fúngica em virtude da consistência dura. Segundo o<br />
USDA o consumo é recomendado, contudo é necessário<br />
cortar pelo menos 2,55 centímetros em torno<br />
e por baixo do local onde o fungo está presente/aparente<br />
(para evitar a contaminação cruzada, não tocar<br />
o fungo com a faca). Após a remoção do bolor proceder<br />
a higienização do local e cobrir com embalagem<br />
limpa. São exemplos cenoura, pimentão, repolho e<br />
queijos mais firmes, como Gorgonzola.<br />
Para os alimentos processados e sem conservantes,<br />
eles são de alto risco para o consumo em virtude da<br />
maior probabilidade da contaminação fúngica, diante<br />
do exposto não são recomendados para o consumo.<br />
Exemplo: manteiga de amendoim e nozes.<br />
Fungos preferem ambiente quentes e úmidos, embora<br />
eles possam crescer em temperaturas de geladeiras,<br />
por isso também é recomendado uma higienização<br />
constante e periódica da geladeira para evitar a proliferação<br />
fúngica bem como contaminação dos alimentos,<br />
uma dica para fazer essa higienização na geladeira é:<br />
1. Esvazie a sua geladeira e armazene os alimentos<br />
em um local protegido do calor enquanto você faz a<br />
higienização;<br />
2. Para limpar, utilize a parte macia de uma esponja,<br />
de preferência nova, umedecida com solução de água<br />
e detergente e em seguida seque a geladeira;<br />
3. Faça a desinfecção! Para isso você deve friccionar<br />
o espaço com um pano umedecido com álcool à 70º<br />
INPM. (Importante! Algumas peças de acrílico que<br />
podem ficar opacas com o álcool e para evitar o dano<br />
no material uma alternativa é usar um pano umedecido<br />
com vinagre de álcool puro).<br />
4. Dica para desodorizar é colocar um potinho com bicarbonato<br />
do sódio, e deixar no interior do eletrodoméstico.<br />
ATENÇÃO: Não é recomendado usar água sanitária.<br />
Porque a solução é muito agressiva ao revestimento<br />
interno da geladeira!<br />
Uma alimentação adequada e livre de microrganismos<br />
contaminantes contribui para manutenção da<br />
saúde e fortalece o sistema imunológico. Algumas<br />
medidas de segurança alimentar que evitam a proliferação<br />
dos microrganismos são: armazenamento<br />
seguro dos produtos, manter a temperatura e umidade<br />
adequada para o armazenamento de cada tipo de<br />
alimento; higiene durante a manipulação e descarte<br />
adequado do que não pode ser consumido são fundamentais<br />
nesse processo.<br />
Gleiciere Maia Silva<br />
Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
(@profa.gleicieremaia)<br />
Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre<br />
em Biologia de Fungos e Doutoranda em<br />
Medicina Tropical.<br />
Contato: gleicieremaia@gmail.com<br />
(@dr.biossegurança)<br />
Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />
Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />
Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
25
Em Foco<br />
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26<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
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Comprimento de Onda: Escala de comprimento<br />
de onda: 240 nm até 642 nm (equipamento<br />
com largura de banda espectral<br />
até 5 e 10 nm) – Capacidade de medição e<br />
calibração - CMC 0,2 nm;<br />
Escala de comprimento de onda: 430 nm até<br />
890 nm (equipamento com largura de banda<br />
até 5 e 10 nm) - Capacidade de medição e calibração<br />
- CMC - 0,2 nm;<br />
Ensaio Fotométrico: Escala fotométrica VIS em<br />
transmitância: 0,01% até 80% (equipamento<br />
com largura de banda até 5 nm) - Capacidade<br />
de medição e calibração - CMC - 0,05%T;<br />
Escala fotométrica VIS em absorbância: 0,1 A<br />
até 3,2 A (equipamento com largura de banda<br />
espectral até 5nm) - Capacidade de medição e<br />
calibração - CMC - 0,003A;<br />
Escala fotométrica UV em transmitância: 3 %<br />
até 80 % (Equipamento com largura de banda<br />
espectral até 5 nm) - Capacidade de medição<br />
e calibração - CMC - 0,05%T;<br />
Escala fotométrica UV em absorbância: 0,1 A<br />
até 1,5 A (equipamento com largura de banda<br />
espectral até 5 nm) - Capacidade de medição<br />
e calibração - CMC - 0,016 A;<br />
Terras Raras: Escala de comprimento de onda<br />
com filtro de terras raras de 200 nm à 253 nm<br />
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até 5 nm) – Capacidade de medição e calibração<br />
- CMC - 0,2 nm;<br />
Luz Espúria: Determinação de Luz Espúria com<br />
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Em Foco<br />
Em Foco<br />
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DE MEDICAMENTOS ESTÉREIS E INJETÁVEIS NA LUTA CONTRA COVID-19<br />
00<br />
Mercado farmacêutico se movimenta com<br />
tecnologia pujante para produção de vacinas e<br />
medicamentos estéreis.<br />
Utilizando a metodologia de detecção por<br />
fluorescência, que reage com a produção<br />
bioquímica de CO2, o BD BACTEC é o<br />
método alternativo microbiológico com o<br />
maior número de aprovações pela ANVISA na<br />
liberação de produtos farmacêuticos estéreis e<br />
está sendo testado por outros segmentos<br />
industriais, os quais possuem processos<br />
esterilizantes.<br />
O Teste de Esterilidade recomendado pelos<br />
compêndios farmacêuticos, preconiza o<br />
protocolo de 14 dias para incubação e<br />
promoção de crescimento dos microrganismos<br />
investigados. Esse prazo pode ser otimizado<br />
com implementação do Método Rápido<br />
BACTEC, que é capaz de detectar amostras<br />
positivas em até 5 horas e finalizar o protocolo<br />
de liberação em até 5 dias.<br />
Com o propósito de trazer aos seus clientes<br />
inovação tecnológica, segurança e qualidade<br />
nos processos analíticos, especialmente aos<br />
desenvolvedores de produtos estéreis e<br />
biotecnológicos, a LAS do Brasil conta com<br />
especialistas em Microbiologia e Filtração que<br />
são responsáveis pelo assessoramento<br />
técnico-científico, acordos comerciais e pelo<br />
gerenciamento logístico de suprimentos que<br />
garantem êxitos nos protocolos de validação<br />
submetidos aos órgãos reguladores.<br />
Projeto Buy-In<br />
É um Programa de Incentivo ao período de<br />
Validação do BACTEC para os clientes LAS do<br />
Brasil. Para a implementação de uma<br />
metodologia alternativa em laboratórios de<br />
Controle de Qualidade é exigida uma validação<br />
analítica da nova metodologia. As agências<br />
reguladoras, tanto ANVISA quanto MAPA,<br />
adotam a Farmacopeia Brasileira (FB),<br />
Farmacopeia Americana (USP) dentre outras,<br />
como diretrizes para validar os ensaios<br />
analíticos. Nos referidos compêndios<br />
encontramos os ensaios que as empresas<br />
devem adotar para ter as provas científicas de<br />
que a metodologia alternativa adotada, deverá<br />
ser mais segura que a tradicional.<br />
Ao adquirir o equipamento BD BACTEC a LAS<br />
do Brasil também oferece em seu amplo<br />
portifólio insumos necessários para ensaios<br />
analíticos:<br />
• Meios de Cultura DIFCO<br />
• Sistemas de Filtração Pall/<br />
Membranas;<br />
• Sanitizantes/ Detergentes STERIS<br />
(contribuição para as Análises de<br />
Monitoramento Ambiental);<br />
• Insumos Laboratoriais Fisher<br />
Scientific<br />
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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
27
Em Foco<br />
CONHEÇA O TRACE CLEAN, UM SISTEMA AUTOMÁTICO DE<br />
DESCONTAMINAÇÃO POR VAPOR ÁCIDO.<br />
Métodos convencionais de descontaminação de<br />
vidraria envolvem banho de ácido nítrico, muitas<br />
horas de processo de descontaminação, além de<br />
ocuparem um valioso espaço dentro de capelas.<br />
O TraceCLEAN é um sistema de descontaminação<br />
de vidrarias através de vapor ácido. Os contaminantes<br />
de metal são lixiviados dos itens a serem<br />
limpos por meio de um refluxo contínuo de vapor<br />
quente destilado de ácido nítrico, o que proporciona<br />
maior eficiência de limpeza e limites de detecção<br />
mais baixos.<br />
O funcionamento do sistema é bastante simples:<br />
Coloque os itens a serem limpos no traceCLEAN, o<br />
design giratório do suporte simplifica a remoção<br />
e a introdução de todos os itens. Selecione um<br />
programa ou crie um novo e pressione “Iniciar” no<br />
terminal com tela de toque. O sistema de exaustão<br />
dedicado evita exposição a vapores ácidos. Em<br />
pouco mais de uma hora, todos os itens são efetivamente<br />
limpos.<br />
O traceCLEAN inclui vários acessórios, que o torna<br />
adequado para limpar uma ampla variedade de itens.<br />
Você pode limpar com eficácia os vasos e tampas de<br />
digestão, frascos volumétricos, frascos de diferentes<br />
materiais (quartzo, vidro e PTFE-TFM) e acessórios ICP.<br />
Com um compartimento interno de 13L, o TraceCLEAN<br />
permite alta produtividade no processo<br />
de descontaminação, variando de acordo com o<br />
tamanho e tipo dos materiais a serem descontaminados.<br />
A NOVA ANALÍTICA ESTÁ INICIANDO NO BRASIL A<br />
REPRESENTAÇÃO DA OI ANALYTICAL<br />
A Nova Analítica está iniciando no Brasil a representação<br />
da OI <strong>Analytica</strong>l, empresa norte-americana<br />
presente no mercado há mais de cinco décadas<br />
e líder na fabricação de instrumentos analíticos<br />
automatizados para análises de parâmetros críticos<br />
tais como Amônia, Nitrato, Nitrito, Fósforo,<br />
Nitrogênio Kjeldhal, Cianeto, e vários outros em<br />
amostras de água potável, esgotos e efluentes.<br />
Analisador FIA/SFA FS3700<br />
28<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Uma referência no mercado na área de parâmetros<br />
ambientais, o analisador FS 3700 é um instrumento<br />
modular que pode ser configurado para correr<br />
métodos por FIA (Análise por Injeção em Fluxo),<br />
SFA (Análise em Fluxo Segmentado) e iSFA (Injeção<br />
em Fluxo Segmentado), tudo em um mesmo<br />
instrumento. Cartuchos químicos podem ser configurados<br />
e trocados, bem como várias opções de<br />
detectores de acordo com a aplicação analitica.<br />
Além disso, o analisador consome baixíssimos vo-<br />
lumes de amostras e reagentes, reduzindo custos<br />
com insumos, descarte de resíduos e melhorando<br />
a segurança do laboratório.<br />
Todos os métodos são validados pela OI <strong>Analytica</strong>l<br />
e referenciados à normas e padrões internacionais<br />
como EPA, Standard Methods, ISO, ASTM, etc.<br />
Para acesso às aplicações visite nosso site<br />
www.analiticaweb.com.br<br />
(11) 2162 8080<br />
revista@novanalitica.com.br
Trace CLEAN<br />
Sistema automático de descontaminação por vapor ácido<br />
LIMITES DE DETECÇÃO MAIS BAIXOS PARA ANÁLISE<br />
DE METAIS TRAÇO ATRAVÉS DE UMA LIMPEZA EFICIENTE<br />
DESCONTAMINAÇÃO<br />
TRADICIONAL<br />
BANHO DE ÁCIDO NÍTRICO<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
X<br />
Processo Long cleaning de longa time duração<br />
High Alto consumo acid consumption<br />
de ácido<br />
Ocupa espaço valioso na capela<br />
Alto High risco risk de of exposição exposure à vapores to acid ácidos fumes<br />
Limit Produtividade lab productivity limitada<br />
TÉCNICA<br />
traceCLEAN<br />
FLUXO DE TRABALHO MELHORADO<br />
Alta produtividade garantida, pois o ciclo de<br />
limpeza leva cerca de uma hora<br />
EFICIENTE<br />
O vapor de ácido nítrico quente garante<br />
eficiência de limpeza superior<br />
AUTOMATIZADO E CONVENIENTE<br />
Coloque os itens a serem limpos e<br />
pressione “INICIAR”<br />
VASTA APLICABILIDADE<br />
Adequado para todos os recipientes de<br />
digestão, vidraria e acessórios de ICP<br />
SEGURO<br />
Sem exposição do operador a vapores<br />
ácidos por meio de um sistema de exaustão<br />
dedicado<br />
MILESTONE<br />
H E L P I N G<br />
C H E M I S T S
Em Foco<br />
CROMATOGRAFIA<br />
GASOSA<br />
A cromatografia gasosa é uma das técnicas analíticas mais<br />
sensíveis e geralmente utilizadas para a separação e determinação<br />
de vários compostos, tais como os componentes<br />
de misturas de compostos voláteis ou semivoláteis (VOCs).<br />
Tem aplicações na ciência ambiental e forense.<br />
30<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Na cromatografia gasosa (GC), a fase móvel é tipicamente<br />
um gás inerte e os compostos analisados interagem com a<br />
fase estacionária dentro da coluna. As amostras são volatilizadas<br />
e separadas numa coluna. A técnica é especialmente<br />
poderosa quando um espectrómetro de massa é usado<br />
como um detetor, pois os componentes individuais podem<br />
então ser caracterizados e identificados diretamente.<br />
Impacto da água<br />
O uso de água dentro do processo de cromatografia gasosa<br />
é bastante limitado, no entanto, a água será necessária para<br />
a preparação da amostra. Além disso, a água será utilizada<br />
para a preparação de brancos e padrões de amostra, caso a<br />
amostra a ser analisada seja de natureza aquosa.<br />
PRODUTOS ADEQUADOS<br />
Centra R200<br />
O CENTRA revolucionou a forma como grandes volumes de<br />
água pura são produzidos, armazenados e distribuídos. O<br />
CENTRA R-200 é um sistema completo de purificação, armazenamento,<br />
controle e distribuição de água, que fornece<br />
água Tipo I (Ultrapura), Tipo II e Tipo III. Com módulo de<br />
osmose reversa de 200 litros por hora e filtro de 0,2 µm.<br />
• O design compacto oferece opções de instalação mais<br />
flexíveis para novos edifícios e remodelações. O footprint<br />
do CENTRA significa que pode ser colocado mais perto do<br />
laboratório, evitando o custo negativo e as implicações de<br />
um design com longos circuitos de tubulação.<br />
• Fornecimento contínuo e confiável de água pura usando<br />
controles de acesso exclusivos, sistemas de detecção de<br />
vazamentos e alarmes completos com conectividade opcional<br />
do sistema de gestão do edifício (BMS).<br />
• Qualidade da água inorgânica otimizada através da utilização<br />
de tecnologias de purificação em linha. A água recirculada<br />
é tratada com UV, filtrada e (se instalada) pode ser<br />
melhorada através da deionização<br />
• 200 l/h de água purificada disponível até 30 l/min a partir<br />
de um circuito de distribuição. Uma ampla gama de purezas<br />
de água é possível a partir de um permeado OR até 18,2<br />
MΩ-cm de pureza Tipo I<br />
• Baixas contagens microbianas obtidas através de filtração<br />
hidrofóbica, distribuição de água em distribuição da água<br />
em spray ball e superfície interna lisa no reservatório combinada<br />
com oxidação UV e filtração de 0,2 μm no circuito<br />
Purelab Chorus 1<br />
Life Science | <strong>Analytica</strong>l Research | General Science<br />
Quando exige a máxima pureza da água, o PURELAB Chorus 1<br />
oferece a solução perfeita. Oferecendo sistematicamente água<br />
com pureza de 18,2 MΩ.cm (Tipo I+/I) e sustentado pelo sistema<br />
avançado da tecnologia exclusiva PureSure®, o PURELAB<br />
Chorus 1 permite que se concentre em obter resultados precisos,<br />
garantindo um fluxo de trabalho sem interrupções.<br />
• Deionização Exclusiva PureSure - Elimina os íons residuais<br />
que permanecem durante o processo e oferece um alerta<br />
avançado para substituir os cartuchos de purificação.<br />
• Recirculação completa Garante a pureza microbiana e<br />
água pura no ponto de uso.<br />
• Monitorização de TOC em tempo real. Proporciona confiança<br />
total na pureza orgânica.<br />
• Filtração integrada à ultrafiltração ou à microfiltração filtra<br />
as endotoxinas, proteínas, nucleases e partículas residuais.<br />
• Tratamento total com UV<br />
• Colheita de dados via USB para validação de desempenho<br />
do sistema e atualizações de software.<br />
Purelab Chorus 1 Complete<br />
Uma solução completa para o laboratório<br />
O PURELAB Chorus 1 Complete fornece uma solução completa<br />
desde a torneira à água ultrapura diretamente de um<br />
abastecimento de água potável e é ideal para laboratórios<br />
que requerem até 100 litros de água ultrapura de 18,2 MΩ.<br />
cm. Com um design simples, ergonómico e fácil de usar,<br />
a água pode ser distribuída diretamente do sistema ou de<br />
uma variedade de Dispensadores remotos adicionais.<br />
• Recirculação Completa Recirculação da água purificada<br />
através do nosso reservatório modular para manter o pico<br />
consistente de pureza da água a 18,2 MΩ.cm.<br />
• Biofiltro ELGA (opcional) Quando instalado, o PURELAB<br />
Chorus 1 Complete produz água livre de impurezas biologicamente<br />
ativas.<br />
• Solução de Sistema Único perfeito para aplicações analíticas<br />
e de ciências da vida que requerem 18,2 MΩ.cm.<br />
• Acesso fácil e rápido às portas de serviço de entrada dianteira<br />
fornecem praticidade para troca de seus consumíveis consumíveis.<br />
• Design de economia de espaço Projetado para ser modular<br />
e empilhável para economizar espaço, seja montado na<br />
parede ou sob a bancada.<br />
• Colheita de dados Colheita de dados via USB para validação<br />
de desempenho do sistema e atualizações de software.<br />
Purelab Flex 1 e 2<br />
PURELAB Flex 1<br />
Simplicidade e elegância O melhor polidor para o seu sistema<br />
de distribuição<br />
O PURELAB Flex 1 é projetado para distribuir água quando<br />
estiver ligado a um reservatório ou circuito de distribuição.<br />
Este sistema funciona como um distribuidor, bem como um<br />
sistema simples de deionização.<br />
• Configuração personalizada Controle o seu PURELAB Flex ao<br />
personalizar as configurações para atender à sua finalidade.<br />
• Fácil acesso à manutenção de rotina nunca foi tão fácil.<br />
• Colheita de dados. Faça o download de todos os dados<br />
para o USB para validação do desempenho do sistema.<br />
Ideal para: laboratório em geral e aplicações que<br />
requerem água tipo 2<br />
PURELAB Flex 2<br />
Projetado para o laboratório de hoje. Distribuição confiável<br />
de água com pureza Tipo I<br />
O premiado sistema PURELAB flex 2 oferece a pureza de<br />
água perfeita para aplicações de ciências analíticas e da<br />
vida que precisam de água tipo I (18,2 MΩ.cm). Isto permite-lhe<br />
concentrar-se no trabalho de teste de rotina sem<br />
se preocupar com a possibilidade de a qualidade da água<br />
afetar os resultados do teste.<br />
• Pureza da água garantida. Recirculação total através da<br />
lâmpada UV e do cartucho de purificação diretamente para<br />
o ponto de uso, para maior tranquilidade.<br />
• Distribuição flexível intuitiva. Exibição nítida da pureza da<br />
água para confiança total durante a distribuição.<br />
• Monitorização de TOC em tempo real. Proporciona confiança<br />
total na pureza orgânica ao reduzir o nível de traços<br />
orgânicos para finalidades críticas.<br />
• Fácil manutenção. Fácil acesso aos consumíveis através<br />
dos painéis da porta frontal para redução do tempo de manutenção,<br />
com menos interrupção do trabalho<br />
• Colheita de dados. Faça o download de todos os dados<br />
para o USB para validação do desempenho do sistema.<br />
Ideal para: Espectrometria de Massa, Biología molecular,<br />
Electroquímica, Espectroscopia Atómica, Cromatografía<br />
Líquida, Cromatografía Gasosa, Imunoquímica, Espectrofotometria,<br />
Preparação de meio/tampão e Química geral<br />
Para mais informações entre contato conosco: watertech.<br />
marcom.latam@veolia.com ou acesse: www.veoliawatertechnologies.com/latam/pt
Em Foco<br />
PLACAS DE PETRI GREINER BIO-ONE: A PRIMEIRA<br />
DO MUNDO FABRICADA EM PLÁSTICO.<br />
O MUNDO TODO USA PORQUE É A MELHOR OU É A MELHOR PORQUE TODO MUNDO USA?<br />
Americana, abril 2021 - As grandes conquistas da<br />
ciência, como o crescimento de células com circuitos<br />
eletrônicos integrados, a clonagem de órgãos, o<br />
melhor entendimento do comportamento dos vírus<br />
e muitas outras, vieram de pesquisas que foram<br />
iniciadas utilizando a placa de Petri. Embora outros<br />
métodos de estudo de microrganismos em laboratório<br />
estejam surgindo, a necessidade de ter cultivo<br />
primário, seguro e rápido de microrganismos em um<br />
ambiente estéril sempre existirá.<br />
32<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Antigamente, todas as culturas celulares eram<br />
realizadas por meio de tubos de vidro com meio de<br />
cultura inclinado. Foi então que, em 1880, o físico<br />
militar Julius Richard Petri percebeu a vantagem de<br />
culturas em crescimento em placas abertas, ao invés<br />
de tubos, para aumentar a área de estrias e favorecer<br />
a obtenção de colônias isoladas. Para aprimorar<br />
sua ideia, ele colocou uma tampa um pouco maior<br />
na parte superior da placa que continha os meios de<br />
cultura. Assim havia a troca de gases entre o interior<br />
e o exterior da placa, porém, sem o risco de contaminação.<br />
Mais simples e seguro, este método provou ser<br />
também mais confiável que a campânula, resultando<br />
assim, no formato conhecido da placa de Petri.<br />
Petri publicou mais de 150 artigos sobre bacteriologia<br />
e higiene, e sua invenção o eternizou. Devido<br />
à tecnologia da época, as placas de Petri só existiam<br />
na versão de vidro e possuíam algumas limitações<br />
como: necessidade de manutenção de limpeza cada<br />
vez que fossem utilizadas para um novo propósito,<br />
pois poderiam contaminar os estudos posteriores,<br />
cuidados especiais para evitar quebra e rachaduras.<br />
Contribuindo para a ciência dar um passo à frente, a<br />
Greiner Bio-One desenvolveu, produziu e apresentou<br />
ao mercado, em 1963, a primeira placa de Petri de<br />
plástico, tornando-se referência no mercado e uma<br />
das principais fornecedoras da área. De uso indispensável<br />
em laboratórios microbiológicos para o crescimento<br />
de microrganismos como bactérias e fungos,<br />
as placas de Petri são utilizadas e requisitadas pelo<br />
mundo todo, para as mais diversas necessidades.<br />
As Placas de Petri da Greiner Bio-One são produzidas<br />
em poliestireno de alta qualidade, com excelente<br />
transparência ótica para análises microscópicas, bem<br />
como resistência ao calor (podem ser usadas com<br />
ágar quente até 60°C). Além disso, possuem um<br />
pequeno degrau que permite a troca de ar eficiente<br />
e segura, um requisito essencial para o crescimento<br />
aeróbico de bactérias e fungos. Podem ser empilhadas<br />
com facilidade e são compatíveis com os principais<br />
equipamentos automatizados disponíveis no<br />
mercado.<br />
Com a tecnologia e know-how consagrados mundialmente,<br />
a Greiner Bio-One foi a pioneira dessa<br />
inovação e, por isso, todo mundo usa a melhor placa<br />
de Petri! Ou será que todo mundo usa porque é a<br />
melhor? Não precisa perder seu tempo com dúvidas!<br />
Faça logo a escolha certa e utilize a primeira placa de<br />
Petri em plástico do mundo e garanta a qualidade da<br />
sua pesquisa.<br />
Greiner Bio-One Internacional<br />
A Greiner Bio-One é especializada no desenvolvimento,<br />
produção e distribuição de produtos plásticos<br />
de alta qualidade para laboratórios. A empresa<br />
é parceira tecnológica de hospitais, laboratórios,<br />
universidades, institutos de pesquisa e indústrias<br />
diagnósticas, farmacêuticas e de biotecnologia. É<br />
composta por quatro divisões de negócios – Pré-Analítica,<br />
BioScience, Diagnóstica e OEM. Em 2014,<br />
a Greiner Bio-One International GmbH gerou um<br />
volume de negócios de 388 milliões de euros, possui<br />
1.800 funcionários, em 23 subsidiárias e inúmeros<br />
distribuidores parceiros em mais de 100 países. A<br />
Greiner Bio-One faz parte da Greiner Holding, localizada<br />
em Kremsmünster (Áustria).<br />
Greiner Bio-One Divisão BioScience<br />
A divisão BioScience da Greiner Bio-One está entre<br />
os principais fornecedores de produtos especializados<br />
para o cultivo e análise de culturas de células e tecidos.<br />
Baseando-se em décadas de experiência com<br />
armazenamento de amostras criogênicas, a Greiner<br />
Bio-One também oferece soluções para sistemas<br />
de armazenamento automatizado em biobancos.<br />
Além disso, continua a utilizar sua experiência no<br />
desenvolvimento e produção de microplacas para<br />
high-throughput screening, permitindo assim a seleção<br />
da droga de forma rápida e eficiente, tanto para<br />
aplicações industriais quanto para pesquisa científica.<br />
Todo o desenvolvimento, fabricação e operações de<br />
vendas são controladas a partir da sede alemã da<br />
divisão BioScience em Frickenhausen.<br />
Para mais informações:<br />
Departamento de Marketing<br />
T: +55 19 3468 9600<br />
E-Mail: info@br.gbo.com
O MUNDO TODO<br />
USA PARA TESTES<br />
DE MICROBIOLOGIA<br />
PLACAS DE PETRI<br />
PRODUÇÃO BRASILEIRA<br />
COM TECNOLOGIA ALEMÃ<br />
A tecnologia e know-how dos pioneiros da Placa de Petri<br />
fabricada em plástico no mundo, agora também, no Brasil.<br />
www.gbo.com<br />
Greiner Bio-One Brasil / Avenida Affonso Pansan, 1967 / CEP 13473-620 | Americana, SP<br />
Tel +55 (19) 3468-9600 / Fax +55 (19) 3468-3601 / E-mail info@br.gbo.com
Em Foco<br />
ER ANALÍTICA: MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE<br />
EQUIPAMENTOS ANALÍTICOS<br />
A manutenção preventiva do equipamento<br />
garante a confiabilidade do processo e a<br />
melhora de seus resultados. O item 2.8.8 da<br />
página 7 da NBR 5462 define Manutenção<br />
Preventiva como: manutenção efetuada em<br />
intervalos predeterminados, destinada a reduzir<br />
a probabilidade de falha ou degradação do<br />
funcionamento de um item.<br />
Confira as manutenções feitas pela nossa equipe.<br />
Com ela verificamos os componentes que<br />
estão desgastados e assim podemos atuar<br />
preventivamente, para que esse equipamento<br />
não pare repentinamente. No processo de<br />
manutenção preventiva feito pela ER Analítica,<br />
o técnico realizará abertura, verificação,<br />
limpeza e ajuste de todos os componentes<br />
ópticos e eletrônicos. É importante ressaltar<br />
que o custo da manutenção preventiva é muito<br />
menor quando comparado com às intervenções<br />
corretivas, ou seja, verificar periodicamente o<br />
equipamento é extremamente necessário!<br />
Mas atenção! Contrate serviços de especialistas.<br />
Para realizar esse processo é necessário técnicos<br />
treinados e isso você encontra com a ER<br />
Analítica.<br />
Mantenha seus resultados confiáveis! Entre em<br />
contato conosco e solicite seu orçamento.<br />
34<br />
<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />
Saiba mais :<br />
Tel.: (11) 4606-7200<br />
WhatsApp : (11) 97149-5668<br />
www.eranalitica.com.br<br />
vendas@eranalitica.com.br
LAB DE A A Z: LANÇAMENTO CÂMERA BASIC PARA<br />
MICROSCOPIA CMOS<br />
A linha de acessórios para microscopia Kasvi<br />
é complementada com o lançamento da<br />
Câmera Basic CMOS¹. É um equipamento<br />
compacto que funciona como câmera<br />
fotográfica e filmadora em microscópios,<br />
proporcionando precisão para captação<br />
de vídeos e imagens. Além de permitir a<br />
reprodução em computadores e televisores<br />
em alta resolução, para a exibição de<br />
lâminas em sala de aula e/ou auditórios sem<br />
necessidade de instalação de software.<br />
Imagens sem distorções, garantindo brilho,<br />
contraste e cores nítidas. A capacidade de<br />
zoom é excelente e acompanha um software<br />
exclusivo de fácil instalação, intuitivo, que<br />
possibilita captura, edição e ajustes nas<br />
imagens entre outros recursos. A câmera<br />
apresenta zoom digital e interface HDMI,<br />
USB e entrada para cartão Micro SD.<br />
Seu uso é ideal com o Microscópio Basic<br />
Trinocular Olen (K55-TP e K55-TA). O<br />
diferencial deste modelo de microscópio é a<br />
observação em três oculares: uma para cada<br />
olho e a terceira justamente para conectar<br />
à câmera. Com isso, é possível a realização<br />
de diferentes ações, como análise, captação,<br />
edição e compartilhamento de imagens<br />
em alta definição, além da vantagem de<br />
correção de cores para facilitar a visualização<br />
e gravação em tempo real.<br />
Saiba mais sobre esses lançamentos e<br />
nossa linha de microscopia em nosso<br />
site: www.kasvi.com.br<br />
¹ Produto não passível de regulamentação na ANVISA.<br />
Kasvi<br />
0800 726 0508<br />
kasvi@kasvi.com.br
DESDE 2000<br />
Conceito de qualidade em Microbiologia<br />
Novas e modernas instalações<br />
Equipe capacitada e comprometida<br />
Acreditações: REBLAS / CGCRE-INMETRO /ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017<br />
comercial@bcq.com.br - www.bcq.com.br - TEL.: 55 11 5083-5444