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Revista Analytica Edição 112

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LANÇAMENTO


<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - <strong>Edição</strong> <strong>112</strong> - Maio 2021<br />

EDITORIAL<br />

Estimado leitor,<br />

Nesta edição, lançada num mês com duas datas tão especiais, a homenagem é para todos nós trabalhadores, e duplamente para<br />

as mães que tanto trabalham quer seja fora ou dentro dos nossos lares, muitas vezes nos dois.<br />

Aqui nos encontramos com químicos, físicos, professores, gerentes, empresários, vendedores, estudantes, doutores, pesquisadores,<br />

analistas, técnicos e tantos outros... a todos vocês nossos melhores cumprimentos.<br />

A edição <strong>112</strong> vem recheada de artigos e colunas com diversos temas relevantes sobre processos industriais, como o artigo que<br />

avalia a capacidade de adsorção da casca de maracujá amarelo para a remoção de cromo hexavalente, buscando desenvolver uma<br />

nova alternativa para descontaminação de águas com baixo custo, aliando o benefício econômico e ambiental a partir do uso de<br />

resíduo sólido agroindustrial.<br />

Temos também as colunas dos nossos escritores sobre Espectrometria de massas, Metrologia, Microbiologia e tantos outros<br />

assuntos importantes da área.<br />

O número de leitores da nossa multiplataforma de comunicação, vem aumentando a cada dia, e todos os dias pensamos em como<br />

fazer uma edição mais qualificada e especial para todos vocês.<br />

Muitas mensagens de elogios chegam até nós o que nos deixa com ainda mais entusiasmo para fazer o melhor.<br />

Agradecida por esta parceria, desejo a todos uma ótima leitura.<br />

Luciene Almeida<br />

Editora Chefe<br />

Fale com a gente<br />

Comercial | Para Assinaturas | Renovação | Para Anunciar:<br />

Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Tel.: 11 3900-2390 | Dúvidas, críticas e ou sugestões, entre em<br />

contato, teremos prazer em atendê-lo.<br />

Para novidades na área de instrumentação analítica, controle<br />

de qualidade e pesquisa, acessem nossas redes sociais:<br />

/<strong>Revista</strong><strong>Analytica</strong><br />

/revista-analytica<br />

/revistaanalytica<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

EXPEDIENTE<br />

Realização: Newslab Editora<br />

Conselho Editorial: Sylvain Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />

Jornalista Responsável: Luciene Almeida | editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Publicidade e Redação: Daniela Faria | 11 98357-9843 | assinatura@revistaanalytica.com.br<br />

Coordenação de Arte: FC DESIGN - contato@fcdesign.com.br<br />

Impressão: Gráfica Hawaii | Periodicidade: Bimestral


<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - <strong>Edição</strong> <strong>112</strong> - Maio 2021<br />

ÍNDICE<br />

01<br />

05<br />

Editorial<br />

Publique na <strong>Analytica</strong><br />

Artigo 1<br />

06<br />

Cromatografia com Fluidos Supercríticos<br />

SFC e Comparação com GC e HPLC<br />

Autor: Celso Blatt, Ph.D<br />

2<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Artigo 2<br />

12<br />

REMOÇÃO DE CROMO HEXAVALENTE<br />

VIA ADSORÇÃO EM CASCA DE<br />

Passiflora edulis (MARACUJÁ AMARELO)<br />

Autores: Emerson de Souza Pereira, Diógenes Felipe Vicente,<br />

Adriano Estevam Caldeira, Douglas Pinto de Toledo,<br />

Daniele de Lacassa Leite, Paulo Roberto da Silva Ribeiro,<br />

Guilherme Dognani, Marcos Roberto Ruiz<br />

19<br />

20<br />

21<br />

24<br />

25<br />

26<br />

Logística Laboratorial<br />

Tecnologias Químicas<br />

Metrologia<br />

Microbiologia<br />

Biossegurança<br />

Em Foco


<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - <strong>Edição</strong> <strong>112</strong> - Maio 2021<br />

ÍNDICE REMISSIVO DE ANUNCIANTES<br />

ordem alfabética<br />

Anunciante pág. Anunciante pág.<br />

BCQ<br />

4ª CAPA<br />

ER ANALITICA 03<br />

GREINER 33<br />

KASVI<br />

2ª CAPA<br />

LAS DO BRASIL 13<br />

NOVA ANALITICA 29<br />

PRIME CARGO<br />

3ª CAPA<br />

VEOLIA 31<br />

Esta publicação é dirigida a laboratórios analíticos e de controle de qualidade dos setores:<br />

FARMACÊUTICO | ALIMENTÍCIO | QUÍMICO | MINERAÇÃO | AMBIENTAL | COSMÉTICO | PETROQUÍMICO | TINTAS<br />

Os artigos assinados sâo de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente a opinião da Editora.<br />

4<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Conselho Editorial<br />

Carla Utecher, Pesquisadora Científica e chefe da seção de controle Microbiológico do serviço de controle de Qualidade do I.Butantan - Chefia Gonçalvez Mothé, Prof ª Titular da Escola de Química da Escola de<br />

Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Elisabeth de Oliveira, Profª. Titular IQ-USP - Fernando Mauro Lanças, Profª. Titular da Universidade de São Paulo e Fundador do Grupo de Cromatografia (CROMA)<br />

do Instituto de Química de São Carlos - Helena Godoy, FEA / Unicamp - Marcos E berlin, Profª de Química da Unicamp, Vice-Presidente das Sociedade Brasileira de Espectrometria de Massas e Sociedade Internacional<br />

de Especteometria de Massas - Margarete Okazaki, Pesquisadora Cientifica do Centro de Ciências e Qualidade de Alimentos do Ital - Margareth Marques, U.S Pharmacopeia - Maria Aparecida Carvalho de<br />

Medeiros, Profª. Depto. de Saneamento Ambiental-CESET/UNICAMP - Maria Tavares, Profª do Instituto de Química da Universidade de São Paulo - Shirley Abrantes Pesquisadora titular em Saúde Pública do INCQS<br />

da Fundação Oswaldo Cruz - Ubaldinho Dantas, Diretor Presidente de OSCIP Biotema, Ciência e Tecnologia, e Secretário Executivo da Associação Brasileira de Agribusiness.<br />

Colaboraram nesta <strong>Edição</strong>:<br />

Luciana e Sá Alves, Marcos Roberto Ruiz, Oscar Vega Bustillos, Bruna Mascaro e Claudio Kiyoshi Hirai.


<strong>Revista</strong><br />

Ano 19 - <strong>Edição</strong> <strong>112</strong> - Maio 2021<br />

PUBLIQUE NA ANALYTICA<br />

Normas de publicação para artigos e informes assinados<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para publicação de artigos, aos<br />

autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />

Informações aos Autores<br />

Bimestralmente, a revista <strong>Analytica</strong> publica<br />

editoriais, artigos originais, revisões, casos<br />

educacionais, resumos de teses etc. Os editores<br />

levarão em consideração para publicação toda<br />

e qualquer contribuição que possua correlação<br />

com as análises industriais, instrumentação e o<br />

controle de qualidade.<br />

Todas as contribuições serão revisadas e analisadas<br />

pelos revisores.<br />

Os autores deverão informar todo e qualquer<br />

conflito de interesse existente, em particular<br />

aqueles de natureza financeira relativo<br />

a companhias interessadas ou envolvidas em<br />

produtos ou processos que estejam relacionados<br />

com a contribuição e o manuscrito<br />

apresentado.<br />

Acompanhando o artigo deve vir o termo<br />

de compromisso assinado por todos os autores,<br />

atestando a originalidade do artigo, bem<br />

como a participação de todos os envolvidos.<br />

Os manuscritos deverão ser escritos em português,<br />

mas com Abstract detalhado em inglês.<br />

O Resumo e o Abstract deverão conter as<br />

palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />

As fotos e ilustrações devem preferencialmente<br />

ser enviadas na forma original, para<br />

uma perfeita reprodução. Se o autor preferir<br />

mandá-las por e-mail, pedimos que a resolução<br />

do escaneamento seja de 300 dpi’s, com<br />

extensão em TIF ou JPG.<br />

Os manuscritos deverão estar digitados e enviados<br />

por e-mail, ordenados em título, nome<br />

e sobrenomes completos dos autores e nome<br />

da instituição onde o estudo foi realizado.<br />

Além disso, o nome do autor correspondente,<br />

com endereço completo fone/fax e e-mail<br />

também deverão constar. Seguidos por resumo,<br />

palavras-chave, abstract, keywords, texto<br />

(Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />

Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão)<br />

agradecimentos, referências bibliográficas,<br />

tabelas e legendas.<br />

As referências deverão constar no texto com o<br />

sobrenome do devido autor, seguido pelo ano<br />

da publicação, segundo norma ABNT 10520.<br />

As identificações completas de cada referência<br />

citadas no texto devem vir listadas no fim,<br />

com o sobrenome do autor em primeiro lugar<br />

seguido pela sigla do prenome. Ex.: sobrenome,<br />

siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />

artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo,<br />

página inicial e ano.<br />

Evite utilizar abstracts como referências. Referências<br />

de contribuições ainda não publicadas<br />

deverão ser mencionadas como “no prelo”<br />

ou “in press”.<br />

Observação: É importante frisar que a <strong>Analytica</strong> não informa a previsão sobre quando o artigo será publicado. Isso se deve ao fato que, tendo em<br />

vista a revista também possuir um perfil comercial – além do técnico cientifico -, a decisão sobre a publicação dos artigos pesa nesse sentido. Além<br />

disso, por questões estratégicas, a revista é bimestral, o que incorre a possibilidade de menos artigos serem publicados – levando em conta uma<br />

média de três artigos por edição. Por esse motivo, não exigimos artigos inéditos – dando a liberdade para os autores disponibilizarem seu material<br />

em outras publicações.<br />

ENVIE SEU TRABALHO<br />

Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />

A/C: Luciene Almeida – Redação<br />

Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />

Ou por e-mail: editoria@revistaanalytica.com.br<br />

Para outras informações acesse: www.revistaanalytica.com.br/publique/<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

5


CROMATOGRAFIA COM<br />

FLUIDOS SUPERCRÍTICOS<br />

SFC E COMPARAÇÃO COM GC E HPLC<br />

Autor: Celso Blatt, Ph.D.<br />

Agilent Technologies Brasil


CROMATOGRAFIA COM FLUIDOS SUPERCRÍTICOS<br />

SFC E COMPARAÇÃO COM GC E HPLC<br />

O início da cromatografia pelo botânico russo<br />

Tswett em 1903 foi baseado em cromatografia<br />

em fase líquida (LC). A cromatografia em<br />

fase gasosa (GC) teve o seu desenvolvimento<br />

em 1952. Já a cromatografia com fase fluido<br />

supercrítico (SFC) começou a ser usada em<br />

1962.<br />

Tabela 1: Evolução cronológica da cromatografia liquida, gasosa e supercrítica<br />

O objetivo desse artigo é mostrar as diferenças,<br />

as aplicações e as vantagens entre as três<br />

cromatografias LC, GC e SFC.<br />

A tabela 1 mostra a evolução histórica da cromatografia.<br />

Apesar da cromatografia ter seu início com<br />

colunas grandes de vidro onde a fase móvel<br />

era um líquido (LC) a primeira grande evolução<br />

em direção a instrumentação moderna<br />

foi em GC. Isso aconteceu porque a indústria<br />

petroquímica precisava separar e analisar as<br />

frações voláteis como gasolina e diesel. Em<br />

1952 a cromatografia de partição foi descrita e<br />

começou a ser usada em análise de processos<br />

e foram construídos os primeiros GCs comerciais<br />

usando o detector TCD. A instrumentação<br />

de GC é mais simples porque não precisa de<br />

bomba de fase móvel, basta ter um gás de arraste<br />

pressurizado e ajustar o fluxo na coluna.<br />

Além disso, precisa de coluna aquecida num<br />

forno, um detector TCD e um sistema de registro<br />

do cromatograma.<br />

A LC moderna foi descrita em 1969, mas a<br />

instrumentação moderna como conhecemos<br />

hoje, demorou para ser desenvolvida e se tornar<br />

confiável e robusta. Entre os anos de 1980<br />

e 1990 ela se tornou bem conhecida e ganhou<br />

fama e o nome de HPLC, (High Performance<br />

Liquid Chromatography).<br />

Já a SFC foi descrita pela primeira vez por Ernst<br />

Klesper em 1962 e também sofreu os mesmos<br />

problemas iniciais da HPLC, falta de instrumentação<br />

adequada e confiável. Somente a<br />

partir de 1992 começou a produção comercial<br />

do SFC baseado na plataforma de um GC com<br />

colunas capilares ou empacotadas.<br />

Antes de compararmos as três técnicas cromatográficas<br />

GC, HPLC e SFC, precisamos entender<br />

o que elas têm em comum. Apesar de<br />

existirem outros processos de separação como<br />

a adsorção, troca iônica, separação por tamanho,<br />

as três técnicas de separação GC, HPLC e<br />

SFC usam praticamente o mesmo processo de<br />

partição para separar os compostos na coluna.<br />

A partição usa uma fase estacionaria liquida<br />

que é depositada na coluna de separação e<br />

quando a amostra é transportada na coluna<br />

pela fase móvel, esse composto pode ou não<br />

se dissolver nesse líquido da fase estacionaria.<br />

Se esse líquido da fase estacionaria for quimicamente<br />

similar a amostra, ele consegue<br />

solubilizar por alguns instantes e depois ele<br />

volta para a fase móvel.<br />

Esse processo de partição entre a fase<br />

móvel e fase estacionaria ocorre muitas e<br />

muitas vezes na coluna, dissolvendo na fase<br />

estacionaria e voltando para a fase móvel.<br />

Quanto maior a similaridade química do<br />

composto com a fase estacionária, mais ela<br />

interage nesse líquido e mais ela demora<br />

para atravessar coluna.<br />

Os compostos sem afinidade química com esse<br />

líquido da fase estacionária passam reto com a<br />

fase móvel e são os primeiros e sair da coluna.<br />

Assim funciona a separação por partição.<br />

A regra básica na separação por partição é<br />

semelhante dissolve semelhante. Se quer<br />

separar compostos polares use uma fase estacionária<br />

polar.<br />

O que muda nas colunas cromatográficas<br />

usadas em GC, HPLC e SFC é o modo como se<br />

deposita a fase estacionaria na coluna.<br />

A figura 1 mostra uma coluna capilar geralmente<br />

usada em GC, a fase liquida estacionaria<br />

é depositada e presa nas paredes internas<br />

do tubo de sílica fundida.<br />

Figura 1: Coluna capilar de sílica fundida usada em<br />

GC com a camada de poliimida externa, o vidro de<br />

sílica no meio e internamente uma camada de fase<br />

estacionaria presa e ligada ao vidro do tubo.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

7


Artigo 1<br />

As colunas usadas em HPLC são empacotadas<br />

com microesferas de sílica e a fase estacionaria<br />

liquida é impregnada e presa no interior e<br />

na superfície dessas microesferas. Essas partículas<br />

têm muitos poros por onde a fase móvel<br />

arrasta a substância para o interior da partícula<br />

e onde o processo de partição ocorre.<br />

Quanto maior a área superficial dessas partículas,<br />

maior será a partição nessa coluna. A figura 2<br />

ilustra uma coluna empacotada de LC onde dois<br />

compostos A e o B são separados por partição nas<br />

microesferas empacotadas dessa coluna.<br />

Figura 2: Coluna micro empacotada usada em HPLC<br />

Figura 3: Partículas usadas no empacotamento das colunas de HPLC modernas com núcleo totalmente poroso<br />

e núcleo sólido.<br />

Essas micro esferas podem ser observadas na<br />

figura 3 com a partícula totalmente porosa<br />

com 1,8 um de tamanho e a partícula com<br />

núcleo solido e partículas superficiais.<br />

Em SFC as colunas podem ser as capilares de<br />

sílica fundida usadas em GC e as empacotadas<br />

usadas em HPLC, ou seja, não tem colunas especificas<br />

de SFC porque elas se situam entre as<br />

duas cromatografias GC e HPLC.<br />

A fase móvel usada para transportar a molécula<br />

pela coluna é o que define o tipo de cromatografia,<br />

e pode ser GC, HPLC ou SFC.<br />

GC usa sempre um gás como fase móvel e<br />

esse gás geralmente é o hidrogênio, nitrogênio<br />

ou hélio. Nesse caso a fase móvel<br />

não interfere na separação e deve somente<br />

transportar as moléculas que estão em fase<br />

gasosa. As aplicações em GC dependem da<br />

capacidade da molécula sobreviver e não<br />

degradar por temperatura.<br />

HPLC usa sempre um líquido como fase móvel. Para<br />

um composto poder ser analisado por HPLC ele precisa<br />

primeiramente ser solúvel na fase móvel.<br />

8<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Os líquidos ou fases moveis mais usados em<br />

HPLC são água, metanol, acetonitrila, isopropanol<br />

e hexano. Geralmente à esses líquidos<br />

são adicionados uma pequena quantidade<br />

de modificadores que podem mudar o pH ou<br />

a eficiência dessa fase móvel para solubilizar<br />

melhor os analitos de interesse.


Diferente de GC, em HPLC a fase móvel influencia<br />

na eluição e separação cromatográfica.<br />

Então, temos em HPLC duas variáveis para<br />

otimizar a separação que é a fase móvel e a<br />

fase estacionária.<br />

Figura 4: Diagrama de fases entre o gás, o líquido, o sólido e o fluido supercrítico.<br />

Se o solvente da fase móvel conseguir solubilizar<br />

bem o composto analisado, esse composto<br />

vai ficar mais tempo na fase móvel que<br />

na fase estacionaria e eluir rapidamente. Se a<br />

capacidade de solubilizar da fase móvel for<br />

ruim, o composto vai particionar mais e ficar<br />

mais tempo na fase estacionaria e atrasar esse<br />

composto na coluna.<br />

SFC não usa nem um gás nem um líquido<br />

como fase móvel. A fase móvel é uma substância<br />

que está entre a fase líquida e a fase<br />

gasosa, descrito como um fluido supercrítico.<br />

O diagrama de fases da figura 4 mostra como<br />

se comporta o dióxido de carbono (CO2) em<br />

diferentes temperaturas e pressões. O ponto<br />

triplo é onde numa dada temperatura e pressão<br />

as fases gasosa, liquida e sólida coexistem.<br />

Acima desse ponto triplo começa existir uma<br />

linha que separa a fase gasosa e a fase liquida<br />

do CO2. Mas, acima de 31°C e 74 bar essa<br />

linha desaparece e a partir desse ponto crítico<br />

temos o CO2 em estado de fluido supercrítico.<br />

Nesse estado de fluido supercrítico, o CO2 tem<br />

a densidade próxima de um líquido, mas com<br />

viscosidade e coeficiente de difusão próximas<br />

a um gás. Essas três características são o<br />

grande atrativo para a SFC. A alta densidade<br />

permite solubilizar melhor e ajuda a partição<br />

na coluna. A viscosidade e difusão próximas a<br />

um gás permitem análises mais rápidas e menor<br />

alargamento de pico mesmo com colunas<br />

empacotadas.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

9


Artigo 1<br />

O CO2 usado para SFC pode ser fornecido por<br />

cilindros regulares de CO2 líquido com tubo<br />

pescador.<br />

A água é um excelente solvente para cromatografia,<br />

mas seu ponto crítico no diagrama de<br />

fases é de 374°C e a pressão de 227 bar. Essas<br />

condições inviabilizam o uso que água como<br />

fase móvel em SFC.<br />

Figura 5: Curvas de eficiência de separação para HPLC e SFC em função da velocidade da fase móvel.<br />

O CO2 por ter ponto crítico mais baixo é fácil<br />

de ser usado e tem outras vantagens como ser<br />

inerte, não ser tóxico em fase gasosa e um<br />

pouco miscível com água. A desvantagem do<br />

CO2 é que ele é bem apolar e podemos dizer<br />

que equivalente ao heptano em termos de<br />

polaridade.<br />

Para suprir essa falta de solubilidade na fase<br />

móvel para compostos mais polares em SFC<br />

são adicionados os modificadores de fase móvel<br />

e como exemplo mais usado o metanol. As<br />

quantidades de metanol adicionadas na fase<br />

móvel são baixas e em torno de 1 a 10% no<br />

CO2. Elas podem ser pre-misturadas ao CO2<br />

ou adicionado com uma bomba regular de<br />

HPLC como se fosse um gradiente.<br />

É claro que como em HPLC, outros modificadores<br />

e sistemas terciários de gradiente também<br />

são usados em SFC.<br />

A figura 5 mostra que para qualquer geometria<br />

de coluna empacotada, qualquer tamanho<br />

de partícula e k’, o SFC sempre tem a vantagem<br />

de ser mais rápido em relação ao HPLC.<br />

Com relação a instrumentação de SFC o primeiro<br />

SFC comercializado em 1992 foi montado<br />

num GC HP5890 e usava colunas capilares<br />

de sílica fundida. O detector era o tradicional<br />

de GC por ionização de chama (FID).<br />

Para funcionar o SFC é necessário manter a<br />

temperatura e a pressão acima da crítica ao<br />

longo de toda a coluna. Mesmo produzindo<br />

uma pressão no começo da coluna capilar, é<br />

preciso garantir que essa pressão fique igual<br />

até o final da coluna.<br />

Para manter a pressão na coluna é usado no<br />

final da coluna capilar de 250 microns um<br />

restritor capilar que é um tubo com diâmetro<br />

interno entre 10 a 50 microns. Esse restritor<br />

precisa ser aquecido porque o CO2 ao sair<br />

desse capilar se expande e resfria o restritor<br />

e pode chegar a entupir se não for aquecido.<br />

O SFC moderno usa o hardware do HPLC e colunas<br />

empacotadas convencionais de C18 ou<br />

C8 de fase reversa.<br />

O SFC moderno é composto de uma bomba de<br />

CO2 resfriada, uma bomba convencional para<br />

o modificador, compartimento de coluna, injetor<br />

automático e o detector DAD.<br />

10<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

A célula de detecção do DAD precisa suportar<br />

altas pressões, não pode ser uma célula<br />

convencional. Além disso, precisa também<br />

manter essa pressão acima do ponto crítico ao<br />

longo da coluna e detector. Para manter essa<br />

pressão atualmente usa-se uma válvula automática<br />

e aquecida após o detector.


As vantagens de SFC em relação ao HPLC são:<br />

- O SFC é três a cinco vezes mais rápido que o HPLC<br />

- Um terço a um quinto de redução de pressão<br />

no SFC em relação ao HPLC<br />

- O SFC é uma técnica ortogonal ao HPLC de<br />

fase reversa<br />

- O SFC tem menor custo de operação em relação<br />

ao HPLC<br />

- O SFC é uma técnica verde e pode reciclar o CO2.<br />

Não usa acetonitrila e usa menos modificadores.<br />

Em relação as aplicações de SFC, é comum falar<br />

que é a técnica preferida para a separação<br />

de compostos quirais. Além disso existem inúmeras<br />

aplicações de SFC e a ideia é preencher<br />

a lacuna entre o GC e o HPLC.<br />

A recomendação de leitura sobre SFC, para<br />

saber mais sobre aplicações e usos, está no<br />

livro com 186 páginas em PDF chamado de<br />

“Supercritical Fluid Chromatography Primer”<br />

no link: https://www.agilent.com/cs/library/<br />

primers/public/5991-5509EN.pdf<br />

Encontre mais informações sobre LC no livro<br />

com 200 páginas em pdf chamado de “The LC<br />

Handbook”. Esse livro fala sobre as colunas de<br />

LC e desenvolvimento de métodos. Link: https://www.agilent.com/cs/library/primers/<br />

public/LC-Handbook-Complete-2.pdf<br />

Para GC, tem um arquivo em PDF de 60 paginas<br />

sobre os fundamentos básicos de GC no link:<br />

https://www.agilent.com/cs/library/usermanuals/public/G1176-90000_034327.pdf<br />

A conclusão é que onde o GC e o HPLC funcionam<br />

bem, o SFC ainda não tem muito<br />

sentido porque ele é pouco conhecido e não<br />

cobre todas as aplicações. Se tiver dificuldade<br />

com uma molécula em analisar por GC ou por<br />

HPLC, então o SFC é a solução.<br />

Autor: Celso Blatt, Ph.D.<br />

Agilent Technologies Brasil<br />

Complemento Normativo - Artigo 1<br />

Referente ao artigo 1<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />

CROMATOGRAFIA COM FLUIDOS SUPERCRÍTICOS SFC E COMPARAÇÃO COM GC E HPLC.<br />

ABNT NBR 8333<br />

Triéteres glicólicos - Determinação do teor de diéteres por<br />

cromatografia em fase gasosa<br />

Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ABNT<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442826<br />

ABNT NBR 9003<br />

Monoetileno glicol - Determinação do teor de dietileno glicol<br />

por cromatografia em fase gasosa<br />

Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ABNT<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442827<br />

ISO/TS 23973<br />

Liquid chromatography at critical conditions (LCCC) - Chemical<br />

heterogeneity of polyethylene oxides<br />

Norma publicada em: 08/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/77489.html<br />

ISO 13885-3<br />

Gel permeation chromatography (GPC) - Part 3: Water as<br />

eluent<br />

Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Análises químicas.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/77485.html<br />

ISO 13885-1<br />

Gel permeation chromatography (GPC) - Part 1: Tetrahydrofuran<br />

(THF) as eluent<br />

Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Análises químicas.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/73850.html<br />

ABNT NBR 9906<br />

Acetato de etilglicol - Determinação do teor de etilglicol por<br />

cromatografia em fase gasosa<br />

Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ABNT<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=443182<br />

ISO 13885-2<br />

Gel permeation chromatography (GPC) - Part 2: N,N-Dimenthylacetamide<br />

(DMAC) as eluent<br />

Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Análises químicas.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/77482.html<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

11


Artigo 2<br />

REMOÇÃO DE CROMO HEXAVALENTE<br />

VIA ADSORÇÃO EM CASCA DE PASSIFLORA<br />

EDULIS (MARACUJÁ AMARELO)<br />

Autores:<br />

Emerson de Souza Pereira, Diógenes Felipe Vicente 1 ,<br />

Adriano Estevam Caldeira 1 , Douglas Pinto de Toledo 1 ,<br />

Daniele de Lacassa Leite 1 , Paulo Roberto da Silva Ribeiro 1 ,<br />

Guilherme Dognani 2 , Marcos Roberto Ruiz *1,2<br />

1<br />

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) “Santo Paschoal<br />

Crepaldi”. 19060-030, Presidente Prudente, SP, Brasil<br />

2<br />

Faculdade de Ciências e Tecnologia FCT/UNESP, Departamento de Física,<br />

Química e Biologia. 19060-900, Presidente Prudente, SP, Brasil<br />

Imagem Ilustrativa<br />

Resumo<br />

A poluição dos recursos hídricos e seus impactos ambientais são uma preocupação<br />

mundial, milhões de toneladas de resíduos são depositados no solo e<br />

nos rios. Os números indicam que em menos da metade desses resíduos é realizado<br />

algum tipo de tratamento adequado para eliminação. A possibilidade<br />

de remoção de metais pesados por biossorção é vantajosa devido ao processo<br />

de baixo custo, outra vantagem é a eficiência de remoção e a possibilidade<br />

de reutilização da biomassa, para isso neste trabalho foi utilizada casca de<br />

maracujá-amarelo. Passiflora edulis, comumente conhecida como maracujá-<br />

-amarelo, é cultivado em grande escala no Brasil e é de grande importância<br />

econômica sendo amplamente utilizados in natura e em forma processada<br />

como um suco concentrado. As cascas dos frutos de maracujá foram tratadas<br />

para realização dos testes de adsorção de cromo. Os testes com pH 5,5<br />

indicaram uma remoção de cromo em torno de 30%, outros testes também<br />

foram realizados variando a concentração de pectina com ácido cítrico, mas<br />

os resultados foram muito semelhantes aos obtidos com apenas biomassa. Os<br />

melhores resultados foram encontrados com pH em torno de 2, concentração<br />

de 20ppm de dicromato de potássio e 15g/L de biomassa, sem agitação e<br />

repouso durante 24 horas atingindo 66,5% de remoção. Assim, propomos<br />

um novo material de biomassa para a adsorção de cromo baseada em farinha<br />

de casca de maracujá com baixo custo e alta eficiência.<br />

Palavras-Chave: Cromo Hexavalente; Maracujá Amarelo; Pectina.<br />

Abstract<br />

Pollution of water resources and their environmental impacts are a<br />

concern worldwide, millions of tons of waste are deposited in the soil<br />

and rivers. Numbers indicate that less than half of these wastes is performed<br />

some sort of treatment suitable for disposal. The possibility of<br />

removal of hexavalent chromium by ion biosorption is advantageous<br />

due to the low cost process, another advantage is the removal efficiency<br />

and the possibility of reuse of the biomass, hence was used passion<br />

fruit peel. Passiflora edulis, commonly known as yellow passion fruit, is<br />

cultivated on a large scale in Brazil and it is of agronomic importance<br />

because the fruits are widely used as available or in a processed form<br />

as a concentrated juice. The Passion fruit pell was treated which was<br />

used for all the tests related to chromium adsorption. The tests with<br />

pH 5.5 indicated a chrome removal around 30%, other tests were also<br />

carried out varying the pectin concentration with citric acid, but the<br />

results were very similar to those obtained with biomass only. The best<br />

results were found with pH around 2, concentration of 20ppm of potassium<br />

dichromate and 15g/L of biomass, without agitation and rest for<br />

24 hours reaching 66.5% of removal. Thus, we propose a new biomass<br />

for chromium adsorption based in passion fruit peel flour with low cost<br />

and high efficiency.<br />

Keywords: Hexavalent Chromium; Passion Fruit; Pectin.<br />

12<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021


Qualidade e confiança.<br />

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<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

13


Artigo 2<br />

Introdução:<br />

A poluição por metais é um dos maiores<br />

problemas ambientais dos dias atuais,<br />

a maioria destes metais são os conhecidos<br />

metais pesados, como Cádmio (Cd), Mercúrio<br />

(Hg) e Cromo (Cr) os quais apresentam um<br />

alto potencial de risco para a saúde humana<br />

e animal, a exposição prolongada à pequena<br />

quantidade destes metais podem provocar<br />

problemas como o câncer, problemas renais,<br />

no sistema reprodutivos e no sistema nervoso<br />

[1,2]. Os metais pesados constituem um grupo<br />

de aproximadamente 40 elementos, são<br />

considerados metais pesados quando em sua<br />

forma elementar tem uma densidade similar<br />

ou maior que 5 g/cm3 [3]. Cromo é um dos<br />

mais importantes metais pesados que existem,<br />

isso se deve a diversas aplicações de seus<br />

compostos na indústria moderna resultando<br />

na descarga de grandes quantidades de resíduos<br />

deste elemento no meio ambiente. As<br />

principais fontes de contaminação com íons<br />

de cromo são efluentes da indústria de galvanização<br />

e curtumes [4,5].<br />

O uso de sobras de alimentos como biomassa<br />

para a remoção de metais foi desenvolvido<br />

por vários pesquisadores, como o uso de<br />

cascas de arroz [6]; cascas de banana e maçãs<br />

[7]; biomassa de turfa [8]; resíduo de serragem<br />

[9]; cascas de coco e fibras prensadas<br />

[10] e até mesmo casca de maracujá para<br />

remoção de níquel e chumbo [11]. Neste sentido,<br />

foi usada a casca de maracujá amarelo<br />

para remoção de cromo hexavalente.<br />

do ácido galacturônico (produto da oxidação<br />

Passiflora edulis, comumente conhecido de polissacarídeos) com os metais catiônicos<br />

[17]. Considerando isso, busca-se então<br />

como maracujazeiro amarelo, é cultivado em<br />

grande escala no Brasil sendo o maior produtor<br />

e exportador dessa fruta, isso faz com maracujá amarelo para a remoção de cromo<br />

avaliar a capacidade de adsorção da casca de<br />

que ele tenha uma grande importância econômica<br />

e agronômica, sendo usada de forma alternativa para descontaminação de águas<br />

hexavalente, buscando desenvolver uma nova<br />

in natura ou industrializada como suco concentrado<br />

gerando como resíduo cascas e semico<br />

e ambiental a partir do uso de resíduo<br />

com baixo custo, aliando o benefício econômentes<br />

[12,13]. A casca do maracujá amarelo sólido agroindustrial.<br />

é basicamente composta por carboidratos,<br />

proteínas, niacina (vitamina B3), ferro, cálcio, Objetivo<br />

fósforo e rico em pectina [14,15], na Tabela Analisar a eficácia da casca do maracujá<br />

1é possível observar os resultados da composição<br />

centesimal da casca de maracujá obtisorvente<br />

de íons metálicos de cromo presen-<br />

amarelo (Passiflora edulis) como material addos<br />

em três diferentes trabalhos. A pectina é tes em meio aquoso, bem como estimar sua<br />

um complexo de polissacarídeos, derivado da relação com o pH da solução.<br />

parte interna da casca do maracujá. Essa pectina<br />

tem a capacidade de se ligar com metais Metodologia<br />

pesados como Pb, Cu, Co, Ni, Zn, Cd bem como O maracujá foi adquirido por meio de doações<br />

de agricultores e produtores de suco<br />

com alguns outros metais (Ba, Zn, Sr, Mn, Mg)<br />

[16]. Isso pode ser explicado pela formação de de Presidente Prudente-SP. As cascas foram<br />

pectatos, que são compostos formados devido preparadas de acordo com a Figura 1, onde<br />

a ligação dos íons capturados com a estrutura foram lavadas com água destilada para remover<br />

materiais estranhos, as cascas foram então<br />

da pectina pelos grupos hidroxila da matriz<br />

de polissacarídeo e/ou grupos carboxílicos cortadas manualmente em pequenos pedaços<br />

Tabela 1 - Constituição da casca de maracujá.<br />

14<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021


Figura 1 - Preparação da farinha de casca de maracujá amarelo.<br />

e depois secas a 70°C em estufa de circulação<br />

de ar por 24 horas. Após as cascas secas, foram<br />

trituradas utilizando um moinho de facas<br />

Marconi modelo MA 340, e peneiradas com a<br />

utilização de uma mesa vibratória de peneiras<br />

para uma granulometria de 48 mesh para que<br />

se obtivesse uma fina farinha da casca do maracujá,<br />

a qual foi usada para a realização das<br />

análises de adsorção. Além da farinha de maracujá<br />

formam também realizados testes com<br />

a cinza da casca, para isso os pedaços da casca<br />

foram calcinados em mufla a 550°C por 2h.<br />

Como fonte de cromo foi utilizado uma<br />

solução estoque de Dicromato de potássio<br />

(K2Cr2O7, Cinética Ind.) na concentração de<br />

1000mg/L, dissolvendo 2,830 g de sal (previamente<br />

seco a 105 °C por 1h) em 500 ml<br />

de água destilada. A solução estoque foi então<br />

diluída para uma solução de trabalho na concentração<br />

de 20 mg/L. Para os testes de adsorção<br />

foram adicionadas 15 g da farinha da<br />

casca de maracujá na solução, esta foi mantida<br />

em repouso por 24h e subsequentemente<br />

foi filtrado. Na amostra filtrada adicionou-se<br />

10% de Ácido clorídrico concentrado (HCl<br />

37%, Synth®) em chapa de aquecimento na<br />

temperatura de 150 ºC para a digestão da farinha,<br />

após a digestão a amostra foi novamente<br />

filtrada e avolumada para 100 mL.<br />

A determinação da concentração de cromo foi<br />

realizada por espectrofotometria absorção atômica<br />

modalidade chama comprimento de onda<br />

425 nm, LCO multielementar com fenda de 0,2<br />

mm, utilizando um Espectrofotômetro de Absorção<br />

Atômica. Foram também realizadas análises<br />

por meio de um Espectrômetro de Emissão<br />

Óptica com Plasma Acoplado Indutivamente<br />

(ICP-OES) com visão radial (Vista PRO-CCD, Varian),<br />

com potência aplicada de 1,3 kW e vazão<br />

de nebulização de 0,6 L.min-1.<br />

Resultados<br />

A remoção do cromo nas soluções estudadas<br />

por meio de análise de espectrofotometria é<br />

Figura2 - Remoção de cromo utilizando a<br />

farinha da casca em função do tempo.<br />

mostrada na Figura 2. Observasse o valor máximo<br />

de remoção na segunda semana com 36<br />

% de remoção, este ensaio foi realizado mantendo<br />

o pH em 5,5.<br />

Após os testes iniciais utilizando 5 gramas<br />

da biomassa da casca de maracujá forma<br />

realizadas análises com 15 gramas do<br />

material para as duas primeiras semanas,<br />

este ensaio foi conduzido em pH próximo<br />

a 2. Na Figura 3 é possível verificar o aumento<br />

significativo de remoção do metal<br />

na solução estudada, o valor mais alto de<br />

remoção foi alcançado com a concentração<br />

de cromo em 20 ppm.<br />

Figura3 - Remoção de cromo por 14 dias<br />

com 5g e 15g do material absorvente.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

15


Artigo 2<br />

Conclusão<br />

A biomassa das cascas do maracujá apresentou uma ótima eficiência de remoção de cromo, em<br />

concentrações e condições do metal e do material absorvente, desta forma, apresenta um potencial para ser<br />

explorado em futuras pesquisas com outros metais contaminantes.<br />

Referências<br />

[1] ESPINOZA, J.J.A.; GUAJARDO, A.E.C.; LLAMAS, J.C.M.; ANDRADE,<br />

C.A.S.; MELO, C.P. Hierarchical Composite Polyaniline-(Electrospun Polystyrene)<br />

Fibers Applied to Heavy Metal Remediation. ACS Applied Materials<br />

and Interfaces 7(2015) 7231-7240.<br />

[2] PALMER, C. D., PULS, R. W., Natural Attenuation of Hexavalent Chromium<br />

in Groundwater and Soils, EPA Ground Water Issue 10 (1994) 1-12.<br />

[3] CAZIÑARES-VILLANUEVA, R. O. Biosorción de metales pesados mediante<br />

el uso de biomasa microbiana. <strong>Revista</strong> Latinoamericana de Microbiología,<br />

v. 42, n. 3, (2000) 131-143.<br />

[4] SUMATHI, I.K.M.S.; MAHIMAIRAJA, S.; NAIDU, R. Use of Low-cost<br />

Biological Wastes and Vermiculite for Removal of Chromium from Tannery<br />

Effluent. Bioresource Technology 96 (2005) 309-316.<br />

[5] MÄDLER, S.; SUN, F.; TAT, C.; SUDAKOVA, N.; DROUIN, P.; TOOLEY,<br />

R.J.; REINER, E.J.; SWITZER, T.A.; DYER, R.; KINGSTON, H.M.S.; PAMUKU, M.;<br />

FURDUI, V.I. Trace-Level Analysis of Hexavalent Chromium in Lake Sediment<br />

Samples: Using Ion Chromatography Tandem Mass Spectrometry. Journal of<br />

Environmental Protection, 7, (2016) 422-434.<br />

[6] FONSECA, H. C.; FONSECA, S. C.; PEREIRA, C. A. F. Uso da cinza da casca<br />

de arroz na adsorção de cromo hexavalente. Caderno de Ciências Agrárias, v.<br />

8, n. 1, (2016) 16-21.<br />

[7] FRANCO, C. C.; CASTRO, M. M.; WALTER, M. E. Estudo das cascas de<br />

banana das variedades prata, caturra e maçã na biossorção de metais pesados<br />

gerados pelos efluentes dos laboratórios do Centro Universitário de Belo<br />

Horizonte. <strong>Revista</strong> e-Xacta, v. 8, n. 1, (2015) 99- 115.<br />

[8] ZHIPEI, Z., JUNLU, Y., ZENGUNI, W., PIYA, W., A Preliminary Study of<br />

Pb II, Cd II, Zn II, Ni II and Cr VI from Wastewaters with Several Chinese Peats,<br />

Proceedings of Seventh International Peat Congress, (1984).<br />

[9] SRIVASTAVA, H. C. P., MATHUR, R. P., MEHROTRA, i., Removal of Chromium<br />

from Industrial Wastewaters by Adsorption on Sawdust, Environmental<br />

Technology Letters 7 (1986) 55-63.<br />

[10] TAN, W. T., OOI, S. T., LEE, C. K., Removal of Cr VI from Solution by<br />

Coconut Husk and Plam Pressed Fibres, Environmental Technology 14 (1993)<br />

277-282.<br />

[11] RAMOS, B.P.; BOINA, R.F. Potencial do maracujá na retenção de íons<br />

metálicos: níquel e chumbo. Fórum Ambiental da Alta Paulista, v. 12, n.3,<br />

(2016) 124-134.<br />

[12] PAVAN, F.; MAZZOCATO, A.C.; GUSHIKEN, Y. Removal of methylene<br />

blue dye from aqueous solutions by adsorption using yellow passion fruit<br />

peel as adsorbent. Bioresource Technology 99 (2008) 3162–3165.<br />

[13] SILVA, W.G.; CARVALHO, D.C.; JUNIO, W.M.O. remoção de chumbo<br />

em soluções aquosas por biossorção utilizando cascas de maracujá quimicamente<br />

modificados. XIV ENEEAmb, II Fórum Latino e I SBEA, (2016) 52-59.<br />

[14] OLIVEIRA, L.F.; NASCIMENTO, M.R.F.; BORGES, S.V.; RIBEIRO, P.C.N.;<br />

RUBACK, V.R. aproveitamento alternativo da casca do maracujá-amarelo<br />

(Passiflora edulis f. Flavicarpa) para produção de doce em calda. Ciênc. Tecnol.<br />

Aliment., v.3, n. 22 (2002) 259-262.<br />

[15] CÓRDOVA, K.R.V.; GAMA, T.M.M.T.B.; WINTER, C.M.G.; KASKANTZIS<br />

NETO, G.; FREITAS, R.J.S.; Características físico-químicas da casca do maracujá<br />

amarelo (Passiflora edulis Flavicarpa Degener) obtida por secagem.<br />

B.Ceppa, v.23, n.2 (2005) 221-230.<br />

[16] Sharma, S.; Rana, S.; Thakkar, A.; Baldi, A.; Murthy, R.S.R.; Sharma,<br />

R.K. Physical, Chemical and Phytoremediation Technique for Removal of<br />

Heavy Metals. Journal of Heavy Metal Toxicity and Diseases. v.1, n.2 (2016).<br />

[17] KARTEL, M.T.; KUPCHIK, L.A.; VEISOV, B.K. Evaluation of pectin<br />

binding of heavy metal ions in aqueous solutions. Chemosphere 38 (1999)<br />

2591-2596.<br />

[18] MARTINS, C.B.; GUIMARÃES, A.C.L.; PONTES, M.A.N. Estudo tecnológico<br />

e caracterização física, físico-química do maracujá (Passiflora<br />

edulis F. Flavicarpa) e seus subprodutos. Fortaleza: Centro de Ciências<br />

Agrárias, n.4, 1985. 23 p.<br />

[19] OLIVEIRA, L.F. et al. Aproveitamento alternativo da casca do maracujá-amarelo<br />

(Passiflora edulis f. Flavicarpa) para produção de doce em<br />

calda. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.22, n.3, p.259-262, 2002.<br />

Complemento Normativo - Artigo 2<br />

Referente ao artigo 2<br />

Disponibilizado por <strong>Analytica</strong> em parceria com Arena Técnica<br />

Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com GC e HPLC<br />

16<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

ABNT NBR 8333<br />

Triéteres glicólicos — Determinação do teor de diéteres por<br />

cromatografia em fase gasosa<br />

Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ABNT<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442826<br />

ABNT NBR 9003<br />

Monoetileno glicol — Determinação do teor de dietileno glicol<br />

por cromatografia em fase gasosa<br />

Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ABNT<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442827<br />

ABNT NBR 9906<br />

Acetato de etilglicol — Determinação do teor de etilglicol por<br />

cromatografia em fase gasosa<br />

Norma publicada em: 04/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ABNT<br />

País de procedência/Região: Brasil.<br />

https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=443182<br />

ISO/TS 23973<br />

Liquid chromatography at critical conditions (LCCC) — Chemical<br />

heterogeneity of polyethylene oxides<br />

Norma publicada em: 08/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Métodos físico-químicos de análise.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/77489.html<br />

ISO 13885-3<br />

Gel permeation chromatography (GPC) - Part 3: Water<br />

as eluent<br />

Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Análises químicas.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/77485.html<br />

ISO 13885-2<br />

Gel permeation chromatography (GPC) — Part 2: N,N-Dimenthylacetamide<br />

(DMAC) as eluent<br />

Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Análises químicas.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

Artigo: Cromatografia com Fluidos Supercríticos SFC e Comparação com<br />

GC e HPLC.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/77482.html<br />

ISO 13885-1<br />

Gel permeation chromatography (GPC) — Part 1: Tetrahydrofuran<br />

(THF) as eluent<br />

Norma publicada em: 07/2020. / Status: Vigente.<br />

Classificação 1: Análises químicas.<br />

Classificação 2: Norma recomendada.<br />

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GC e HPLC.<br />

Entidade: ISO.<br />

País de procedência/Região: Suiça.<br />

https://www.iso.org/standard/73850.html


Espectrometria de Massa<br />

A RESOLUÇÃO DE MASSAS NA ESPECTROMETRIA DE MASSAS<br />

Por Oscar Vega Bustillos*<br />

O estado da arte na instrumentação analítica<br />

é observado na espectrometria de massas<br />

de alta resolução, a qual é capaz de separar<br />

fragmentos de massas na quarta ou quinta<br />

casa decimal denominados “massa exata”. Os<br />

instrumentos anteriores estavam limitados a<br />

unidades de “massa inteira”, onde a resolução<br />

de um espectrômetro de massas é definida<br />

como a razão entre uma determinada massa e a<br />

diferença entre massas subseqüentes, isto é, M/<br />

(M2 – M1), matematicamente descrito como<br />

M/ΔM, medida estatística do pico de massa<br />

da gaussiana: Largura total na metade do máximo<br />

(Full Width at Half Maximum - FWHM).<br />

A Figura 1a apresenta o espectro de massas de<br />

uma mistura de analitos, analisada com um<br />

instrumento com resolução 1.000. Observa-se<br />

que somente um pico é observado. A Figura<br />

1b apresenta a mesma amostra, mas com um<br />

instrumento com resolução 5.000. Maior número<br />

de analitos são detectados no intervalo<br />

de massas de m/z 1,060 a 1,066. Por exemplo,<br />

nas medições de massa nominal inteira, não<br />

seria possível distinguir entre os íons protonados<br />

da Lisina ou da Glutamina com razão<br />

m/z 147,<strong>112</strong>8 e 147,0764, respectivamente.<br />

No entanto, um espectrômetro de massa com<br />

um poder de resolução de mais 10.000 seria<br />

facilmente capazes de distinguir esses dois<br />

íons. Obviamente, quanto maior a resolução<br />

do espectrômetro de massas, mais íons espaçados<br />

podem ser facilmente analisados. A alta<br />

resolução pode ser traduzida como medições de<br />

massas mais exatas.<br />

Atualmente, várias opções de analisadores de<br />

massas com alta resolução estão disponíveis no<br />

mercado. Analisadores de tempo de voo (Time<br />

of Flight - TOF) permite atingir facilmente uma<br />

resolução de 20.000 e até maiores, chegando<br />

a 60.000 para certas máquinas TOF com defletores<br />

iônicos. Ainda com maior resolução,<br />

o “Orbitrap” e o espectrômetro de massas por<br />

ressonância de cíclotron iónica por transformada<br />

de Fourier (Fourier Transform Ion Cyclotron<br />

Mass Spectrometry - FTICR) pode alcançar<br />

resoluções de 100.000 e até muito mais altas<br />

para certas configurações, mas à um custo de<br />

velocidade de varredura. O espectrômetro de<br />

massas “Orbitrap” foi melhorado desde o seu<br />

início, em termos de velocidade de varredura<br />

e sensibilidade, até se tornar um instrumento<br />

mais rotineiro, principalmente no caso da versão<br />

de bancada.<br />

O desafio de construir novos espectrômetros<br />

de massas com alta resolução teve início<br />

em meados do século XX. Certamente graças<br />

a ciência de novos materiais e novos sistemas<br />

de focalização, resolução de até 10.000 foram<br />

atingidas. Em 1955, W.C. Wiley e I.H. McLaren<br />

desenvolveram o espectrômetro de massas TOF,<br />

mas só em 1973, B.A. Mamyrin inventou o refletor<br />

de íons, tornando o TOF um analisador de<br />

alta resolução.<br />

Historicamente, vários métodos foram desenvolvidos<br />

no espectrômetro de massas para<br />

melhorar a resolução de massas. Por exemplo,<br />

métodos para melhorar a focalização dos íons<br />

dentro do espectrômetro de massas, assim<br />

como também métodos para produzir uma<br />

maior dispersão das massas iônicas e a injeção<br />

de íons positivos a partir da fonte de íons no<br />

interior de campos eletro-magnéticos homogêneos<br />

e transversais à trajetória dos íons. Em<br />

1938, J.A. Hipple e W. Bleakney utilizaram pela<br />

primeira vez este princípio na construção de um<br />

espectrômetro de massas com base na curva cicloide<br />

como caminho iônico, embora já se soubesse<br />

que o movimento de um íon num plano<br />

perpendicular ao do campo magnético deveria<br />

seguir um caminho de “trocoide”. Se um campo<br />

magnético homogêneo é utilizado para defletir<br />

os íons através dos 360o, o detector de<br />

íons deveria estar na mesma localização que a<br />

fonte de íons. Adicionando um campo elétrico<br />

homogêneo à 90o do campo magnético será<br />

fornecido aos íons um movimento transversal<br />

linear como também um movimento circular<br />

graças ao campo magnético. O resultado é um<br />

caminho de “trocoide” dos íons, desta forma<br />

possibilita separar a fonte de íons e o detector<br />

de íons (Figura 2).<br />

No ano de 1959, H.W. Voorhies e colaboradores<br />

utilizaram um espectrômetro de massas trocoide,<br />

aplicaram 3.200 Volts entre as placas do<br />

sistema obtendo um campo elétrico da ordem<br />

de 150 Volts/cm, além de aplicar simultaneamente<br />

um campo magnético de 10.000 Gauss,<br />

obtendo uma ótima resolução de 2.500. Por<br />

meio deste espectrômetro de massas, Voorhies<br />

e colaboradores conseguiram separar e analisar<br />

o famoso doblete iônico, N2+ e CO+, isto é, Nitrogênio<br />

molecular com massa 28,0056 e Monóxido<br />

de Carbono com massa 27,9949 que são<br />

detectados como isômeros com massas m/z 28<br />

para um espectrômetro com resolução de uma<br />

unidade de massa atômica (u.m.a.). Utilizando<br />

o espectrômetro trocoide com resolução de M/<br />

ΔM = 2.500, eles conseguiram separar e analisar<br />

o famoso doblete Nitrogênio / Monóxido de<br />

carbono, graças à utilização da curva cicloide,<br />

demonstrando a importância da geometria no<br />

caminho iônico na espectrometria de massas.<br />

Os espectros de massas da análise do referido<br />

doblete estão apresentados na Figura 3.<br />

No espectrômetro trocoide onde é considerada<br />

a curva cicloide prolata é observado para<br />

uma separação D = 2πa, na direção x sob influencia<br />

dos campos magnético e elétrico dado<br />

pela seguinte equação,<br />

e o raio do círculo será<br />

A distância b da trajetória dos íons será<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

17


Espectrometria de Massa<br />

onde, E é a intensidade do campo elétrico,<br />

H é a intensidade do campo magnético, v0 é<br />

a velocidade inicial que o íon entra no campo<br />

transversal elétrico magnético (esta velocidade<br />

é determinada pela massa do íon<br />

e pelo potencial V de aceleração de injeção<br />

dentro do campo). A diferença (900 – Φ)<br />

é o ângulo entre o campo elétrico e o feixe<br />

de íons positivos ingressantes, segundo a<br />

ilustração da Figura 4. O ângulo de ingresso<br />

dos íons a partir da fonte de íons para<br />

dentro do campo elétrico é de aproximadamente<br />

900. O ângulo Φ é ilustrado na curva<br />

da cicloide prolata, isto é b > a, onde b =<br />

2a (Figura 4) na qual descreve o percurso<br />

dos íons dentro de um espectrômetro de<br />

massas trocoide. O espectrômetro de massas<br />

trocoide pode operar tanto para íons<br />

positivos como negativos, mas este tipo de<br />

espectrômetro requer um campo elétrico<br />

e magnético uniforme que demanda uma<br />

área considerável dentro de um laboratório,<br />

sendo esta uma desvantagem.<br />

Certamente, os futuros espectrometristas<br />

de massas terão à sua disposição, mais<br />

instrumentos com alta resolução. Obtendo<br />

massas exatas nos seus espectros para<br />

elucidar as pesquisas em desenvolvimento.<br />

Esta conquista da alta resolução foi<br />

obtida graças aos criativos pesquisadores<br />

da espectrometria de massas, tal como<br />

J.J. Thomson obteve a massa do elétron e<br />

massas isotópicas dos elementos da tabela<br />

periódica por meio da leitura das parábolas<br />

desenhadas em placas fotográficas.<br />

Figura 1: Espectros de massas de uma mesma mistura de analitos; a) Obtido com um analisador com Resolução 1.000<br />

e b) obtido com outro analisador com Resolução 5.000.<br />

Figura 2: Trajetória dos íons num espectrômetro de massas “Trocoide”, onde E e B representam o<br />

campo elétrico e magnético respectivamente.<br />

Fonte: http://vegascience.blogspot.com<br />

Figura 3: Espectros de massas da análise da mistura gasosa CO e N2. O espectro “A” apresenta análise realizada com espectrômetro<br />

de massas com resolução de massa inteira. Os íons; CO+ (m/z 28) e N2+ (m/z 28) não podem ser separados. O pico<br />

28 é conhecido como o doblete CO/N2. O espectro “B” apresenta análise realizada com espectrômetro de massas Trocoide de<br />

alta resolução onde os íons CO+ (m/z 27,99) e N2+ (m/z 28,00) foram separados.<br />

Figura 4: Curva cicloide prolata (b > a), onde b = 2a. Ângulo Φ de ingresso dos íons dentro do campo elétrico do<br />

espectrômetro de massas “Trocoide”.<br />

18<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Oscar Vega Bustillos<br />

Pesquisador do Centro de Química e Meio Ambiente CQMA do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares IPEN/CNEN-SP<br />

Tel.: 55 11 2810 5656 - E-mail: ovega@ipen.br - Site: www.vegascience.blogspot.com.br


Logística Laboratorial<br />

CERTIFICADO DE BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO<br />

E DISTRIBUIÇÃO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE<br />

PRIME STORAGE RECEBE CERTIFICADO<br />

DE BOAS PRÁTICAS DA ANVISA<br />

(11) 4280-9110<br />

www.primestorage.com.br<br />

A Prime Storage, é uma empresa de armaze-<br />

Recentemente a Prime Storage obteve<br />

É fundamental cumprir as boas práticas da AN-<br />

namento de carga, fundada em 06 de janeiro<br />

de 2011, especializada em armazenar produtos<br />

para a área da saúde, contamos hoje com<br />

estrutura adequada e disponível para a pronta<br />

junto a ANVISA a certificação de Boas práticas<br />

de Armazenagem e Distribuição de<br />

produtos para a saúde.<br />

VISA não somente por estar cumprindo com a<br />

legislação vigente más também para garantir a<br />

qualidade dos produtos para consumo.<br />

utilização, uma equipe de profissionais capacitados,<br />

que nos permite o pronto atendimento<br />

das necessidades de nossos clientes, se compromete<br />

a garantir as boas práticas da ANVISA<br />

em todos os processos de armazenagem e<br />

distribuição.<br />

A CBPDA – Certificado de Boas Práticas de<br />

Armazenamento e Distribuição é um conjunto<br />

de procedimentos obrigatórios criados<br />

para garantir padrões de qualidade,<br />

integridade e segurança dos produtos nos<br />

processos de armazenagem, transporte e<br />

O grande desafio das Boas Práticas é a<br />

manutenção e controle de seus requisitos<br />

devido aos inúmeros processos envolvidos<br />

no armazenamento ou na distribuição dos<br />

produtos, contando com diversas variáveis<br />

envolvidas nos procedimentos.<br />

A Prime Storage, procura melhorar continuamente<br />

o serviço prestado de armazenagem<br />

de produtos para saúde, tal como os seus<br />

processos e métodos de controle com o<br />

objetivo de corresponder e antecipar-se às<br />

exigências de qualidade dos seus clientes, os<br />

requisitos estatutários e regulamentares.<br />

comercialização.<br />

O conceito de boas práticas tem como pilar<br />

o treinamento e capacitação das equipes,<br />

rastreabilidade de produtos e processos,<br />

medição e monitoramento, além de<br />

auditorias e autoinspeções.<br />

Implementar corretamente as Boas<br />

Práticas de Armazenagem e manter o<br />

nível de qualidade dos serviços é um<br />

desafio diário.<br />

Tâmisa Barbosa de Lima<br />

Farmacêutica/Coordenadora de Qualidade<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

19


Tecnologias Químicas<br />

VIABILIDADE DA TÉCNICA ESPECTROFOTOMETRIA UV-VIS<br />

Por Prof. Dr. Marcos Roberto Ruiz<br />

A espectrofotometria UV-VIS utilizada<br />

em amostras que absorvem luz com comprimento<br />

de onda na faixa aproximada de<br />

190 a 760 nm, é uma técnica muito empregada<br />

nas pesquisas, principalmente pela<br />

facilidade de utilização do equipamento, e<br />

a grande presença de modelos de espectrofotômetros<br />

nas universidades e escolas técnicas,<br />

fato que está relacionado à demanda<br />

de utilização e custo do equipamento.<br />

Na região do visível é possível analisar<br />

uma grande quantidade de soluções coloridas<br />

ou ainda incolores, pelo método<br />

indireto. A interação da luz com a matéria<br />

em um determinado comprimento de onda<br />

é caracterizada pela transição eletrônica<br />

entre os estados energéticos.<br />

A espectrofotometria na região do visível<br />

identifica as substâncias através da análise<br />

comparativa de espectros, e determina a<br />

concentração pela quantidade de luz absorvida<br />

ou transmitida, utilizando para isso<br />

padrões e curva de calibração.<br />

A grande versatilidade da técnica corrobora<br />

para que um número muito grande de<br />

projetos a utilizem, em 2020 cinco projetos<br />

de pesquisa do meu setor de inovação utilizaram<br />

a espectrofotometria UV-VIS para<br />

analisar seus produtos.<br />

Importante relatar a diversidade dos projetos,<br />

como exemplo, a análise de sílica para<br />

produção de água desmineralizada, a partir<br />

da flegmaça (subproduto do processo de<br />

destilação do etanol), das usinas de açúcar<br />

e etanol, o estudo de adsorção de corantes<br />

com nanopartículas, a síntese de ácido<br />

acético a partir de amido da batata-doce, o<br />

curativo derivado do látex e nanopartículas<br />

de prata, o lava-roupas hospitalar potencializado<br />

com nanopartículas de prata e cobre.<br />

Uma aplicação atual é a comprovação da<br />

síntese de nanopartículas metálicas, após as<br />

reações químicas no laboratório, a solução<br />

é analisada mediante uma varredura para<br />

identificação do comprimento de onda específico<br />

para cada nanopartícula. Outra aplicação<br />

como a análise de demanda química<br />

de oxigênio (DQO), em águas e efluentes<br />

também é bastante rotineira, nesta técnica<br />

conhecida como método colorimétrico, o íon<br />

dicromato que oxida a matéria orgânica da<br />

amostra, modifica o estado de cromo hexavalente<br />

(Cr+6) medido a 400 nm para cromo<br />

trivalente (Cr+3) medido a 600 nm, a DQO<br />

realizada pela espectrofotometria utiliza um<br />

volume muito reduzido de reagentes, o que<br />

corrobora na diminuição dos resíduos de laboratórios.<br />

Desta forma, é possível observar o avanço<br />

das diferentes aplicações da técnica em<br />

todas as áreas da química, seja nos laboratórios<br />

de pesquisas/desenvolvimento ou<br />

nas indústrias.<br />

20<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Prof. Dr. Marcos Roberto Ruiz<br />

Químico, Mestre em Química Analítica e Doutor em Ciência e Tecnologia dos Materiais, docente do Curso Técnico em Química do SENAI-<br />

SP, com atuação no desenvolvimento de Projetos Inovadores.<br />

Telefone: 18 99711 3104 E-mail: marcos.ruiz@sp.senai.br


CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA INDUSTRIAL BÁSICA<br />

PARA A AGENDA 2030 DA ONU:<br />

OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ENERGIA LIMPA<br />

E ACESSÍVEL (ODS 7), INDÚSTRIA, INOVAÇÃO E INFRAESTRUTURA<br />

(ODS 9) E CLIMA (ODS 13)<br />

Metrologia<br />

Por Luciana e Sá Alves.<br />

Introdução<br />

Este artigo é o terceiro artigo de um série que vai<br />

tratar do potencial de integração entre as funções<br />

de Tecnologia Industrial Básica (TIB) e o atendimento<br />

a alguns dos Objetivos de Desenvolvimento<br />

Sustentável (ODS), a partir das discussões<br />

presentes nas publicações “O papel da Metrologia<br />

no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento<br />

Sustentável” [1] e “Reiniciando a Infraestrutura<br />

da Qualidade para um Futuro Sustentável” [2]. O<br />

primeiro artigo, intitulado “Tecnologia Industrial<br />

Básica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”,<br />

apresentou a definição de TIB e sua importância<br />

para o setor produtivo, a Agenda 2030<br />

da ONU, os ODS e as publicações de referência.<br />

A partir do segundo artigo, o título de todos os<br />

artigos será sempre o mesmo e, o subtítulo trará<br />

os nomes dos ODS que serão discutidos e relacionados<br />

à TIB. O segundo artigo tratou dos ODS<br />

1 - Erradicação da Pobreza e 3 - Saúde e Bem-<br />

-Estar e este terceiro artigo discutirá a relação de<br />

TIB com os ODS 7 - Energia Limpa e Acessível,<br />

9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura e 13 –<br />

Mudanças Climáticas. A relação desses cinco ODS<br />

e a TIB foi estabelecida na publicação “O papel<br />

da Metrologia no Contexto dos Objetivos de Desenvolvimento<br />

Sustentável” [1], produzida em<br />

conjunto pela UNIDO, pelo BIPM e pela OIML e os<br />

objetivos dos artigos foram trazer essas relações,<br />

agregar explicações sobre os termos utilizados e,<br />

também, sobre a infraestrutura da qualidade no<br />

Brasil.<br />

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />

7 - Energia Limpa e Acessível<br />

O ODS 7 é estruturado em 5 metas para “garantir<br />

o acesso a fontes de energia fiáveis, sustentáveis<br />

e modernas para todos” [3]. A publicação “O papel<br />

da Metrologia no Contexto dos Objetivos de<br />

Desenvolvimento Sustentável” [1] aponta cinco<br />

aplicações essenciais da metrologia em um cenário<br />

de esforço mundial para a transição para<br />

fontes de energia de baixo carbono. São elas:<br />

1. Caracterização físico-química de biocombustíveis,<br />

hidrogênio, gás natural e biomassa para<br />

impurezas e poder calorífico;<br />

2. Melhoraria da estabilidade de sistemas de<br />

geração de energias renováveis como painéis<br />

solares e turbinas eólicas;<br />

3. Avaliação e melhoraria do funcionamento de<br />

células de combustíveis;<br />

4. Otimização do controle de sistemas de armazenamento<br />

de energia;<br />

5. Garantia de medições justas para medidores<br />

de eletricidade e micro e minigeração distribuídas<br />

em sistemas com placas solares, gás e combustíveis<br />

de automóveis.<br />

A contribuição da metrologia para a caracterização<br />

físico-química de substâncias reside na<br />

elaboração de materiais e de métodos de referência<br />

certificados que possibilitam aos laboratórios<br />

analíticos que os utilizem para a emissão<br />

de resultados confiáveis. O Instituto Nacional de<br />

Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)<br />

produz, entre outros, materiais de referência<br />

certificados para o Biodiesel de Soja - Parâmetro<br />

Teor de água, o etanol Combustível – Teor de<br />

água e Teor de etanol, Etanol em Água. [4] A visualização<br />

do certificado de material de referência<br />

para o biodiesel de soja, por exemplo, pode<br />

ser visualizado em [5].<br />

Os medidores de energia elétrica são verificados<br />

em procedimentos de metrologia legal desde a<br />

autorização para a entrada de um novo modelo<br />

no mercado, o que se chama Apreciação Técnica<br />

de Modelo feita no Inmetro [6], até a Verificação<br />

Metrológica de Medidores de Energia Elétrica<br />

feita pelos órgãos delegados da RBMLQ- I a pedido<br />

da empresa concessionária ou do usuário/<br />

consumidor.<br />

Além da metrologia, a avaliação da conformidade,<br />

uma outra função de Tecnologia Industrial<br />

Básica (TIB), contribui para o atendimento ao<br />

ODS 7 por meio do Programa Brasileiro de Etiquetagem<br />

(PBE).<br />

O PBE é um programa de Avaliação da Conformidade<br />

coordenado pelo Inmetro e que<br />

fornece informações sobre o desempenho<br />

dos produtos, considerando atributos como<br />

a eficiência energética. A Etiqueta é o Selo<br />

de Conformidade aderido aos produtos e<br />

evidencia o atendimento a requisitos de desempenho<br />

estabelecidos em normas e regulamentos<br />

técnicos nos pontos de venda. [7]<br />

Além de classificar os produtos disponíveis<br />

no mercado quanto à eficiência energética<br />

para informar ao consumidor sobre este parâmetro<br />

de funcionamento e promover escolhas<br />

que economizem energia, quatro classes<br />

de equipamentos que compõem o sistema<br />

de geração de energia fotovoltaica (sistema<br />

que converte energia solar em energia elétrica)<br />

participam do Programa Brasileiro de<br />

Etiquetagem. [8]<br />

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />

9 - Indústria, Inovação e Infraestrutura<br />

Para “construir infraestruturas resilientes,<br />

promover a industrialização inclusiva e sustentável<br />

e fomentar a inovação”, oito metas<br />

foram elaboradas para atender ao ODS 9. [9]<br />

Para o objetivo 9 que envolve industrialização<br />

e inovação, a contribuição da metrologia<br />

é direta e aparece ali nos alicerces desse objetivo.<br />

O documento [1] traz a frase atribuída<br />

à Lord Kelvin - “Se você não pode medir algo,<br />

você não pode produzi-lo” - e afirma que<br />

para países em desenvolvimento, o desafio é<br />

prover infraestrutura de medição para assegurar<br />

quatro pilares da produção industrial.<br />

O primeiro pilar é relacionado às expectativas<br />

de qualidade dos consumidores e da<br />

indústria em relação ao preço e à confiança.<br />

No Brasil, os selos de conformidade do<br />

Inmetro informam aos consumidores sobre<br />

o atendimento a critérios mínimos de quali-<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

21


Metrologia<br />

22<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

dade e de segurança. Para utilizar os selos de<br />

conformidade, é necessário o procedimento<br />

de registro de objeto, ato pelo qual o Inmetro<br />

autoriza a comercialização de um produto ou<br />

serviço e a utilização do selo de identificação<br />

da conformidade. [10]<br />

O segundo pilar é a satisfação de requisitos<br />

de interoperabilidade, ou seja a produção das<br />

peças de equipamentos em locais e tempos<br />

diferentes. Para tanto, os instrumentos utilizados<br />

na produção das peças precisam estar<br />

calibrados, de modo que as medidas fornecidas<br />

por eles sejam rastreáveis ao Sistema<br />

Internacional de Unidades (SI). A acreditação<br />

de laboratórios de calibração e de ensaio<br />

de instrumentos, realizada pela Coordenação<br />

Geral de Acreditação (Inmetro), possibilita a<br />

identificação dos laboratórios que atendem<br />

aos requisitos da norma ABNT NBR ISO/IEC<br />

17025: 2017 (Requisitos gerais para a competência<br />

de laboratórios de ensaio e calibração)<br />

e estes laboratórios formam duas redes:<br />

a Rede Brasileira de Calibração [11] e a Rede<br />

Brasileira de Laboratórios de Ensaio [12].<br />

O terceiro pilar é a avaliação da conformidade<br />

efetivamente demonstrada, que depende<br />

de um sistema de acreditação com<br />

reconhecimento internacional para evitar<br />

barreiras técnicas ao comércio e necessidade<br />

de replicar os testes e as medições. Os Acordos<br />

de Reconhecimento Mútuo que o Brasil<br />

assina na área de acreditação possibilitam<br />

a inserção do país no comércio global. Dois<br />

destes acordos são o Fórum Internacional de<br />

Acreditação (IAF) [13] e a Cooperação Internacional<br />

de Acreditação de Laboratórios<br />

(ILAC) [14]. Este reconhecimento de resultados<br />

de avaliação da conformidade permite<br />

a “admissão da validade de um resultado de<br />

avaliação da conformidade fornecido por<br />

uma outra pessoa ou por um outro organismo.”<br />

Os principais mecanismos de avaliação<br />

da conformidade praticados no Brasil são: a<br />

certificação, a declaração da conformidade<br />

do fornecedor, a inspeção e o ensaio. [15]<br />

O quarto pilar é a disponibilidade para as cadeias<br />

produtivas de componentes e produtos<br />

que atendam aos requisitos de regulamentos<br />

técnicos, padrões e especificações. A Regulamentação<br />

Técnica é uma das funções de TIB<br />

e é definida como o meio pelo qual os governos<br />

determinam os requisitos de cumprimento<br />

compulsório relacionados, principalmente,<br />

à saúde, segurança, meio ambiente,<br />

defesa do consumidor e prevenção de práticas<br />

enganosas de comércio. A aplicação dos<br />

regulamentos técnicos é responsabilidade da<br />

metrologia legal e da avaliação da conformidade.<br />

O controle metrológico é feito em<br />

instrumentos e em produtos pré-medidos.<br />

[16] e há 152 objetos sujeitos a programas<br />

de avaliação da conformidade para atender<br />

aos regulamentos técnicos. [17]<br />

É relevante destacar a diferença entre regulamento<br />

técnico e norma técnica para ressaltar<br />

a necessidade de existência de duas<br />

funções de TIB distintas – Regulamentação<br />

Técnica e Normalização. O regulamento<br />

técnico é o documento aprovado por órgãos<br />

governamentais em que se estabelecem as<br />

características de um produto ou dos processos<br />

e métodos de produção com eles<br />

relacionados, com inclusão das disposições<br />

administrativas aplicáveis e cuja observância<br />

é obrigatória [18], por isso, os programas<br />

de avaliação da conformidade são chamados<br />

de compulsórios. A norma técnica é o<br />

documento aprovado por uma instituição<br />

reconhecida, que prevê, para um uso comum<br />

e repetitivo, regras, diretrizes ou características<br />

para os produtos ou processos e métodos<br />

de produção conexos, e cuja observância não<br />

é obrigatória. [18]<br />

Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />

13 – Mudanças Climáticas<br />

ODS 13 foi formulado com cinco metas para<br />

“tomar medidas urgentes para combater a<br />

mudança climática e seus impactos” [19]<br />

O documento de referência [1] aponta a<br />

centralidade das medições exatas para o<br />

entendimento das mudanças climáticas,<br />

uma vez que o desafio para a comunidade<br />

de pesquisadores em mudanças climáticas<br />

é identificar tendências de longo prazo de<br />

pequena magnitude a partir de dados que<br />

podem variar enormemente em uma escala<br />

de tempo curta.<br />

A abordagem metrológica rigorosa enfrenta<br />

o desafio de tornar perceptível uma mudança<br />

significativa de 1ºC em dados consistentes,<br />

obtidos em escalas de tempo de algumas<br />

décadas e em muitos pontos do planeta,<br />

utilizando técnicas diferentes. Em um dia,<br />

milhões de medições são feitas para 50 variáveis<br />

essenciais do clima. [1]<br />

O método para se obter a qualidade nas<br />

medições é a rastreabilidade ao Sistema Internacional<br />

de Unidades (SI), que possibilita<br />

que as incertezas de medição sejam conhecidas<br />

e baixas. Incerteza de medição é definida<br />

no Vocabulário Internacional de Metrologia<br />

– VIM. [20, p. 24] como “parâmetro não negativo<br />

que caracteriza a dispersão dos valores<br />

atribuídos a um mensurando, com base<br />

nas informações utilizadas”. Uma medição<br />

descrita de acordo com o rigor metrológico<br />

será sempre formada pelo número, que é o<br />

mensurando, e a incerteza de medição associada.<br />

Esta informação oriunda da medição<br />

permite atribuir ao mensurando um intervalo<br />

de valores razoáveis.<br />

Ainda que agora todas as unidades do SI<br />

sejam realizadas a partir de constantes fundamentais<br />

[21] e não dependam mais de<br />

padrões físicos, os Institutos Nacionais de<br />

Metrologia (INM) mantém sua credibilidade<br />

em realizar as unidades do SI por meio<br />

das comparações promovidas pelo BIPM<br />

para a manutenção dos Acordos de Reconhecimento<br />

Mútuo sobre competências nas<br />

medições. As competências em calibrações<br />

e capacidades de medições (CMC) de cada<br />

INM reconhecidas pelo sistema metrológico<br />

mundial são publicadas no banco de dados<br />

do Bureau Internacional de Pesos e Medidas<br />

(BIPM) chamado Key Comparison Database<br />

(KCDB) [22]<br />

A validade dos resultados de medição é altamente<br />

dependente das propriedades metrológicas<br />

do instrumento, determinadas pela<br />

sua calibração. Os Institutos Nacionais de<br />

Metrologia disseminam seus resultados confiáveis<br />

de medições para os laboratórios acreditados<br />

e estes laboratórios oferecem serviços<br />

de calibração de instrumentos para todos os<br />

outros laboratórios, que tem seus resultados<br />

rastreáveis ao nível imediatamente superior e<br />

todos os resultados são rastreáveis ao BIPM,<br />

formando a cadeia de rastreabilidade. [23] O<br />

conceito de rastreabilidade é apresentado no<br />

VIM como a “propriedade dum resultado de<br />

medição pela qual tal resultado pode ser rela-


Metrologia<br />

cionado a uma referência através duma cadeia<br />

ininterrupta e documentada de calibrações,<br />

cada uma contribuindo para a incerteza de<br />

medição” [20, p. 28] Ter resultados rastreáveis<br />

ao SI garante a estabilidade das medições em<br />

escalas longínquas de tempo, como os próximos<br />

séculos, mesmo que a tecnologia para a<br />

definição das unidades mude. Isso porque é<br />

possível compreender como aquela medição<br />

foi feita naquele momento e qual a incerteza<br />

de medição associada à tecnologia utilizada.<br />

A Organização Meteorológica Mundial (WMO)<br />

monitora sete parâmetros que descrevem as<br />

mudanças climáticas em quatro domínios<br />

– Temperatura e Energia (temperatura da<br />

superfície terrestre e aquecimento dos oceanos);<br />

Composição Atmosférica (concentração<br />

de CO2), Oceanos e Águas (acidificação do<br />

oceano e nível do mar) e Criosfera (glaciares<br />

e extensão de mar congelado no Ártico e na<br />

Antártica). [24]<br />

No Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas<br />

Espaciais (INPE) monitora 12 parâmetros:<br />

Descargas Elétricas, Índice Ultravioleta, Monitoramento<br />

de Secas, Nevoeiros, Oceanografia<br />

por Satélite, Precipitação por Radar, Precipitação<br />

por Satélite, Queimadas, Radiação Solar e<br />

Terrestre, Sistemas Convectivos, Vento na Troposfera.<br />

[25] O INPE lidera a Rede Brasileira de<br />

Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais<br />

chamada Rede CLIMA. As 16 sub-redes temáticas<br />

tem relação direta com vários ODS, o que<br />

reforça a integração entre os ODS. [26]<br />

Além da avaliação dos dados para o acompanhamento,<br />

a pesquisa e a tomada de decisões<br />

sobre as mudanças climáticas, há um conjunto<br />

de atividades comerciais que envolvem<br />

o chamado “mercado de carbono” e surgiram<br />

para responder às demandas de controle de<br />

impactos das atividades produtivas sobre as<br />

mudanças climáticas. As atividades de monitoramento<br />

de emissões e eficácia de tecnologias<br />

de captura e armazenamento de carbono<br />

trazem seus desafios para as medições.<br />

Um dos esquemas de acreditação vigentes é a<br />

acreditação de “Organismos de Verificação de<br />

Inventários de Gases de Efeito Estufa (GEE)”,<br />

realizada segundo os requisitos estabelecidos<br />

na norma ABNT NBR ISO 14065.O Inventário<br />

de Gases de Efeito Estufa relata as fontes de<br />

GEE, os sumidouros de GEE, as emissões e remoções<br />

de GEE de uma organização. O Organismo<br />

de Verificação de Inventários verifica as<br />

declarações relativas às emissões de GEE e as<br />

remoções em nível organizacional. [27]<br />

Conclusão<br />

Três funções de Tecnologia Industrial Básica<br />

contribuem para os temas dos ODS 7,9 e 13 –<br />

Metrologia Legal, Avaliação da Conformidade<br />

e Regulamentação Técnica. As instituições que<br />

compõem a Infraestrutura da Qualidade do<br />

Brasil e que atuam nestes temas são o Inmetro<br />

e a Cgcre. O Instituto Nacional de Pesquisas<br />

Espaciais (INPE) é uma importante instituição<br />

brasileira de ciência e tecnologia que monitora<br />

parâmetros relevantes para as mudanças<br />

climáticas, além de coordenar a Rede Clima.<br />

Bibliografia<br />

[1] UNIDO. BIPM. OIML. The Role of Metrology in the Context of the<br />

2030 Susteinable Development Goals. Disponível em <br />

[2] UNIDO. Rebooting Quality Infrastructure for a Sustainable Future. Disponível<br />

em <br />

[3] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />

7. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/7<br />

[4] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA<br />

(INMETRO). Serviço de Certificação de Material de Referência. Disponível em<br />

<br />

[5] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />

LOGIA (INMETRO). Certificado de Material de Referência. Disponível<br />

em <br />

[6] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLO-<br />

GIA (INMETRO). Serviços Prestados pela Metrologia Legal. Disponível<br />

em <br />

[7] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />

NOLOGIA (INMETRO). PBE: Programa Brasileiro de Etiquetagem.<br />

Dsiponível em <br />

[8] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />

NOLOGIA (INMETRO). Tabelas de consumo/Eficiência energética.<br />

Disponível em <br />

[9] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />

9. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/9<br />

[10] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />

LOGIA (INMETRO). Avaliação da Conformidade – Registro de Objeto.<br />

Disponível em <br />

[11] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />

LOGIA (INMETRO). Rede Brasileira de Calibração – RBC. Disponível<br />

em <br />

[12] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />

LOGIA (INMETRO). Laboratórios de Ensaio Acreditados (Rede Brasileira<br />

de Laboratórios de Ensaio – RBLE). Disponível em <br />

[13] INTERNATIONAL ACCREDITATTION FORUM (IAF). Introdução<br />

da IAF. Disponível em <br />

[14] COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DE ACREDITAÇÃO DE LABORA-<br />

TÓRIOS (ILAC). Bem-vindo à ILAC. Disponível em https://ilac.org/<br />

language-pages/portuguese/<br />

[15] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />

NOLOGIA (INMETRO). Avaliação Da Conformidade http://www.<br />

inmetro.gov.br/inovacao/publicacoes/acpq.pdf<br />

[16] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />

NOLOGIA (INMETRO). Metrologia Legal: Abrangência Das Ações<br />

Metrológicas. Disponível em http://www.infoconsumo.gov.br/<br />

metlegal/abrangencia.asp<br />

[17] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />

NOLOGIA (INMETRO). Avaliação Da Conformidade: Regulamentos<br />

Técnicos E Programas De Avaliação da Conformidade - Compulsórios.<br />

Disponível em < http://www.inmetro.gov.br/qualidade/<br />

rtepac/compulsorios.asp><br />

[18] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />

LOGIA (INMETRO). Articulação Internacional: Barreiras Técnicas às<br />

Exportações – Definições. Disponível em http://www.inmetro.<br />

gov.br/barreirastecnicas/definicoes.asp<br />

[19] NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável<br />

13. Disponível em https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/9<br />

[20] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />

LOGIA (INMETRO). Vocabulário Internacional de Metrologia – VIM.<br />

Disponível em <br />

[21] SOCIEDADE BRASILEIRA DE METROLOGIA (SBM); SOCIEDADE<br />

BRASILEIRA DE FÍSICA (SBF). O Novo Sistema Internacional de Unidades.<br />

Disponível em <br />

[22] BUREAU INTERNATIONAL DE POIDS ET MESURES (BIPM). Key Comparison<br />

Database (KCDB). Disponível em <br />

[23] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNO-<br />

LOGIA (INMETRO). Estrutura Hierárquica de Rastreabilidade. Disponível<br />

em <br />

[24] WORLD METEOROLOGICAL ORGANIZATION (WMO). Climate.<br />

Disponível em <br />

[25] INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE).<br />

Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticas. Disponível em<br />

<br />

[26] REDE CLIMA - MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS NO BRASIL.<br />

Sub-Redes. Disponível em http://redeclima.ccst.inpe.br/subredes/<br />

[27] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TEC-<br />

NOLOGIA (INMETRO). Acreditação. Disponível em https://www4.<br />

inmetro.gov.br/acreditacao/servicos/acreditacao<br />

Luciana e Sá Alves<br />

Analista executivo em Metrologia e Qualidade (Inmetro), Bióloga e professora de Ciências e Biologia.<br />

Mestre em Educação (Puc-Rio) e doutora em Biotecnologia (Inmetro/UFRJ)<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

23


Microbiologia<br />

COMPLEXO BURKHOLDERIA CEPACIA<br />

Por Claudio Kiyoshi Hirai<br />

Introdução<br />

Nos anos de 2019 e 2020 tivemos a notícia de<br />

recall de alguns produtos farmacêuticos devido a<br />

uma possível contaminação microbiana.<br />

Os microrganismos responsáveis pela contaminação<br />

foram a Burkholderia cepacia e a Ralstonia<br />

pickettii sendo que este último microrganismo<br />

foi abordado no artigo anterior.<br />

Ambas as espécies compartilham certas características<br />

relevantes, desde a sua capacidade de<br />

proliferar em ambientes úmidos além de diversas<br />

fontes de água e pela capacidade de infectar pacientes<br />

imunocomprometidos.<br />

Anteriormente eram classificados como pertencentes<br />

ao gênero Pseudomonas, sendo que a B.<br />

cepacia era conhecida como Pseudomonas cepacia<br />

e a R. pickettii era conhecida como a Pseudomonas<br />

pickettii, sendo depois classificado como<br />

Burkholderia pickettii e agora classificado como<br />

Ralstonia pickettii.<br />

Este artigo analisa brevemente o complexo de<br />

Burkholderia cepacia e o risco que ele representa<br />

para pacientes vulneráveis, antes de discutir os<br />

métodos de teste e a qualificação do método.<br />

Na prática médica, esses microrganismos aparecem<br />

com maior frequência em pacientes com<br />

fibrose cística devido a capacidade destes microrganismos<br />

em formar biofilmes.<br />

O primeiro passo na formação do biofilme é a<br />

adesão das bactérias à uma superfície e ocorre<br />

de forma aleatória. Esta primeira adesão é reversível<br />

e é mantida por interações físico-químicas<br />

não específicas constituindo o alicerce<br />

para o crescimento do biofilme a segunda fase<br />

da adesão consiste na transição do estágio reversível<br />

para o irreversível as bactérias passam<br />

a secretar substâncias que serão responsáveis<br />

pela manutenção da adesão e da camada que<br />

envolve o biofilme. Nesta fase há o início da formação<br />

de microcolônias e do desenvolvimento<br />

da arquitetura do biofilme maduro. Os biofilmes<br />

maduros apresentam estrutura semelhante<br />

a cogumelos, que são envoltos por diversas<br />

substâncias, principalmente açúcares e rodeados<br />

por poros e canais de água que funcionam<br />

como um sistema de troca de nutrientes, oxigênio<br />

e metabólitos que precisam ser secretados<br />

para fora do biofilme A quinta e última fase da<br />

formação do biofilme ocorre quando o ambiente<br />

não é mais favorável à sua manutenção, e<br />

consiste no descolamento do biofilme maduro<br />

em forma de agregados celulares ou células<br />

livres Após desprendidas, as bactérias livres<br />

podem colonizar novos ambientes, reiniciando<br />

a formação de novos biofilmes.<br />

Os biofilmes não estão presentes somente nos<br />

dentes. Qualquer bactéria pode formar biofilme,<br />

inclusive dentro de nosso organismo. Eliminar<br />

colônias de biofilmes em seres humanos é quase<br />

impossível, porém eliminar os mesmos microrganismos<br />

em tubulação de água das indústrias<br />

farmacêuticas, cosméticas é mais factível.<br />

O F.D.A. recentemente alertou sobre a necessidade<br />

de se testar a presença deste microrganismo<br />

no ambiente, na água e nas matérias primas e<br />

produtos acabados devido a uma série de recalls<br />

envolvendo o complexo BCC.<br />

No centro dessa discussão está o novo método<br />

oficializado pela Farmacopeia Americana (USP 43)<br />

A Burokholderia cepacia, tem o potencial de crescer<br />

em conservantes e antissépticos, e crescer em<br />

produtos líquidos orais e tópicos.<br />

O capítulo tem o objetivo de estabelecer se uma<br />

matéria prima ou produto atende com uma especificação<br />

para a ausência do microrganismo,<br />

especialmente aqueles para uso em inalação, uso<br />

oral, mucosa oral, cutânea, ou nasal para os pacientes<br />

de alto risco.<br />

Conforme a proposição deve-se realizar testes de<br />

promoção de crescimento com as seguintes cepas;<br />

Burkholderia cepacia ATCC 25416, Burkholderia<br />

cenocepacia ATCC BAA-245, Burkholderia multivorans<br />

ATCC BAA-247, Staphylococcus aureus ATCC<br />

6538 e a Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027.<br />

As amostras diluídas devem ser inoculadas em<br />

Caldo de Soja Caseína e a seleção e subcultura<br />

devem ser semeadas em Burkholderia cepacia<br />

seletive agar e incubados a 30-35°C durante 18<br />

a 72 horas. A presença da Burkholderia é evidenciada<br />

pelo crescimento de colônias verde a marro<br />

com halo amarelado ou de colônias brancas com<br />

uma zona rosa avermelhada no meio de cultura,<br />

que devem ser confirmados por meios bioquímicos.<br />

A ausência do microrganismo ´confirmada<br />

pelo não crescimento ou os testes confirmatórios<br />

d identificação forem negativos.<br />

Referências Bibliográficas:<br />

Farmacopeia dos Estados Unidos da América, USP 43 (60) MICRO-<br />

BIOLOGICAL EXAMINATION OF NONSTERILE PRODUCTS TESTS FOR<br />

BURKHOLDERIA CEPACIA COMPLEX<br />

24<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Claudio Kiyoshi Hirai<br />

Farmacêutico bioquímico, diretor científico da BCQ consultoria e qualidade, membro da American Society of Microbiology e membro<br />

do CTT de microbiologia da Farmacopeia Brasileira.<br />

Telefone: 11 5539 6719 - E-mail: técnica@bcq.com.br


Biossegurança<br />

SEGURANÇA ALIMENTAR: CONTAMINAÇÃO FÚNGICA<br />

NOS ALIMENTOS SEGUNDO O USDA - UNITED STATES<br />

DEPARTMENT OF AGRICULTURE<br />

Por Jorge Luiz Silva Araújo-Filho e Gleiciere Maia Silva<br />

Muitos alimentos são frequentemente contaminados<br />

por fungos que podem causar desde reações leves<br />

até quadros que podem levar o indivíduo ao óbito. As<br />

doenças transmitidas por alimentos (DTAs), que em<br />

alguns países atingem 1 a cada 6 pessoas, causando<br />

milhares de mortes anualmente, podem ser causadas<br />

por agentes químicos, físicos ou biológicos, sendo o último<br />

o maior causador, penetrando no organismo por<br />

meio da ingestão de água ou alimentos contaminados.<br />

Neste contexto, os fungos, que são seres eucariotos,<br />

heterotróficos, essencialmente aeróbios e com<br />

capacidade anaeróbica, podendo ser unicelulares<br />

(leveduras) ou multicelulares (fungos filamentosos),<br />

são agentes que contaminam alimentos e provocam<br />

inúmeras doenças. Os que mais contaminam alimentos<br />

são os fungos filamentosos.<br />

Eles causam deterioração dos alimentos bem como<br />

produção de diferentes tipos de micotoxinas que são<br />

danosas aos seres humanos. Os fungos filamentosos<br />

mais frequentes contaminando alimentos são Aspergillus<br />

spp; Penicillium spp, Absidia spp; alternaria<br />

spp; Cladosporium spp; Micelia sterilia; Mucor spp;<br />

Paecylomyces spp.<br />

A grande importância quando se trata dos fungos<br />

contaminantes de alimentos é entender até que<br />

ponto é seguro consumir produtos acometidos por<br />

eles, e quais os cuidados que deveremos ter para<br />

evitar a sua proliferação. Bolores (mofo) alimentares<br />

são fungos que vivem em matéria vegetal ou animal.<br />

Ao contrário da contaminação bacteriana, a fúngica<br />

muitas vezes podem ser vista ao olho nu. Entretanto,<br />

nem sempre podemos visualizar toda a extensão da<br />

contaminação, por essa razão, o USDA - United States<br />

Department of Agriculture, desenvolveu tabelas com<br />

regras dos alimentos contendo contaminantes fúngicos<br />

que devem ser consumidos ou descartados.<br />

Fungos filamentos (bolores) toleram o sal e o açúcar,<br />

portanto podem contaminar geleias refrigeradas e carnes<br />

salgadas curadas (presunto, bacon, salame e mortadela).<br />

É importante ressaltar que alimentos com alto teor de<br />

umidade são vulneráveis a contaminação microbiana,<br />

sobretudo fúngica, podendo ser contaminados abaixo<br />

da superfície, por isso é recomendado o descarte<br />

de todo o produto. Citamos como exemplos: carnes<br />

cozidas (incluindo aves), bacon, salsichas, cereais e<br />

massas caseiras, pratos prontos, Queijo macio, como<br />

cottage, cream cheese, queijos fatiados, ralados. Essa<br />

regra também é válida para frutas e alimentos macios<br />

incluindo pepino, pêssego, tomates, morangos.<br />

Alimentos considerados porosos também podem ser<br />

contaminados abaixo da superfície, portanto o consumo<br />

representa um perigo, podendo causar desde<br />

infecções gastrointestinais a reações alérgicas variando<br />

do grau de intensidade e da resposta imunológica<br />

de cada indivíduo. Nesse contexto, pães e bolos com<br />

presença de contaminação fúngica visível devem ser<br />

descartadas como um todo.<br />

Existem outros alimentos que possuem baixo teor de<br />

umidade, dessa forma fica mais difícil a penetração<br />

fúngica em virtude da consistência dura. Segundo o<br />

USDA o consumo é recomendado, contudo é necessário<br />

cortar pelo menos 2,55 centímetros em torno<br />

e por baixo do local onde o fungo está presente/aparente<br />

(para evitar a contaminação cruzada, não tocar<br />

o fungo com a faca). Após a remoção do bolor proceder<br />

a higienização do local e cobrir com embalagem<br />

limpa. São exemplos cenoura, pimentão, repolho e<br />

queijos mais firmes, como Gorgonzola.<br />

Para os alimentos processados e sem conservantes,<br />

eles são de alto risco para o consumo em virtude da<br />

maior probabilidade da contaminação fúngica, diante<br />

do exposto não são recomendados para o consumo.<br />

Exemplo: manteiga de amendoim e nozes.<br />

Fungos preferem ambiente quentes e úmidos, embora<br />

eles possam crescer em temperaturas de geladeiras,<br />

por isso também é recomendado uma higienização<br />

constante e periódica da geladeira para evitar a proliferação<br />

fúngica bem como contaminação dos alimentos,<br />

uma dica para fazer essa higienização na geladeira é:<br />

1. Esvazie a sua geladeira e armazene os alimentos<br />

em um local protegido do calor enquanto você faz a<br />

higienização;<br />

2. Para limpar, utilize a parte macia de uma esponja,<br />

de preferência nova, umedecida com solução de água<br />

e detergente e em seguida seque a geladeira;<br />

3. Faça a desinfecção! Para isso você deve friccionar<br />

o espaço com um pano umedecido com álcool à 70º<br />

INPM. (Importante! Algumas peças de acrílico que<br />

podem ficar opacas com o álcool e para evitar o dano<br />

no material uma alternativa é usar um pano umedecido<br />

com vinagre de álcool puro).<br />

4. Dica para desodorizar é colocar um potinho com bicarbonato<br />

do sódio, e deixar no interior do eletrodoméstico.<br />

ATENÇÃO: Não é recomendado usar água sanitária.<br />

Porque a solução é muito agressiva ao revestimento<br />

interno da geladeira!<br />

Uma alimentação adequada e livre de microrganismos<br />

contaminantes contribui para manutenção da<br />

saúde e fortalece o sistema imunológico. Algumas<br />

medidas de segurança alimentar que evitam a proliferação<br />

dos microrganismos são: armazenamento<br />

seguro dos produtos, manter a temperatura e umidade<br />

adequada para o armazenamento de cada tipo de<br />

alimento; higiene durante a manipulação e descarte<br />

adequado do que não pode ser consumido são fundamentais<br />

nesse processo.<br />

Gleiciere Maia Silva<br />

Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />

(@profa.gleicieremaia)<br />

Biomédica, Especialista em Micologia, Mestre<br />

em Biologia de Fungos e Doutoranda em<br />

Medicina Tropical.<br />

Contato: gleicieremaia@gmail.com<br />

(@dr.biossegurança)<br />

Biólogo, Mestre em Patologia, Doutor em Biotecnologia;<br />

Palestrante e Consultor em Biossegurança.<br />

Contato: jorgearaujofilho@gmail.com<br />

Tel.: (81) 9.9796-5514<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

25


Em Foco<br />

PRECISA CALIBRAR SEUS ESPECTROFOTÔMETROS?<br />

26<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Nós da ER Analítica somos acreditados pela<br />

CGCRE sob número CAL 0715 e certificados<br />

ISO 9001 desde o início de nossas atividades.<br />

Trabalhamos com foco no bom atendimento e<br />

na qualidade para que você tenha os melhores<br />

resultados em suas análises!<br />

Comprimento de Onda: Escala de comprimento<br />

de onda: 240 nm até 642 nm (equipamento<br />

com largura de banda espectral<br />

até 5 e 10 nm) – Capacidade de medição e<br />

calibração - CMC 0,2 nm;<br />

Escala de comprimento de onda: 430 nm até<br />

890 nm (equipamento com largura de banda<br />

até 5 e 10 nm) - Capacidade de medição e calibração<br />

- CMC - 0,2 nm;<br />

Ensaio Fotométrico: Escala fotométrica VIS em<br />

transmitância: 0,01% até 80% (equipamento<br />

com largura de banda até 5 nm) - Capacidade<br />

de medição e calibração - CMC - 0,05%T;<br />

Escala fotométrica VIS em absorbância: 0,1 A<br />

até 3,2 A (equipamento com largura de banda<br />

espectral até 5nm) - Capacidade de medição e<br />

calibração - CMC - 0,003A;<br />

Escala fotométrica UV em transmitância: 3 %<br />

até 80 % (Equipamento com largura de banda<br />

espectral até 5 nm) - Capacidade de medição<br />

e calibração - CMC - 0,05%T;<br />

Escala fotométrica UV em absorbância: 0,1 A<br />

até 1,5 A (equipamento com largura de banda<br />

espectral até 5 nm) - Capacidade de medição<br />

e calibração - CMC - 0,016 A;<br />

Terras Raras: Escala de comprimento de onda<br />

com filtro de terras raras de 200 nm à 253 nm<br />

(equipamento com largura de banda espectral<br />

até 5 nm) – Capacidade de medição e calibração<br />

- CMC - 0,2 nm;<br />

Luz Espúria: Determinação de Luz Espúria com<br />

padrão de Filtro de Corte na faixa de comprimento<br />

de onda de 280 nm e 355 nm – Capacidade<br />

de medição e calibração - CMC< 2,0 A.<br />

Realize a calibração do seu espectrofotômetro<br />

com nossa equipe! Atendimento em nosso laboratório<br />

e in loco.


Em Foco<br />

Em Foco<br />

AVANÇO TECNOLÓGICO TRAZ AGILIDADE PARA PRODUÇÃO<br />

DE MEDICAMENTOS ESTÉREIS E INJETÁVEIS NA LUTA CONTRA COVID-19<br />

00<br />

Mercado farmacêutico se movimenta com<br />

tecnologia pujante para produção de vacinas e<br />

medicamentos estéreis.<br />

Utilizando a metodologia de detecção por<br />

fluorescência, que reage com a produção<br />

bioquímica de CO2, o BD BACTEC é o<br />

método alternativo microbiológico com o<br />

maior número de aprovações pela ANVISA na<br />

liberação de produtos farmacêuticos estéreis e<br />

está sendo testado por outros segmentos<br />

industriais, os quais possuem processos<br />

esterilizantes.<br />

O Teste de Esterilidade recomendado pelos<br />

compêndios farmacêuticos, preconiza o<br />

protocolo de 14 dias para incubação e<br />

promoção de crescimento dos microrganismos<br />

investigados. Esse prazo pode ser otimizado<br />

com implementação do Método Rápido<br />

BACTEC, que é capaz de detectar amostras<br />

positivas em até 5 horas e finalizar o protocolo<br />

de liberação em até 5 dias.<br />

Com o propósito de trazer aos seus clientes<br />

inovação tecnológica, segurança e qualidade<br />

nos processos analíticos, especialmente aos<br />

desenvolvedores de produtos estéreis e<br />

biotecnológicos, a LAS do Brasil conta com<br />

especialistas em Microbiologia e Filtração que<br />

são responsáveis pelo assessoramento<br />

técnico-científico, acordos comerciais e pelo<br />

gerenciamento logístico de suprimentos que<br />

garantem êxitos nos protocolos de validação<br />

submetidos aos órgãos reguladores.<br />

Projeto Buy-In<br />

É um Programa de Incentivo ao período de<br />

Validação do BACTEC para os clientes LAS do<br />

Brasil. Para a implementação de uma<br />

metodologia alternativa em laboratórios de<br />

Controle de Qualidade é exigida uma validação<br />

analítica da nova metodologia. As agências<br />

reguladoras, tanto ANVISA quanto MAPA,<br />

adotam a Farmacopeia Brasileira (FB),<br />

Farmacopeia Americana (USP) dentre outras,<br />

como diretrizes para validar os ensaios<br />

analíticos. Nos referidos compêndios<br />

encontramos os ensaios que as empresas<br />

devem adotar para ter as provas científicas de<br />

que a metodologia alternativa adotada, deverá<br />

ser mais segura que a tradicional.<br />

Ao adquirir o equipamento BD BACTEC a LAS<br />

do Brasil também oferece em seu amplo<br />

portifólio insumos necessários para ensaios<br />

analíticos:<br />

• Meios de Cultura DIFCO<br />

• Sistemas de Filtração Pall/<br />

Membranas;<br />

• Sanitizantes/ Detergentes STERIS<br />

(contribuição para as Análises de<br />

Monitoramento Ambiental);<br />

• Insumos Laboratoriais Fisher<br />

Scientific<br />

Entre em contato com a LAS do Brasil para<br />

conhecer a excelência do BD BACTEC e de<br />

outras importantes soluções em Microbiologia!<br />

+55 62 3085 1900<br />

www.lasdobrasil.com.br/produtos/bd<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

27


Em Foco<br />

CONHEÇA O TRACE CLEAN, UM SISTEMA AUTOMÁTICO DE<br />

DESCONTAMINAÇÃO POR VAPOR ÁCIDO.<br />

Métodos convencionais de descontaminação de<br />

vidraria envolvem banho de ácido nítrico, muitas<br />

horas de processo de descontaminação, além de<br />

ocuparem um valioso espaço dentro de capelas.<br />

O TraceCLEAN é um sistema de descontaminação<br />

de vidrarias através de vapor ácido. Os contaminantes<br />

de metal são lixiviados dos itens a serem<br />

limpos por meio de um refluxo contínuo de vapor<br />

quente destilado de ácido nítrico, o que proporciona<br />

maior eficiência de limpeza e limites de detecção<br />

mais baixos.<br />

O funcionamento do sistema é bastante simples:<br />

Coloque os itens a serem limpos no traceCLEAN, o<br />

design giratório do suporte simplifica a remoção<br />

e a introdução de todos os itens. Selecione um<br />

programa ou crie um novo e pressione “Iniciar” no<br />

terminal com tela de toque. O sistema de exaustão<br />

dedicado evita exposição a vapores ácidos. Em<br />

pouco mais de uma hora, todos os itens são efetivamente<br />

limpos.<br />

O traceCLEAN inclui vários acessórios, que o torna<br />

adequado para limpar uma ampla variedade de itens.<br />

Você pode limpar com eficácia os vasos e tampas de<br />

digestão, frascos volumétricos, frascos de diferentes<br />

materiais (quartzo, vidro e PTFE-TFM) e acessórios ICP.<br />

Com um compartimento interno de 13L, o TraceCLEAN<br />

permite alta produtividade no processo<br />

de descontaminação, variando de acordo com o<br />

tamanho e tipo dos materiais a serem descontaminados.<br />

A NOVA ANALÍTICA ESTÁ INICIANDO NO BRASIL A<br />

REPRESENTAÇÃO DA OI ANALYTICAL<br />

A Nova Analítica está iniciando no Brasil a representação<br />

da OI <strong>Analytica</strong>l, empresa norte-americana<br />

presente no mercado há mais de cinco décadas<br />

e líder na fabricação de instrumentos analíticos<br />

automatizados para análises de parâmetros críticos<br />

tais como Amônia, Nitrato, Nitrito, Fósforo,<br />

Nitrogênio Kjeldhal, Cianeto, e vários outros em<br />

amostras de água potável, esgotos e efluentes.<br />

Analisador FIA/SFA FS3700<br />

28<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Uma referência no mercado na área de parâmetros<br />

ambientais, o analisador FS 3700 é um instrumento<br />

modular que pode ser configurado para correr<br />

métodos por FIA (Análise por Injeção em Fluxo),<br />

SFA (Análise em Fluxo Segmentado) e iSFA (Injeção<br />

em Fluxo Segmentado), tudo em um mesmo<br />

instrumento. Cartuchos químicos podem ser configurados<br />

e trocados, bem como várias opções de<br />

detectores de acordo com a aplicação analitica.<br />

Além disso, o analisador consome baixíssimos vo-<br />

lumes de amostras e reagentes, reduzindo custos<br />

com insumos, descarte de resíduos e melhorando<br />

a segurança do laboratório.<br />

Todos os métodos são validados pela OI <strong>Analytica</strong>l<br />

e referenciados à normas e padrões internacionais<br />

como EPA, Standard Methods, ISO, ASTM, etc.<br />

Para acesso às aplicações visite nosso site<br />

www.analiticaweb.com.br<br />

(11) 2162 8080<br />

revista@novanalitica.com.br


Trace CLEAN<br />

Sistema automático de descontaminação por vapor ácido<br />

LIMITES DE DETECÇÃO MAIS BAIXOS PARA ANÁLISE<br />

DE METAIS TRAÇO ATRAVÉS DE UMA LIMPEZA EFICIENTE<br />

DESCONTAMINAÇÃO<br />

TRADICIONAL<br />

BANHO DE ÁCIDO NÍTRICO<br />

X<br />

X<br />

X<br />

X<br />

X<br />

Processo Long cleaning de longa time duração<br />

High Alto consumo acid consumption<br />

de ácido<br />

Ocupa espaço valioso na capela<br />

Alto High risco risk de of exposição exposure à vapores to acid ácidos fumes<br />

Limit Produtividade lab productivity limitada<br />

TÉCNICA<br />

traceCLEAN<br />

FLUXO DE TRABALHO MELHORADO<br />

Alta produtividade garantida, pois o ciclo de<br />

limpeza leva cerca de uma hora<br />

EFICIENTE<br />

O vapor de ácido nítrico quente garante<br />

eficiência de limpeza superior<br />

AUTOMATIZADO E CONVENIENTE<br />

Coloque os itens a serem limpos e<br />

pressione “INICIAR”<br />

VASTA APLICABILIDADE<br />

Adequado para todos os recipientes de<br />

digestão, vidraria e acessórios de ICP<br />

SEGURO<br />

Sem exposição do operador a vapores<br />

ácidos por meio de um sistema de exaustão<br />

dedicado<br />

MILESTONE<br />

H E L P I N G<br />

C H E M I S T S


Em Foco<br />

CROMATOGRAFIA<br />

GASOSA<br />

A cromatografia gasosa é uma das técnicas analíticas mais<br />

sensíveis e geralmente utilizadas para a separação e determinação<br />

de vários compostos, tais como os componentes<br />

de misturas de compostos voláteis ou semivoláteis (VOCs).<br />

Tem aplicações na ciência ambiental e forense.<br />

30<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Na cromatografia gasosa (GC), a fase móvel é tipicamente<br />

um gás inerte e os compostos analisados interagem com a<br />

fase estacionária dentro da coluna. As amostras são volatilizadas<br />

e separadas numa coluna. A técnica é especialmente<br />

poderosa quando um espectrómetro de massa é usado<br />

como um detetor, pois os componentes individuais podem<br />

então ser caracterizados e identificados diretamente.<br />

Impacto da água<br />

O uso de água dentro do processo de cromatografia gasosa<br />

é bastante limitado, no entanto, a água será necessária para<br />

a preparação da amostra. Além disso, a água será utilizada<br />

para a preparação de brancos e padrões de amostra, caso a<br />

amostra a ser analisada seja de natureza aquosa.<br />

PRODUTOS ADEQUADOS<br />

Centra R200<br />

O CENTRA revolucionou a forma como grandes volumes de<br />

água pura são produzidos, armazenados e distribuídos. O<br />

CENTRA R-200 é um sistema completo de purificação, armazenamento,<br />

controle e distribuição de água, que fornece<br />

água Tipo I (Ultrapura), Tipo II e Tipo III. Com módulo de<br />

osmose reversa de 200 litros por hora e filtro de 0,2 µm.<br />

• O design compacto oferece opções de instalação mais<br />

flexíveis para novos edifícios e remodelações. O footprint<br />

do CENTRA significa que pode ser colocado mais perto do<br />

laboratório, evitando o custo negativo e as implicações de<br />

um design com longos circuitos de tubulação.<br />

• Fornecimento contínuo e confiável de água pura usando<br />

controles de acesso exclusivos, sistemas de detecção de<br />

vazamentos e alarmes completos com conectividade opcional<br />

do sistema de gestão do edifício (BMS).<br />

• Qualidade da água inorgânica otimizada através da utilização<br />

de tecnologias de purificação em linha. A água recirculada<br />

é tratada com UV, filtrada e (se instalada) pode ser<br />

melhorada através da deionização<br />

• 200 l/h de água purificada disponível até 30 l/min a partir<br />

de um circuito de distribuição. Uma ampla gama de purezas<br />

de água é possível a partir de um permeado OR até 18,2<br />

MΩ-cm de pureza Tipo I<br />

• Baixas contagens microbianas obtidas através de filtração<br />

hidrofóbica, distribuição de água em distribuição da água<br />

em spray ball e superfície interna lisa no reservatório combinada<br />

com oxidação UV e filtração de 0,2 μm no circuito<br />

Purelab Chorus 1<br />

Life Science | <strong>Analytica</strong>l Research | General Science<br />

Quando exige a máxima pureza da água, o PURELAB Chorus 1<br />

oferece a solução perfeita. Oferecendo sistematicamente água<br />

com pureza de 18,2 MΩ.cm (Tipo I+/I) e sustentado pelo sistema<br />

avançado da tecnologia exclusiva PureSure®, o PURELAB<br />

Chorus 1 permite que se concentre em obter resultados precisos,<br />

garantindo um fluxo de trabalho sem interrupções.<br />

• Deionização Exclusiva PureSure - Elimina os íons residuais<br />

que permanecem durante o processo e oferece um alerta<br />

avançado para substituir os cartuchos de purificação.<br />

• Recirculação completa Garante a pureza microbiana e<br />

água pura no ponto de uso.<br />

• Monitorização de TOC em tempo real. Proporciona confiança<br />

total na pureza orgânica.<br />

• Filtração integrada à ultrafiltração ou à microfiltração filtra<br />

as endotoxinas, proteínas, nucleases e partículas residuais.<br />

• Tratamento total com UV<br />

• Colheita de dados via USB para validação de desempenho<br />

do sistema e atualizações de software.<br />

Purelab Chorus 1 Complete<br />

Uma solução completa para o laboratório<br />

O PURELAB Chorus 1 Complete fornece uma solução completa<br />

desde a torneira à água ultrapura diretamente de um<br />

abastecimento de água potável e é ideal para laboratórios<br />

que requerem até 100 litros de água ultrapura de 18,2 MΩ.<br />

cm. Com um design simples, ergonómico e fácil de usar,<br />

a água pode ser distribuída diretamente do sistema ou de<br />

uma variedade de Dispensadores remotos adicionais.<br />

• Recirculação Completa Recirculação da água purificada<br />

através do nosso reservatório modular para manter o pico<br />

consistente de pureza da água a 18,2 MΩ.cm.<br />

• Biofiltro ELGA (opcional) Quando instalado, o PURELAB<br />

Chorus 1 Complete produz água livre de impurezas biologicamente<br />

ativas.<br />

• Solução de Sistema Único perfeito para aplicações analíticas<br />

e de ciências da vida que requerem 18,2 MΩ.cm.<br />

• Acesso fácil e rápido às portas de serviço de entrada dianteira<br />

fornecem praticidade para troca de seus consumíveis consumíveis.<br />

• Design de economia de espaço Projetado para ser modular<br />

e empilhável para economizar espaço, seja montado na<br />

parede ou sob a bancada.<br />

• Colheita de dados Colheita de dados via USB para validação<br />

de desempenho do sistema e atualizações de software.<br />

Purelab Flex 1 e 2<br />

PURELAB Flex 1<br />

Simplicidade e elegância O melhor polidor para o seu sistema<br />

de distribuição<br />

O PURELAB Flex 1 é projetado para distribuir água quando<br />

estiver ligado a um reservatório ou circuito de distribuição.<br />

Este sistema funciona como um distribuidor, bem como um<br />

sistema simples de deionização.<br />

• Configuração personalizada Controle o seu PURELAB Flex ao<br />

personalizar as configurações para atender à sua finalidade.<br />

• Fácil acesso à manutenção de rotina nunca foi tão fácil.<br />

• Colheita de dados. Faça o download de todos os dados<br />

para o USB para validação do desempenho do sistema.<br />

Ideal para: laboratório em geral e aplicações que<br />

requerem água tipo 2<br />

PURELAB Flex 2<br />

Projetado para o laboratório de hoje. Distribuição confiável<br />

de água com pureza Tipo I<br />

O premiado sistema PURELAB flex 2 oferece a pureza de<br />

água perfeita para aplicações de ciências analíticas e da<br />

vida que precisam de água tipo I (18,2 MΩ.cm). Isto permite-lhe<br />

concentrar-se no trabalho de teste de rotina sem<br />

se preocupar com a possibilidade de a qualidade da água<br />

afetar os resultados do teste.<br />

• Pureza da água garantida. Recirculação total através da<br />

lâmpada UV e do cartucho de purificação diretamente para<br />

o ponto de uso, para maior tranquilidade.<br />

• Distribuição flexível intuitiva. Exibição nítida da pureza da<br />

água para confiança total durante a distribuição.<br />

• Monitorização de TOC em tempo real. Proporciona confiança<br />

total na pureza orgânica ao reduzir o nível de traços<br />

orgânicos para finalidades críticas.<br />

• Fácil manutenção. Fácil acesso aos consumíveis através<br />

dos painéis da porta frontal para redução do tempo de manutenção,<br />

com menos interrupção do trabalho<br />

• Colheita de dados. Faça o download de todos os dados<br />

para o USB para validação do desempenho do sistema.<br />

Ideal para: Espectrometria de Massa, Biología molecular,<br />

Electroquímica, Espectroscopia Atómica, Cromatografía<br />

Líquida, Cromatografía Gasosa, Imunoquímica, Espectrofotometria,<br />

Preparação de meio/tampão e Química geral<br />

Para mais informações entre contato conosco: watertech.<br />

marcom.latam@veolia.com ou acesse: www.veoliawatertechnologies.com/latam/pt


Em Foco<br />

PLACAS DE PETRI GREINER BIO-ONE: A PRIMEIRA<br />

DO MUNDO FABRICADA EM PLÁSTICO.<br />

O MUNDO TODO USA PORQUE É A MELHOR OU É A MELHOR PORQUE TODO MUNDO USA?<br />

Americana, abril 2021 - As grandes conquistas da<br />

ciência, como o crescimento de células com circuitos<br />

eletrônicos integrados, a clonagem de órgãos, o<br />

melhor entendimento do comportamento dos vírus<br />

e muitas outras, vieram de pesquisas que foram<br />

iniciadas utilizando a placa de Petri. Embora outros<br />

métodos de estudo de microrganismos em laboratório<br />

estejam surgindo, a necessidade de ter cultivo<br />

primário, seguro e rápido de microrganismos em um<br />

ambiente estéril sempre existirá.<br />

32<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Antigamente, todas as culturas celulares eram<br />

realizadas por meio de tubos de vidro com meio de<br />

cultura inclinado. Foi então que, em 1880, o físico<br />

militar Julius Richard Petri percebeu a vantagem de<br />

culturas em crescimento em placas abertas, ao invés<br />

de tubos, para aumentar a área de estrias e favorecer<br />

a obtenção de colônias isoladas. Para aprimorar<br />

sua ideia, ele colocou uma tampa um pouco maior<br />

na parte superior da placa que continha os meios de<br />

cultura. Assim havia a troca de gases entre o interior<br />

e o exterior da placa, porém, sem o risco de contaminação.<br />

Mais simples e seguro, este método provou ser<br />

também mais confiável que a campânula, resultando<br />

assim, no formato conhecido da placa de Petri.<br />

Petri publicou mais de 150 artigos sobre bacteriologia<br />

e higiene, e sua invenção o eternizou. Devido<br />

à tecnologia da época, as placas de Petri só existiam<br />

na versão de vidro e possuíam algumas limitações<br />

como: necessidade de manutenção de limpeza cada<br />

vez que fossem utilizadas para um novo propósito,<br />

pois poderiam contaminar os estudos posteriores,<br />

cuidados especiais para evitar quebra e rachaduras.<br />

Contribuindo para a ciência dar um passo à frente, a<br />

Greiner Bio-One desenvolveu, produziu e apresentou<br />

ao mercado, em 1963, a primeira placa de Petri de<br />

plástico, tornando-se referência no mercado e uma<br />

das principais fornecedoras da área. De uso indispensável<br />

em laboratórios microbiológicos para o crescimento<br />

de microrganismos como bactérias e fungos,<br />

as placas de Petri são utilizadas e requisitadas pelo<br />

mundo todo, para as mais diversas necessidades.<br />

As Placas de Petri da Greiner Bio-One são produzidas<br />

em poliestireno de alta qualidade, com excelente<br />

transparência ótica para análises microscópicas, bem<br />

como resistência ao calor (podem ser usadas com<br />

ágar quente até 60°C). Além disso, possuem um<br />

pequeno degrau que permite a troca de ar eficiente<br />

e segura, um requisito essencial para o crescimento<br />

aeróbico de bactérias e fungos. Podem ser empilhadas<br />

com facilidade e são compatíveis com os principais<br />

equipamentos automatizados disponíveis no<br />

mercado.<br />

Com a tecnologia e know-how consagrados mundialmente,<br />

a Greiner Bio-One foi a pioneira dessa<br />

inovação e, por isso, todo mundo usa a melhor placa<br />

de Petri! Ou será que todo mundo usa porque é a<br />

melhor? Não precisa perder seu tempo com dúvidas!<br />

Faça logo a escolha certa e utilize a primeira placa de<br />

Petri em plástico do mundo e garanta a qualidade da<br />

sua pesquisa.<br />

Greiner Bio-One Internacional<br />

A Greiner Bio-One é especializada no desenvolvimento,<br />

produção e distribuição de produtos plásticos<br />

de alta qualidade para laboratórios. A empresa<br />

é parceira tecnológica de hospitais, laboratórios,<br />

universidades, institutos de pesquisa e indústrias<br />

diagnósticas, farmacêuticas e de biotecnologia. É<br />

composta por quatro divisões de negócios – Pré-Analítica,<br />

BioScience, Diagnóstica e OEM. Em 2014,<br />

a Greiner Bio-One International GmbH gerou um<br />

volume de negócios de 388 milliões de euros, possui<br />

1.800 funcionários, em 23 subsidiárias e inúmeros<br />

distribuidores parceiros em mais de 100 países. A<br />

Greiner Bio-One faz parte da Greiner Holding, localizada<br />

em Kremsmünster (Áustria).<br />

Greiner Bio-One Divisão BioScience<br />

A divisão BioScience da Greiner Bio-One está entre<br />

os principais fornecedores de produtos especializados<br />

para o cultivo e análise de culturas de células e tecidos.<br />

Baseando-se em décadas de experiência com<br />

armazenamento de amostras criogênicas, a Greiner<br />

Bio-One também oferece soluções para sistemas<br />

de armazenamento automatizado em biobancos.<br />

Além disso, continua a utilizar sua experiência no<br />

desenvolvimento e produção de microplacas para<br />

high-throughput screening, permitindo assim a seleção<br />

da droga de forma rápida e eficiente, tanto para<br />

aplicações industriais quanto para pesquisa científica.<br />

Todo o desenvolvimento, fabricação e operações de<br />

vendas são controladas a partir da sede alemã da<br />

divisão BioScience em Frickenhausen.<br />

Para mais informações:<br />

Departamento de Marketing<br />

T: +55 19 3468 9600<br />

E-Mail: info@br.gbo.com


O MUNDO TODO<br />

USA PARA TESTES<br />

DE MICROBIOLOGIA<br />

PLACAS DE PETRI<br />

PRODUÇÃO BRASILEIRA<br />

COM TECNOLOGIA ALEMÃ<br />

A tecnologia e know-how dos pioneiros da Placa de Petri<br />

fabricada em plástico no mundo, agora também, no Brasil.<br />

www.gbo.com<br />

Greiner Bio-One Brasil / Avenida Affonso Pansan, 1967 / CEP 13473-620 | Americana, SP<br />

Tel +55 (19) 3468-9600 / Fax +55 (19) 3468-3601 / E-mail info@br.gbo.com


Em Foco<br />

ER ANALÍTICA: MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE<br />

EQUIPAMENTOS ANALÍTICOS<br />

A manutenção preventiva do equipamento<br />

garante a confiabilidade do processo e a<br />

melhora de seus resultados. O item 2.8.8 da<br />

página 7 da NBR 5462 define Manutenção<br />

Preventiva como: manutenção efetuada em<br />

intervalos predeterminados, destinada a reduzir<br />

a probabilidade de falha ou degradação do<br />

funcionamento de um item.<br />

Confira as manutenções feitas pela nossa equipe.<br />

Com ela verificamos os componentes que<br />

estão desgastados e assim podemos atuar<br />

preventivamente, para que esse equipamento<br />

não pare repentinamente. No processo de<br />

manutenção preventiva feito pela ER Analítica,<br />

o técnico realizará abertura, verificação,<br />

limpeza e ajuste de todos os componentes<br />

ópticos e eletrônicos. É importante ressaltar<br />

que o custo da manutenção preventiva é muito<br />

menor quando comparado com às intervenções<br />

corretivas, ou seja, verificar periodicamente o<br />

equipamento é extremamente necessário!<br />

Mas atenção! Contrate serviços de especialistas.<br />

Para realizar esse processo é necessário técnicos<br />

treinados e isso você encontra com a ER<br />

Analítica.<br />

Mantenha seus resultados confiáveis! Entre em<br />

contato conosco e solicite seu orçamento.<br />

34<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Analytica</strong> | Maio 2021<br />

Saiba mais :<br />

Tel.: (11) 4606-7200<br />

WhatsApp : (11) 97149-5668<br />

www.eranalitica.com.br<br />

vendas@eranalitica.com.br


LAB DE A A Z: LANÇAMENTO CÂMERA BASIC PARA<br />

MICROSCOPIA CMOS<br />

A linha de acessórios para microscopia Kasvi<br />

é complementada com o lançamento da<br />

Câmera Basic CMOS¹. É um equipamento<br />

compacto que funciona como câmera<br />

fotográfica e filmadora em microscópios,<br />

proporcionando precisão para captação<br />

de vídeos e imagens. Além de permitir a<br />

reprodução em computadores e televisores<br />

em alta resolução, para a exibição de<br />

lâminas em sala de aula e/ou auditórios sem<br />

necessidade de instalação de software.<br />

Imagens sem distorções, garantindo brilho,<br />

contraste e cores nítidas. A capacidade de<br />

zoom é excelente e acompanha um software<br />

exclusivo de fácil instalação, intuitivo, que<br />

possibilita captura, edição e ajustes nas<br />

imagens entre outros recursos. A câmera<br />

apresenta zoom digital e interface HDMI,<br />

USB e entrada para cartão Micro SD.<br />

Seu uso é ideal com o Microscópio Basic<br />

Trinocular Olen (K55-TP e K55-TA). O<br />

diferencial deste modelo de microscópio é a<br />

observação em três oculares: uma para cada<br />

olho e a terceira justamente para conectar<br />

à câmera. Com isso, é possível a realização<br />

de diferentes ações, como análise, captação,<br />

edição e compartilhamento de imagens<br />

em alta definição, além da vantagem de<br />

correção de cores para facilitar a visualização<br />

e gravação em tempo real.<br />

Saiba mais sobre esses lançamentos e<br />

nossa linha de microscopia em nosso<br />

site: www.kasvi.com.br<br />

¹ Produto não passível de regulamentação na ANVISA.<br />

Kasvi<br />

0800 726 0508<br />

kasvi@kasvi.com.br


DESDE 2000<br />

Conceito de qualidade em Microbiologia<br />

Novas e modernas instalações<br />

Equipe capacitada e comprometida<br />

Acreditações: REBLAS / CGCRE-INMETRO /ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017<br />

comercial@bcq.com.br - www.bcq.com.br - TEL.: 55 11 5083-5444

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